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Dígrafos

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Quanto a classificação de palavras, existem diversos tipos e normalmente isso irá depender de muitos fatores. Normalmente, quando se está estudando os fonemas e as palavras, sempre nos deparamos com classificações que podem acabar nos confundindo, e com isso, você sabe o que significam dígrafos?

Se não, saiba que dígrafos ou encontro consonantal, cada um desses dois apresentam as suas especificidades, e definindo como um fenômeno gramatical, os dígrafos são considerados como agrupamentos de letras que poderão formar apenas um só fonema, isto é, um só som, em que nessa sequência cada letra acaba perdendo a sonoridade individual.

Dessa forma, o dígrafo é um fenômeno fonético que pode ocorrer com duas letras juntas em uma só palavras e que formam um som ou fonema, onde a palavra dígrafo vem do grego e é formada por di que significa “dois” mais o grafo que significa “escrever”.

Entenda mais sobre os Dígrafos

Em relação a língua portuguesa e a gramática, ela apresenta os dígrafos, enquanto que outros tipos de idiomas podem ainda surgir os trígrafos, os quais são o encontro de três letras ou ainda os quadrígrafos, quando ocorrem o encontro de mais letras.

No caso do idioma brasileiro, os dígrafos são normalmente classificados como vocálicos, o qual acontece o encontro de duas letras que podem formar um som de vogal, e os de consonantais, o qual é o encontro de duas letras que formam o som de uma consoante.

Sendo assim, para poder definir tais encontros de letras, podemos usar a palavra digrama, onde di significa “dois” e grama “letra”. Mas, o dígrafo só ocorre quando se existe a emissão de apenas um único som para o encontro das letras, não podendo ser aplicado, como por exemplo, em palavras como “campo.

Isso não pode, pois nesse caso a palavra “m” pode funcionar como sinal de nasalidade de vogal anterior, possuindo o mesmo valor do til, o qual pode ter também em palavras escritas como “cãpo”, mesmo que na gramática ela esteja errada, e a sonorização seja a mesma.

Além disso, as palavras que apresentam o “gu” ou “qu” diversas vezes não apresentam também esses encontros que são considerados como dígrafos, principalmente se não forem seguidos de semivogais labiovelar.

No entanto, diversos fonólogos, acabam afirmando que se trata de um segmento monofenomático muito complexo, isto é, que é composto por consoantes oclusivas velares, com uma coarticulação labial.

Dessa forma, o entendimento sobre os dígrafos vem desde a sua etimologia, em que as duas letas ao serem escritas juntas, podem acabar gerando um fonema e, por isso, também, são conhecidos pelo termo de digrama, onde tal fenômeno é bastante fácil de ser notado na língua portuguesa, e eles podem se dividir em consonantais e vocálicos.

Encontros consonantais

Uma das coisas que são mais essências e que todos devem procurar saber é a diferença entre o encontro consonantal e um dígrafo, onde se sabe que o encontro consonantal ocorre quando se tem duas ou mais consoantes juntas, em que elas podem se dividir em dois grupos, como:

  • Aquelas que possuem uma consoante mais o “i” ou o “r” quando existe uma separação silábica da palavra, e tal encontro ainda permanece junto, como por exemplo, plan -ta, cra-vo, a-tle-ta, entre outras.
  • E os que apresentam duas consoantes diferentes e que ocorre a separação silábica da palavra, em que tal encontro se separa, como por exemplo, lis-ta, por-ta, cos-ta, entre outras.

Além disso, ainda existem certos encontros consonantais que podem aparecer no começo da palavra e, devido a esse motivo, elas não se separam, como por exemplo, psi-co-lo-gia.

Com isso, agora que você já possui conhecimento sobre o que é um encontro consonantal, é preciso que você saiba o que é um dígrafo e como ele pode ocorrer nas palavras.

Dessa forma, quando se tem um encontro de duas palavras e ela forma uma palavra em que o som dessas duas é apenas um, pode-se dizer então que é um dígrafo, que normalmente são consoantes juntas e apenas um fonema. Confira os exemplos abaixo:

  • A palavra chaveiro apresenta sete fonemas e oito letras;
  • A palavra pássaro apresenta seis fonemas e sete letras;
  • A palavra ninho apresenta quatro fonemas e cinco letras;
  • E a palavra espantalho apresenta nove fonemas e dez letras.

Dígrafos consonantais

No caso dos dígrafos consonantais, eles normalmente acontecem com algumas palavras, as quais podem ser: lh – malha; nh – minhoca; ch – chuveiro; rr – churrasco; ss – passatempo; qu – queixo; gu – guerreiro; sc – nascer; sç – cresço e xc – exceção.

Dígrafos vocálicos

Quanto aos dígrafos vocálicos, eles se registram no caso das representações das vogais que normalmente são nasalizadas, as quais podem ter exemplos como:

  • Tampa com o som de ã.
  • Cantar com o som de ã.
  • Lombada com o som de õ;
  • Tonto com o som de õ, entre outros.

Sendo assim, é sempre importante notar que todas as segundas letras de um dígrafo não apresentam um fonema, sendo uma letra diacrítica, isto é, ela pode constatar que tipo de som deve ser emitido.

Assim, procure sempre ter muita atenção para que você não se confunda o encontro consonantal com o dígrafo, e se lembre que a letra “h” não é um fonema, mas sim uma letra que pode permanecer no nosso idioma devido a uma questão de origem.

Além disso, falar sobre dígrafos pode nos fazer remeter a determinados conceitos que envolvem sempre letras e fonemas, uma vez que se torna preciso distinguir um elemento do outro.

Com isso, tais letras podem se caracterizar devido a sua representação gráfica dos fonemas, enquanto que os fonemas são sempre representados por unidades que são mínimas de som.

Portanto, a partir de todos esses conhecimentos sobre os dígrafos consonantais e vocálicos, já é possível que você possa se aprofundar um pouco mais nos seus estudos que envolvam o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa, e dessa forma, melhore o seu desempenho escolar.


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