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Efeito Stark: qual a sua importância?

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Desde o início, o século XX mereceu o título de “o século das grandes descobertas”, ao menos sob a perspectiva da ciência de moldes atuais, e o efeito Stark é um resultado de várias descobertas importantes somadas. Muitas foram as coisas a serem descobertas e fazerem a ciência darem passos gigantes em pouco tempo.

Pode-se dizer que tudo começou de verdade com a confirmação da existência do átomo: até aquele momento havia apenas suposições, mas assim que o átomo foi descoberto, vieram as ideias de testes e usos para fenômenos totalmente experimentais.

O raio X foi testado e aprovado, o movimento browniano foi observado e calculado, e a eletricidade mais do que qualquer outra coisa foi estudada incansavelmente. O resultado foi que ainda no século vinte o pesquisador Alessandro Volta deixou o mundo boquiaberto ao conseguir com sua pilha armazenar eletricidade pela primeira vez.

A importância do Efeito Stark

No ano de 1886, o pesquisador alemão Eugen Goldstein começou a realizar uma série de experiências utilizando tubos de vácuo. Seu objetivo era entender qual a razão por trás da alta taxa de luminosidade que estes tubos produziam.
Com esse objetivo em mente o físico se dedicou a criar formas de observar e medir esse fenômeno. No processo ele acabou por criar pequenos canais que seguiam de um lado a outro a área interna do metal dos tubos, permitindo assim que suas observações pudessem identificar causas dos dois lados (na frente e atrás) do eletrodo.
Graças a esse experimento foi possível observar a existência de uma luminosidade que ocorre devido a certos raios. Porém diferentemente dos já então conhecidos raios catódicos, estes corriam em direção contrária e o pesquisador os batizou com o nome de raios canais.
A pesquisa continuou com fôlego renovado e novas descobertas apareceram, foi então concluído que os chamados raios catódicos eram elétrons livres (ou seja, átomos de carga elétrica negativa) enquanto que os recém descobertos raios canais eram na verdade formados por íons positivos (dotados de carga elétrica positiva)
O efeito Stark então foi determinante na observação e compreensão do mundo microscópico e suas regras chamadas de física quântica, os estudos dessa teoria foram derivados de trabalhos esparsos de Max Planck, Albert Einstein e Niels Bohr.

O que é o efeito Stark?

Efeito Stark, divisão Stark ou deslocamento Stark, se nos seus estudos você se deparar com um destes termos, saiba que, todos são nomes usados para definir um único fenômeno: o deslocamento e à divisão de linhas espectrais de átomos e moléculas diante de um campo elétrico externo.
Normalmente é dividido em duas ordens distintas, chamadas de: ordem linear e ordem quadrática (ambas existindo no campo aplicado).
Embora a física quântica seja muito bem aceita entre os pesquisadores, os resultados de todas as experiências realizadas nessa área continuam surpreendendo a comunidade científica com seus resultados controversos e improváveis, porém o efeito Stark é de fundamental importância para sua compreensão (ainda que limitada).
Graças à sua natureza complexa, mesmo as diferenças entre as ordens linear e quadrática são difíceis de definir sem extensos cálculos.
Embora tenha sido descoberto já há décadas o efeito stark é ainda pouco estudado e tem pouco ou nenhuma aplicação prática fora da física quântica, apenas saber que ele existe e a forma como se dão seus efeitos parece ser o mais próximo que os pesquisadores têm chegado de determinar um uso, de certa forma podemos dizer que o trabalho de Johannes Stark foi motivado mais por uma curiosidade pessoal do que por um desejo de aplicar esse conhecimento de forma prática.


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