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Fonética e fonologia: o que são, funções e diferenças

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Um assunto envolvendo a nossa querida língua portuguesa, na verdade de toda e qualquer língua, que gera confusão principalmente nos estudantes, é sobre fonética e fonologia, que além de terem nomes, nomenclaturas parecidas, são ramos complementares da linguística e por isso com foco em comum, evidentemente:  estudar os aspectos da linguagem. Mas não são sinônimos, uma não trata exatamente do mesmo assunto da outra, não se reproduz o mesmo trabalho, há enfoques diferentes.

É isso que “pega” para as pessoas que estão buscando se aprofundar no assunto, seja por interesse espontâneo ou para passar no vestibular ou concurso. Entender quais são essas diferenças, porque necessitam de estudos a parte e a importância de cada uma.

Este post do Vou Passar vem com a proposta de esclarecer essas questões, de explicar o que são fonética e fonologia para que de uma vez por todas pare de se confundir na hora de apontar o que é uma ou outra.

Para saber mais sobre fonética e fonologia recomendamos que prossiga na leitura.

Confira abaixo!

Definições clássicas

Reparamos que o simples apego as definições clássicas de fonética e fonologia não é suficiente para sanar as dúvidas, ao menos para um leigo no assunto. Mas não custa fazer um teste:

  • Fonética: área da linguística que visa caracterizar os sons emitidos pelos humanos durante a fala por meio de medidas acústicas em especial espectrograma;
  • Fonologia: estudo dos fonemas, os padrões de som de uma linguagem.

Conseguiu extrair algo do que foi exposto acima de fonética e fonologia? Provável que sim, mas foi o suficiente para se sentir seguro sobre do que se trata fonética e fonologia? Provável que não. Porque as explicações acima abordam essas áreas de forma superficial e com termos muito específicos do estudo linguístico.

Por isso, acreditamos que o melhor caminho é apelar para alguns exemplos na qual tenha familiaridade para ter mais facilidade de absorver o conceito, a ideia geral a respeito de fonética e fonologia de forma mais enriquecedora, esclarecedora.

Confira os exemplos abaixo

Tangível e intangível

Uma boa forma de começar a entender as diferenças e do que se trata fonética e fonologia é assimilar o conceito tangível e intangível. Tangível, se não sabe, é tudo aquilo que é palpável, que se pode tocar, como dinheiro, uma perna, um óculos, intangível é o extremo oposto, se refere ao abstrato, no que não se pode tocar, mas sabemos da existência, como o oxigênio, inspiração ou até sentimentos como raiva, medo, amor.

Dificilmente o tangível e o intangível conseguem viver, ser pleno, ter a circulação necessária para continuar existindo, sozinhos, um apartado do outro, a parceria é necessária, vital.  Para algo físico ser criado é preciso que surja na forma de uma ideia, que é abstrata. Para que a existência de uma pessoa física faça algum sentido, que ela tenha motivos para continuar vivendo, é fundamental que tenha emoções, desejos, ambições.

Imagine um computador ou smartphone. De que serviria ter o dispositivo móvel, o monitor, o teclado, o mouse, o hardware, a parte física, tangível, sem o software, o sistema operacional, o intangível? O mesmo vale para o software sem ter uma engrenagem física para rodar. Um depende do outro e estão relacionados a um mesmo segmento, tecnologia, mas operam em frentes diferentes.

É a metáfora que pode ser feita com fonética e fonologia. Um diz respeito ao hardware, outro, ao software.

Fonética e fonologia

O hardware

O que equivaleria ao “hardware” da dupla fonética e fonologia seria a fonética, pois é um estudo da língua mais preocupada em entender, estudar, como os sons são produzidos pelo aparelho fonador. Por isso faz estudos com os movimentos da língua, dos lábios, cordas vocais (vibrações), pontos de articulação etc. Ou seja, sua preocupação não está com o significado, o conteúdo que a linguagem expressa, está interessada na parte tangível responsável pela emissão dos sons, da linguagem.

Além desse papel de análise sobre a prática da produção sonora, a fonética exerce também o papel de descrever os sons da fala. Veja bem, não é o mesmo que transcrever uma conversa, é identificar, classificar o tipo de som pronunciado para se dizer cada palavra, sílaba, letra etc.

O software

E evidentemente que a função de “software”, ou a que melhor se enquadra nessa definição, é a fonologia. Sim, como deve intuir nessa altura seu campo de atuação centra-se mais no intangível em comparação a fonética.

O foco da fonologia é a apreciação do sistema sonoro de um idioma, como os sons se organizam dentro de uma língua. Busca entender suas funções e o papel que desempenha em um determinado idioma.

Percebe que está mais preocupada em estudar os “sons”, algo intangível, o resultado do aparelho fonador, o que se produz com o aparelho fonador?

Por essa razão fica a cargo da fonologia estudar também a estrutura silábica, o acento e a entonação.

Considerações finais

Fonética e fonologia costumam causar confusão por serem termos parecidos e por se debruçarem na mesma área de estudo, a linguagem, no entanto, não são sinônimos, tem enfoques diferentes que as distinguem apesar das semelhanças.

Um exemplo para entender o capo de atuação de cada uma e quais são as suas diferenças é recorrer ao exemplo de software e hardware, tangível e intangível.

A fonética equivaleria ao hardware de um computador ou smartphone, porque seus estudos são direcionados para o aparelho fonador, de como os sons são produzidos, não está preocupada com o significado, com o conteúdo, está interessada na parte tangível responsável pela emissão dos sons, da linguagem. Por essa razão, faz estudos com os movimentos da língua, dos lábios, das cordas vocais (vibrações), dos pontos de articulação etc.

Já a fonologia se equipara ao software, pois o seu foco é a apreciação do sistema sonoro de um idioma, como os sons se organizam dentro de uma língua. Busca entender suas funções e o papel que desempenham em um determinado idioma. Por essa razão, fica a cargo da fonologia estudar também a estrutura silábica, o acento e a entonação.

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