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Funções da linguagem: entenda suas características

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Para que se estude as funções da linguagem primeiro devemos entender os elementos básicos da comunicação. São eles: o emissor, o receptor, a mensagem, o código, o canal e o contexto. O emissor é aquele que está transmitindo a mensagem, enquanto o receptor é o ser que recebe. A mensagem é a informação propriamente dita.

O código é o sistema utilizado para transmitir a mensagem, como o idioma dos interlocutores, por exemplo. O canal seria o meio pelo qual a mensagem flui entre o emissor e o receptor. O contexto trata-se do assunto ao qual a mensagem se refere. Entender esses elementos irá facilitar seu entendimento das funções da linguagem, uma vez que cada função aborda um elemento diferente.

Função referencial e o contexto

Dentre as funções da linguagem, essa é a mais utilizada no nosso cotidiano. O foco aqui é o contexto, ou seja, sobre o assunto que se quer transmitir de fato. Por esse motivo, ao utilizar a função referencial, o emissor faz isso de maneira clara e objetiva, sem rodeios e enfeites, de forma que o conteúdo seja entendido claramente.

Exemplos de textos que se utilizam da função referencial são as notícias. Note que uma notícia não precisa ser poética, ela precisa transmitir a informação de maneira clara e uniforme, para que todos receptores a entendam.

Função conativa ou apelativa e o receptor

Essa função tem como foco o receptor da mensagem. Isso quer dizer que o texto será voltado para convencer o leitor e apelar à sua sensibilidade. Podemos estar falando de uma ordem, um conselho, uma sugestão, um pedido ou uma súplica.

Nas funções da linguagem, essa é a que mais se utiliza do modo imperativo, ou seja, da forma verbal que exprime uma ordem ou pedido. É muito comum essa função estar presente em anúncios publicitários ou propagandas, já que seu alvo é o receptor da mensagem.

Função emotiva ou expressiva e o emissor

Quando o foco da comunicação for o emissor e suas opiniões pessoais, estamos falando da função emotiva. No rol das funções da linguagem, essa é a mais subjetiva, ou seja, é nela que encontramos mais fortemente a presença do emissor, suas ideias, crenças, etc.

Esse tipo de função pode ser encontrada em qualquer texto que tenha um caráter mais pessoal, como uma carta, um email, um poema, etc. Como o próprio nome diz, quase sempre que há emoções expressas na comunicação trata-se da função emotiva.

Função metalinguística e o código

A função metalinguística é aquela na qual a mensagem é voltada para explicar o seu próprio código. O exemplo mais clássico disso são os dicionários, nos quais utiliza-se as palavras e o idioma português para dar sentido às palavras do próprio idioma.

Isso significa que a metalinguagem é a linguagem que fala da própria linguagem. Pode parecer algo que não se vê toda hora, mas é uma função muito utilizada em aulas, em livros didáticos, e até mesmo em poemas.

Função fática e o canal

Dentre as funções da linguagem, a função fática talvez seja a mais restrita e com menos aparições. Como dissemos antes, o canal é o meio pelo qual a mensagem será transmitida. Logo, se a função fática tem o foco no canal, ela se realiza justamente quando a mensagem se propõe a testar o canal e estabelecê-lo.

Pense na situação de atender o telefone. Dizemos “alô” para simbolizar que estamos ouvindo e que o canal está estabelecido. Quando encontramos alguém geralmente dizemos “oi”, ou “tudo bem?”, de forma a iniciar a conversa e estabelecer o canal de comunicação.

Função poética e a mensagem

A função poética pode ser considerada como o inverso da função referencial. Isso porque se o foco da função referencial é o contexto, ou seja, transmitir a mensagem diretamente, o foco aqui é a maneira como a mensagem será transmitida.

Logo, o centro aqui é a estética que a mensagem receberá, fugindo da maneira tradicional de transmissão de informação, para uma maneira onde a mensagem tenha uma forma que chame a atenção. Essa função é presente em músicas, poemas, poesias, etc.


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