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Tudo sobre o Judaísmo, religião monoteísta mais antiga do mundo

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Você sabe qual foi a primeira religião monoteísta da história da humanidade? Talvez você fique surpreso em saber que a primeira religião crédula em um único Deus foi nenhuma outra senão o Judaísmo.

Isso mesmo! Estima-se que cerca de quinze milhões de fiéis estão espalhados pelo mundo, concentrados sobretudo em Israel e na América do Norte. É bem verdade que seu número de fiéis é menos expressivo do que aquele somado em religiões mais populares no globo. Todavia, o Judaísmo faz parte do tripé abraâmico junto do Cristianismo e do Islamismo, configurando uma das três grandes religiões.

Mas o que você sabe a respeito da religião monoteísta mais antiga do mundo?

Crenças e particularidades do Judaísmo

O nome Judaísmo se origina do grego, derivado da palavra Iudaïsmós, considerada um topônimo de “Judá”. De acordo com as tradições judaicas, Deus selou um pacto com o povo hebreu, elegendo-os como aqueles que herdarão a famigerada terra prometida.

Em primeira instância, o pacto foi fechado por intermédio de Abraão e seus respectivos descendentes. Mais tarde, no Monte Sinai, o acordo foi consolidado graças às Leis Divinas que foram reveladas a Moisés.

Nessa linha, é possível dizer que o judeu é um dos doze filhos de Jacó, bem como patriarca e principiador das doze tribos em Israel. Desse modo, convêm acrescentar que o mesmo povo é membro indireto da tribo de Judá. O que, em suma, equivale a dizer que o caráter do Judaísmo é fundamentalmente familiar.

A religião judaica não é de característica messiânica, compreendendo, portando, que é nesse eixo social que a religião se expande e se conserva. O templo do Judaísmo, conhecido como sinagoga, se encarrega de reunir os judeus sob a guia de um Rabino. Nessas reuniões, é comum que haja entre os fiéis a prática orientada das leituras de textos sagrados. O sacerdote –  ou Rabino, como é chamado – não detêm, por regra, um status que o confira privilégios em relações aos demais. Sua função é de instruir os fiéis na sinagoga.

De igual modo, muito embora existam tribunais a fim de valer as leis judaicas, é sobre os textos sagrados que recaem as autoridades do Judaísmo. Dentre tais domínios, o livro Torá é o mais influente e taxativo. Nele, cujo crédito é atribuído à autoria de Moisés, constam os Mandamentos e as Leis Divinas dos judeus. Além disso, no mesmo livro é possível encontrar narrativas que pontificam e ilustram ao fiel a Origem do Mundo.

Entretanto, vale ressaltar que seria um erro generalizar os judeus. A religião judaica não é uniforme ou homogênea, isto é, ela pode sofrer variações e ser segmentada. De maneira geral, suas principais divisões são classificadas como:

Judaísmo

Judeus ortodoxo

Os judeus intitulados “ortodoxos” não seguem as leis do Torá à risca. Entretanto, ainda que não sejam tão rigorosos, consideram a Torá a máxima expressão do saber. Ou seja, a despeito da flexibilidade, a Torá permanece a fonte incontestável das lições divinas.

Judeus ultra ortodoxos

Já os judeus chamados de “ultra ortodoxos” separam uma maior obediência às leis divinas. Seus costumes seguem rigidamente – e sem exceção – os princípios sagrados da Torá

Judeus conservadores

Os judeus conhecidos como “conservadores” possuem uma leitura mais moderada da religião judaica. Eles acreditam na Torá, mas seguem suas leis em menor escala. Esse posicionamento pode ser identificado como reformistas.

Práticas e Tradições do Judaísmo

A divindade cabal e absoluta do Judaísmo é Javé, popularmente conhecido como Jeová. Jeová é a entidade inconteste, supremo criador onipresente, onisciente e onipotente de tudo que paira pelo mundo. É no idioma litúrgico, o hebraico, que os fiéis se dirigem ao Deus judaico.

Principais Sacramentos

  • O famoso brit milá, ou circuncisão, é a prática realizada em bebês recém nascidos e do gênero masculino.
  • O muito comentado b’nai mitzvá pode ser subjetivamente aludido a uma festa de debutante. Ele comemora o rito de passagem dos judeus para a maioridade.
  • Já as cerimônias matrimonias e lutuosos são referidos pelo nome de shiv’á.
  • A Páscoa também é uma data especialmente importante para a religião judaica. É durante a Páscoa que os fiéis comemoram a libertação do povo judeu, em 1300 a.C, no Egito.
  • Se os Domingos são dias de descanso, para o Judaismo, os sábados são dias dedicados à espiritualidade. Na religião judaica, os sábados são denominados como “Sabat”.

Escrituras sagradas do Judaísmo

Enquanto o Cristianismo tem a Bíblia, o Judaísmo tem a Torá revelado por Deus. O Pentateuco, como também é chamado, é o livro sagrado da religião judaica.

Tal como acontece na Bíblia, a Torá é dividida em espécies de “capítulos” ou módulos. Essas divisões são chamados de:

  • Êxodo
  • Números
  • Levítico
  • Gênesis
  • Deureronômio

Já o Talmude, também componente judaico, guarda diversas tradições orais do Judaísmo. Esse último é separado em quatro livros individuais, conhecidos como:

  • Targumin
  • Comenrários
  • Mishnah
  • Midrashim

Judaísmo

Símbolos e rituais do Judaísmo

É também no templo da sinagoga que são realizados os cultos do Judaísmo. Os rituais são comandados e conduzidos pelo Rabino, nome que leva o sacerdote dos judeus. Um candelabro de sete suportes, conhecido como menorá, é o símbolo sagrado da religião judaica. O candelabro menorá figura entre a religião como o símbolo da luz de Torá.

Para as meninas, o ritual que marca a passagem pra vida adulta é chamada de Bat Mitzah. Nele, as meninas de doze anos de idade comemoram o rito de transição. Quando a iniciação se refere aos meninos, é chamada de Bar Mitzvah e igualmente realizada ao término da infância. A circuncisão, ou Brit Milá dos meninos, é realizada aos oito anos de vida.

Você com certeza já reparou na pequena “touca” usada pelos homens judeus. Esse acessório é chamado, no Judaísmo, de “Kipá”, e simboliza a reverência e respeito a Deus durante as orações.

Não menos importante, podemos ressaltar,  na religião judaica, o símbolo da ligação do povo judeu com seu Deus. Esse símbolo é representado por uma arca, comumente encontrada nos templos das sinagogas. A arca guarda em seu interior os pergaminhos sagrados do livro da Torá, considerados símbolos tão caros e valiosos para o Judaísmo.


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