Lei da conservação das massas: entenda aqui

Você já deve ter ouvido a seguinte frase? “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Mas apesar de ela ser bastante famosa, seu conceito pode ser um pouco complicado de ser entendido.

Ela tem a ver com a lei da conservação das massas, uma importante lei para qualquer um que queira avançar nos estudos de química e de biologia. E se esse é o seu caso, não se preocupe, no artigo de hoje iremos explicar com detalhes tudo o que você precisa saber para entender essa lei tão importante. Confira!

O que é a lei de conservação das massas?

Para entender o que é essa lei, é necessário ter em mente que, em qualquer corpo fechado, seja ele químico ou físico, matéria nunca é perdida ou criada, ela sempre é transformada. Em outras palavras, tudo o que existe como conhecemos hoje, provém de elementos anteriores a eles. Essa é a definição básica da lei da conservação das massas, mas é claro que teremos que aprofundar um pouco mais a explicação a partir daqui.

Podemos dar um exemplo básico para ilustrar melhor o que queremos dizer. Imagine uma cadeira de madeira que pesa 2kg. Essa cadeira, antes de ter esse formado, já foi uma árvore, ou até mesmo várias. Acontece que os pedaços de madeira que compõe a cadeira tinham uma determinada massa quando eram árvores, mas continuam tendo a mesma massa, apenas agora com o formato de cadeira.

É por isso que podemos afirmar que nada se cria ou se perde, mas tudo se transforma. A árvore pode não existir mais, mas a madeira que a formava, hoje forma cadeiras. A lei não fala exatamente sobre cadeiras, mas a ideia passada através desse exemplo ajuda muito a ilustrar o que ela quer dizer.

Quando falamos em química, isso significa que todos os átomos que compõe determinado elementos não são perdidos apesar de existir uma transformação química, como o congelamento, ou a evaporação, por exemplo. Esses átomos são apenas reorganizados. A lei é válida para qualquer sistema fechado, já que a massa dos átomos sempre continuará a mesma, mesmo que ocorra transformações constantes na matéria.

Essa lei é utilizada até hoje para se fazer o balanceamento de equações químicas. Quando esse tipo de balanceamento é feito, a soma das massas de todos os reagentes deve sempre ser igual a soma da massa dos produtos. Essa é uma atividade de extrema importância para se ter informações da quantidade de matéria sobre diversos componentes que compõe nosso dia a dia.

A história da lei

Quando falamos sobre a lei da conversação das massas, precisamos citar dois nomes muito importantes para sua formação e propagação no meio acadêmico. O primeiro é o do russo Mikhail Lomonosov e o segundo, do francês Antonie Lavosier.

Entender mais sobre quem foram essas duas importantes figuras é essencial para entender como seus pensamentos influenciaram a ciência de forma geral. E, é claro, ajuda a entender a história da lei da conservação das massas.

Quem foi Mikhail Lomonosov?

Mikhail Lomonosov foi um importante cientista russo que viveu entre 1711 e 1765. Além de ter escrito a primeira gramática russa, também foi ele quem primeiro desenvolveu a lei da conservação das massas, em 1760. Alguns de seus outros feitos foram a obtenção de mercúrio congelado, além de ter contribuído com um importante livro sobre a história da russa, com experimentos de tingimento de vidros (o que foi essencial para que a arte russa do mosaico ganhasse nova vida) e também com o primeiro protótipo realmente funcional do que viria a ser um helicóptero.

Mikhail Lomonosov é lembrado até hoje como o pai da ciência russa e é considerado o mais importante cientista da época da região, já que atuou em diversas áreas e a ele são atribuídas diversas invenções e descobertas.

Quem foi Antoine Lavoisier?

A lei da conservação das massas é também chamada de lei de Lavoisier, não só porque foi ele o principal responsável pela propagação dessa lei no mundo da química, mas também porque ele a aprimorou e a desenvolveu de forma que ela fosse aceita na comunidade cientifica.

Antoine Lavosier é um dos mais famosos químicos de todos os tempos, se não o mais famoso. Ele viveu entre 1743 e 1794 na França e é responsável por diversos avanços da ciência na época, como os seus importantes estudos sobre oxigênio, por exemplo.

Lavoisier, acompanhando as transformações que a química passava em sua época, sempre se preocupou muito com os métodos quantitativos, um tipo de método científico usado até hoje em diversas áreas da ciência. Foi durante experimentos em corpos fechados com uma balança, no ano de 1774, que ele percebeu que as combustões e calcinações de diversos produtos continuavam as mesmas, mesmo depois dessas reações químicas. Foi então que ele concluiu que, a soma das massas dos reagentes é exatamente igual à soma das massas dos produtos sempre que se tratar de um corpo fechado.

Explicando de maneira diferente, Lavoisier descobriu que os átomos são sempre conservados nesse tipo de transformação, apenas se rearranjando e criando um novo agregado atômico. Esse princípio é de extrema importância para qualquer um que estude química e biologia, mas também vai muito além disso.

Considerações finais

Entender de uma vez por todas o que é a lei de conservação das massas e porque ela é tão importante para nossos estudos até hoje, é também entender melhor como o nosso mundo funciona. E isso é importante não só para que você possa adquirir mais conhecimento para uma importante prova de química ou até mesmo no vestibular.

Esse é o tipo de conhecimento que faz você crescer como ser humano, já que você acaba tendo uma percepção muito maior do que é o mundo em que vivemos.

Portanto, quando você for estudar sobre a lei da conservação das massas ou qualquer outro assunto, tenha em mente que sua motivação não deve ser apenas baseada em um objetivo de curto prazo, mas que isso vai te guiar para o resto da vida e proporcionar para você experiências muito melhores como ser humano.