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Lixo atômico: como surge? Qual o problema?

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lixo atômico ou também chamado de resíduo radioativo é composto por inúmeros resíduos que possuem elementos químicos radioativos sem nenhum motivo proposital, e é, frequentemente, o subproduto de vários processos ,normalmente, nucleares, principalmente  como a fissão nuclear. Este tipo de resíduo também pode ser formado durante o processamento de algum combustível para os reatores, armas nucleares ou até mesmo em aplicações médicas como na radioterapia e a conhecida medicina nuclear.

Um dos motivos que preocupa tanto os pesquisadores é pelo fato de o lixo atômico que as usinas nucleares produzem levarem milhares de anos para ter sua radioatividade reduzida pela metade.

Classificação

As classificações dos tipos de lixo atômicos levam em conta o seu tipo de dano e o tempo de meia vida, podendo se ver abaixo:

  • Resíduos não classificados

Não possuem radioatividade suficientemente danosas a ponto de gerar perigo à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, seja no presente ou também para as gerações futuras, podendo ser utilizado como material de uso convenciona sem problema algum.

  • Resíduos de Baixa Atividade

Os representantes desta categoria são os resíduos que além de possuírem seu período de semidesintegração inferior a 30 anos, tem também uma capacidade radioativa muito inferior o que permite que possa ser armazenado em depósitos superficiais, juntamente dos não classificados.

  • Resíduos de Atividade Média

Da mesma forma que os resíduos de baixa radioatividade, só se leva em consideração nesta categoria aqueles cujo período de semidesintegração seja menor que 30 anos e também podem ser armazenados em depósitos superficiais.

  • Resíduos de Alta Atividade ou Alta Vida Média

São aqueles materiais que emitem radiação alfa e também radiação beta ou gama que superem os limites dos resíduos de média atividade e também os que possuírem um período de semidesintegração de 30 anos ou mais, devem ter armazenamento geológico profundo.

O Problema da Destinação do Lixo Atômico

A grande questão em relação ao lixo atômico é o local apropriado para a sua destinação que deve ser dada a esse material. Não importando a quantidade ou o local em que é produzido esse lixo existe uma grande dificuldade para destiná-lo e para ser eliminando uma vez que suas partículas nocivas podem se mantiver em atividade durante milhões de anos.

Os cientistas do mundo buscam maneiras de neutralizar e eliminar os resíduos de maneira menos nociva para o meio ambiente. No Brasil, a forma escolhida para armazenar os resíduos produzidos pela Usina Nuclear Angra I foi uma piscina cheia de água instalada num anexo da mesma.

Alternativas

Os cientistas franceses cogitam enterrar os resíduos atômicos em instalações de concreto que ficam na instalação nuclear de La Hague, ao norte da França.

Para que seja feita esta instalação é necessário que os cientistas determinem qual é o melhor substrato para enterrar os resíduos, tendo como opções de substrato o granito, xisto, sal e argila, pois é preciso que substâncias radioativas sejam mantidas isoladas por no mínimo três séculos para assim a radioatividade do material seja reduzida pela metade.

Reciclagem de Lixo Atômico

Em alguns países esta se fazendo a reciclagem deste lixo, até mesmo no Brasil, diz respeito a reciclagem de parte do material radioativo. Isso é feito principalmente com o lixo dos expurgos hospitalares, por exemplo, césio-137 que sua vida útil já estava no fim para o uso no tratamento de tumores. O restante do material, o que não pode ser reaproveitado, deve passar por processo de compactação para que ocupe menos espaço.

Porém, nem essa redução significativa no volume desse tipo de lixo acaba com a principal preocupação que cerca o tema, qual é o melhor cemitério para dar fim a essas substâncias. Existe esperança que no futuro seja possível encontrar soluções mais efetivas.


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