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Mapas antigos: usos, mudanças e história

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O mapa é o meio mais comum, e o mais fácil de transmitir informações geográficas, e os mapas antigos são importantes resquícios de nossa história. O mapa mais antigo tem cerca de 14.000 anos, e foi encontrado na região de Navarra, na Espanha. Mapas antigos fornecem muita informação sobre o que era conhecido em tempos passados, através deles podem conhecer até mesmo a base cultural de uma comunidade.

O uso dos mapas antigos em nossa história

No passado, o sistema de mapeamento chinês era bastante desenvolvido. Os mapas eram feitos principalmente para rastrear riquezas naturais. Algumas teorias dizem que foram os chineses que descobriram as Américas através de seus conhecidos mapas.

Durante o período medieval, os mapas europeus eram dominados por visões religiosas. O mapa do T-O era o mais comum. Este foi descrito segundo as ideias de Isidoro de Sevilha, que o dividiu em África, Ásia e Europa, no século XIII.

A cartografia desenvolveu-se ao longo de linhas mais práticas e realísticas em terras árabes, incluindo a região mediterrânica. Todos os mapas eram desenhados e iluminados à mão, o que tornava a distribuição de mapas extremamente limitada.

A impressão e suas mudanças

A invenção da impressão fez mapas mais amplamente disponíveis no início do século XV. Os mapas foram impressos pela primeira vez usando blocos de madeira esculpidos. Entre os mais importantes fazedores de mapas deste período estava Sebastian Münster. Sua obra publicada em 1540 tornou-se o novo padrão global para mapas do mundo. A impressão com placas de cobre apareceu no século XVI e continuou a ser o padrão até que as técnicas fotográficas fossem desenvolvidas. Grandes avanços na cartografia ocorreram durante a era da exploração nos séculos XV e XVI.

Logo depois surgiram os mapas de navegação, que retratavam linhas costeiras, Ilhas, rios, e portos. Linhas de bússola e outras ajudas para a navegação foram incluídas, novas projeções de mapa foram criadas, e assim os mapas de globos foram construídos. Esses mapas foram mantidos guardados  para fins econômicos, militares e diplomáticos, e por isso eram muitas vezes tratados como segredos nacionais ou comerciais.

Os mapas antigos globais

Os primeiros mapas com representações globais começaram a aparecer no início do século XVI, seguindo as viagens de Colombo e outros para o novo mundo. O primeiro verdadeiro mapa do mundo é de Martin Waldseemüller em 1507. Este mapa utilizou uma projeção expandida de Ptolomeu e foi o primeiro mapa a usar o nome América para o até então chamado novo mundo.

Embora muito superior a mapas anteriores, os mapas do período renascentista deixaram muito a desejar. Continentes imaginários e ilhas foram adicionadas para preencher extensas áreas em branco no papel. Os interiores inexplorados de áreas desconhecidas foram cobertos com detalhes fantasiosos. As bordas foram decoradas com artes pretensiosas. As latitudes dos mapas renascentistas eram geralmente precisas, mas as formas distorcidas de alguns litorais mostram que as longitudes não eram.

As evoluções dos mapas antigos

Muitas melhorias de mapeamento durante o século XX foram feitas através da cooperação internacional. O projeto internacional da Segunda Guerra Mundial é um excelente exemplo. A partir daí foram criadas as escalas cartográficas, utilizando uma escala de 1:1000000, sendo atualmente o meio mais comum de representações geográficas.

Os mapas tornaram-se cada vez mais precisos e reais durante os séculos XVII, XVIII e XIX com a aplicação de métodos científicos. Muitos países fizeram programas de mapeamento nacional. No entanto, grande parte do mundo era mal conhecido até o uso da fotografia aérea após a segunda guerra mundial.  A cartografia moderna baseia-se numa combinação de observações à terra e de sensoriamento remoto.


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