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Mário Quintana: vida e obra

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Quem nunca ouviu uma frase de Mário Quintana? O poeta, com sua imensa sabedoria e singeleza, é autor de diversas frases ilustres que estão presentes nas mais diversas redes sociais. Porém, se você é um daqueles que adora citar Quintana em publicações, vale a pena conhecer de fato um pouco da história e produção do autor.

Portanto, conhecer sua história de vida e carreira são o primeiro passo para fica um expert em Mário Quintana. Na sequência, vale a pena conferir um pouco do contexto literário vivido, bem como seu estilo de produção e sua influência no meio nacional. Por fim, ainda vale a pena destacar alguns dos seus mais famosos títulos e obras publicados.

Sua vida

Mário de Miranda Quintana foi um escritor nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 30 de junho de 1906. No ano de 1919, Quintana muda-se para Porto Alegre para estudar no Colégio Militar, no regime de internato, e reside na cidade praticamente por toda a sua vida. Tal fato demonstra a notoriedade do autor, pois ele conseguiu alcançar fama nacional sem ter que se mudar para o principal eixo de produção artística da época, que era o eixo Rio-São Paulo.

Durante a vida em Porto Alegre, Mário Quintana aproximou-se muito da então Livraria do Globo, a qual em sua editora publicou diversas de suas obras. Além disso, seu longo período de residência no Hotel Magestic fez com que este se transformasse mais tarde na Casa de Cultura Mário Quintana, prédio tombado como patrimônio histórico do estado.

Quintana conquistou reconhecimento de outros grandes nomes da literatura brasileira, como Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Manuel Bandeira, entre outros. O escritor faleceu em 5 de maio de 1994, aos 87 anos, em Porto Alegre.

A carreira de escritor

Seu ofício de escritor sempre esteve muito atrelado ao meio jornalístico, onde publicava seus poemas e crônicas. Além disso, seu domínio de outros idiomas o fez trabalhar como tradutor de muitas obras importantes também.

Somente em 1940 sua primeira obra é publicada com o título de “A rua dos cataventos”. A obra é bem recebida pela crítica, e seus sonetos e poemas são muito elogiados. Até o fim de sua carreira, Mário Quintana publica mais de 50 títulos, atingindo fama e reconhecimento nacionais, sem nunca sair do seu estado natal.

Fato curioso sobre sua carreira é que, apesar do peso de seu nome, Mário Quintana foi negado três vezes como titular de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Na quarta, o escritor recusou o convite.

O contexto literário

Quintana viveu diversos momentos de produção artística, desde o modernismo até a literatura contemporânea. Não foi grande expoente de nenhum desses movimentos, mas seu estilo foi influenciado em certos momentos. Em relação a estética de seus poemas, nota-se uma influencia tardia do Romantismo, sobretudo em relação a subjetividade do eu lírico.

Além disso, a temática do amor é tratada largamente em sua obra, o que denota um toque de Simbolismo em seu estilo. Diz-se que Quintana foi um romântico tardio, pois apesar da subjetividade de seus poemas, a forma e estrutura do Modernismo podem ser observadas em sua produção, que é contemporânea à esse movimento.

Suas principais obras

As obras de Mário Quintana são marcadas pela sua simplicidade no lirismo e pelo interesse nas coisas mundanas também. Sua primeira obra foi “A rua dos cataventos”, de 1940. Em 1950, o autor lança “O aprendiz de feiticeiro”, o qual repercute nos meios literários. No ano seguinte, seu livro “Espelho Mágico” recebe comentários de Monteiro Lobato em sua “orelha”.

Em 1976 “Quintanares” é publicado, no mesmo ano em que o poeta completa 70 anos e recebe diversas homenagens no seu estado de origem. Sua derradeira obra foi “Velório sem defunto”, conjunto de poemas inéditos, em 1990.


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