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Revolução Industrial: causas e consequências

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Revolução Industrial é o nome dado a um período de enormes transformações econômicas, tecnológicas, sociais e cultural que afetaram significativamente a forma como a humanidade se estrutura. Muitos historiadores comparam a revolução como um período tão relevante quanto o próprio processo de transição de povos caçadores-coletores para plantadores.

De forma resumida, o processo da Revolução Industrial é uma espécie de conversão das estruturas organizacionais da sociedade. A Revolução Industrial costuma ser atribuída entre os anos 1760 ou 1830, a depender de qual movimento é considerado o ponto inicial deste processo histórico.

Iniciou-se na Inglaterra, e desenvolveu-se pelo resto do mundo com o passar do tempo, transformando a forma como o trabalho e a produção ocorrem. Saiba mais sobre a Revolução Industrial:

Revolução ou revoluções?

Embora entenda-se geralmente a Revolução Industrial como o processo histórico do início do século XIX, alguns historiadores preferem fazer a distinção entre as diferentes revoluções. A primeira, iniciada pela Inglaterra, focou-se na indústria textil, do vapor e do ferro. A segunda, no entanto, ocorreu nos anos 1850, caracterizando-se pelo foco nas indústrias do aço, na elétrica e nos automóveis.

As causas da Revolução Industrial

Entre as várias causas que podem ser atribuídas à Revolução Industrial, destacam-se:

  • Aumento populacional causado pela queda da mortalidade infantil e redução de doenças, que garantiu uma maior mão de obra disponível;
  • Revolução agrícola, que reduziu a necessidade de pessoas no campo, obrigando-as a mudarem-se para os grandes centros urbanos;
  • Início do acúmulo do capital individual disponível para investimento;
  • Novas invenções e tecnologias permitidas pelas mudanças da ciência;
  • Maiores redes de trocas comerciais já estabelecidas;

Mudanças econômicas e industriais

Um dos grandes pontos necessários para a existência da Revolução Industrial foi a invenção da energia a vapor. Isso permitiu a substituição de cavalos e água como matriz de trabalho. Novas fábricas e meios de transporte tornaram-se possíveis. Além disso, a exploração de minas tornou-se significativamente mais eficiente.

O uso do carvão no lugar da madeira como fonte de combustão também aumentou a eficiência da produção energética, favorecendo o desenvolvimento industrial.

Junto à capacidade de mineração, foi possível evoluir a indústria do ferro como um todo, com melhores materiais e níveis de produção mais avançados. A indústria têxtil passou a utilizar novas máquinas e tecnologias. A capacidade de produção aumentou, e o custo reduziu.

Os novos meios de transporte permitiram, também, o desenvolvimento de grandes redes de logística através de trilhos e canais. Isso fez com que o transporte dos materiais e produtos finais fossem transportados de forma mais rápida e eficiente.

Os sistemas bancários, no momento, foram capazes de atender à demanda de investimento dos novos empreendedores que surgiram. É neste momento em que ocorre o fortalecimento bancário atrelado à estrutura econômica.

Mudanças sociais e culturais da Revolução Industrial

Embora geralmente seja referenciada como um transformação econômica e tecnológica, a Revolução Industrial afetou intimamente os fatores sociais e culturais da sociedade.

O rápido e descontrolado processo de urbanização, chamado de êxodo rural, levou a um desenvolvimento de zonas urbanas desorganizadas, com condições de vida precárias. Essa forma de organização favoreceu o desenvolvimento de doenças urbanas.

É a partir desta transformação que as grandes cidades passam a desenvolver-se em torno do trabalho industrial. Neste contexto, torna-se necessária a regulamentação de questões como o trabalho infantil, a organização da saúde pública e a definição das condições de trabalho, como jornada máxima e condições mínimas de salubridade.


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