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Sujeito e predicado: tipos e usos

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Na língua portuguesa, sujeito e predicado são partes importantes de uma oração, e geralmente são os primeiros dois termos específicos da gramática aprendidos a respeito da formação de sentenças. Entender o significado de cada um deles é importante para o uso correto da gramática.

Entenda a função e as variações de sujeito e predicado na língua portuguesa, e saiba utilizá-los corretamente:

O que é sujeito?

O sujeito é o termo de uma oração, é ele quem realiza a ação indicada pelo verbo dentro daquela estrutura. O sujeito é, portanto, o termo a respeito do qual uma oração trata.

Ao falarmos que “A mãe conversou com o filho.”, o sujeito da oração é “A mãe”, sendo “mãe” o núcleo do sujeito, embora o artigo faça parte do sujeito como um todo. Núcleo é o nome dado ao elemento central de um sujeito.

Vale observar, ainda, que existem diferentes tipos de sujeito na língua portuguesa. São eles:

Sujeito simples

É aquele que conta com um único núcleo. É o caso do exemplo anterior, ou tantos outros como “Nós sempre jantamos no mesmo horário.”, ou “Meus pais foram ao cinema.”.

Sujeito composto

É aquele que conta com mais de um núcleo no sujeito. Ao falarmos que “João e Maria seguiram pela floresta.”, tanto “João” quanto “Maria” são núcleo do sujeito, pois possuem a mesma relevância.

Sujeito desinencial

O sujeito desinencial é o chamado “sujeito implícito”. Neste caso, é imediatamente identificável quem é o sujeito da oração, mas ele não está explícito nela. É o caso de frases como “Fui ao mercado ontem”, em que é evidente que o sujeito é “Eu”, embora ele não seja explícito em nenhum momento.

Sujeito indeterminado

Assim como o desinencial, este tipo de sujeito não está explícito. A diferença, no entanto, é que não se podem identificar quem é o sujeito em questão. Neste caso, sujeito e predicado geram uma oração genérica, de difícil determinação. É o caso em que se utiliza o verbo na terceira pessoa do plural de forma descontextualizada, como “Venderam aquele carro ontem.”. Também é o que ocorre com o chamado “índice de indeterminação do sujeito”, em orações como “Vende-se carroça.”.

O que é Predicado?

Na relação entre sujeito e predicado, o segundo é aquilo que complementa a presença do sujeito, desde que trate dele, especificamente. Isso significa, em outras palavras, que o predicado é todo o trecho que diz respeito ao sujeito

A relação entre sujeito e predicado geralmente pode ser feita por exclusão. Na oração “Clarice escrevia em sua velha máquina”, “Clarice” é o sujeito, sobrando o resto da oração para determinar o predicado. Neste caso, o verbo é, também, o núcleo do predicado, pois é a parte mais significativa deste, ao determinar a ação que o sujeito pratica.

Não é em todo caso, no entanto, que o verbo é o núcleo do predicado. Para isso, é necessário conhecer os diferentes tipos de predicado.

Predicado verbal

O predicado verbal é aquele que, assim como no exemplo anterior, possui no verbo ou locação verbal a ideia principal de ação entre sujeito e predicado. Nestes casos, há a relevância do verbo como a ideia de ação, o que não ocorre em outros tipos de predicados.

Frases como “O cão latia para o estranho.”, “O menino brincava com o carrinho.”, ou “A menina chutava a bola” são predicados verbais, pois é o verbo que determina o que fazia o sujeito da oração. Este é o conceito relevante para sua identificação imediata: a determinação de ação através do verbo.

Predicado nominal

Diferentemente do caso anterior, o predicado nominal é aquele no qual sujeito e predicado não formam exatamente uma ideia de ação, mas uma informação que utiliza o verbo como forma de ligação. Geralmente, apresenta caráter descritivo ou puramente informativo.

É o que ocorre em exemplos como “O céu era azul claro.”, “A criança ficou aborrecida.”, “A prova era fácil.”, entre outros.

Predicado verbo-nominal

Estes são os exemplos que reúnem as duas possibilidades: ação e descrição em um único verbo. Neste caso, o núcleo do predicado é tanto o verbo, quanto o estado apontado (o predicativo). Há um verbo de denota ação, mas – ao mesmo tempo – uma caracterização de estado.

É o caso de exemplos como “O jovem cantarolava distraído.”. Há tanto a ideia de ação, vinda de “cantarolava”, quanto sua demonstração de estado, que era “distraído”. Desta forma, entende-se o predicado como verbo-nominal, pois não é possível atribuir uma parte exclusivamente relevante para a oração.


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