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Teoria das cores

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A cor é uma parte tão difundida de tudo o que encontramos visualmente no mundo que, para muitos, torna-se uma escolha intuitiva.

Na escola usualmente aprendemos que há três cores primárias: vermelho, amarelo e azul e que qualquer cor pode ser criada misturando estas três cores em quantidades variáveis. Acontece que esta não é toda a história e a teoria das cores é bem mais complexa.

O que é a teoria das cores?

A teoria das cores é o estudo que abrange diversos aspectos das cores, desde como ela é interpretada pelo cérebro até a aplicação no cotidiano e a forma como ela age no ser humano, transmitindo e estimulando certa mensagem ou sensação.

É um conhecimento essencial para todos aqueles que trabalham com comunicação visual, como designers, publicitários, arte, etc.

Poder compreender como a cor é formada e, mais importante, as relações entre cores diferentes, pode ajudá-los a usar cores com mais eficácia e a escolher a paleta certa para seus projetos e objetivos.

A escola Bauhaus entendeu isso nas décadas de 1920 e 1930, com funcionários e alunos desenvolvendo a teoria das cores para evocar certos sentimentos e emoções aplicando a escolha da paleta em design e arquitetura.

Mas a teoria das cores é bem mais antiga, e foi estudada por diversos cientistas ilustres durante a história. Aristóteles, Leonardo da Vinci, Isaac Newton e Goethe, são com certeza os mais conhecidos.

Como a cor é formada?

A teoria das cores utiliza a física, a química e a matemática para definir e explicar completamente os conceitos.

Isaac Newton, ainda no século dezessete observou que o prisma tinha a capacidade de dividir um único feixe de luz branca em sete cores diferentes:  vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, as mesmas cores observadas no arco-íris.

As cores são basicamente diferentes faixas de ondas que são capazes de serem captadas pelo olho humano. É o comprimento das ondas que determina as diferentes cores, ou seja, que define o que vamos enxergar.

Assim, podemos dizer que as cores não existem de forma tangível, mas sim como uma percepção física produzida pelo olho humano. Ou seja, a cor é simplesmente a impressão produzida pela retina diante da luz refletida ou difundida por diferentes objetos de acordo com cada comprimento de onda que incide sobre ele.

No século dezenove o físico inglês Thomas Young desenvolveu a primeira teoria para explicar à sensibilidade do olho as cores. Posteriormente, essa teoria foi analisada e comprovada pelo cientista alemão Hermann Von Helmholtz.

Assim, ambos acabaram chegando a conclusão de que dentro do olho humano  existem estruturas que funcionam com “receptores”, os cones, e que são responsáveis por processar a luz e permitir a percepção de uma determinada região dentro do espectro luminoso.

Assim, um exemplo simples de como funciona esse mecanismo: suponhamos que você observe um carro vermelho. Isso significa que essa é a cor que o objeto reflete.

O caro recebe todas as cores e elas são absorvidas, com exceção do vermelho, que é a cor refletida e recebida pelo olho humano.

Sistema de cores

A teoria das cores diz que as cores estão divididas em primárias, secundárias e terciárias. As primárias são aquelas impossíveis de serem decompostas em outras e que quando combinadas criam outras, que podem ser secundarias (combinação de duas primárias) ou terciárias (combinação de três primárias)

As cores primárias podem ainda ser definidas em aditivas e subtrativas (também conhecida como reflexiva).

Usamos os dois em uma base diária: as telas usam cores aditivas para gerar todas as cores que você vê, enquanto os livros usam cores subtrativas para suas capas frontais. Em termos mais simples, qualquer coisa que emite luz (como o sol, uma tela, um projetor, etc) usa aditivo, enquanto todo o resto (que reflete luz) usa cores subtrativas.

  • Aditivas

A cor aditiva é baseada em vermelho, verde e azul e funciona com qualquer coisa que emita ou irradie luz. A mistura de diferentes comprimentos de onda de luz cria cores diferentes, e quanto mais luz você adicionar, mais brilhante e mais clara tende a ser a cor.

Ao usar cores aditivas, tendemos a considerar as cores do bloco de construção (principal) como vermelho, verde e azul, e essa é a base para todas as cores usadas na tela. Em cor aditiva, branco é a combinação de cor, enquanto o preto é a ausência de cor.

As cores aditivas são a base do sistema RGB, utilizado em conteúdo produzidos para web por exemplo.

  • Subtrativas

A cor subtrativa funciona com base na luz refletida. O modo como um determinado pigmento reflete diferentes comprimentos de onda da luz determina sua cor aparente para o olho humano.

A cor subtrativa, como aditiva, tem três cores primárias, como ciano, magenta e amarelo. Na cor subtrativa, o branco é a ausência de cor, enquanto o preto é a combinação de cores, mas é um sistema imperfeito.

Os pigmentos que temos disponíveis para uso não absorvem totalmente a luz (impedindo comprimentos de onda refletidos), então temos que adicionar um quarto pigmento compensador para explicar essa limitação. Sem esse pigmento adicional, o mais próximo do preto que poderíamos imprimir seria um marrom lamacento.

As cores subtrativas são a base do sistema CMY.

A roda de cores

A moderna roda de cores está em uso desde o século dezoito e foi desenvolvido a fim de tornar mais fácil enxergar a relação entre cores diferentes. As primeiras rodas de cores traçaram as diferentes cores primárias ao redor de um círculo, misturando diferentes cores primárias em proporções estritas para obter cores secundárias e terciárias.

A roda de cores nos permite ver rapidamente quais cores são complementares (opostas na roda), análogas (adjacentes à roda), tríadas (três cores posicionadas a 120 graus na roda umas das outras) e assim por diante.

Cada uma dessas diferentes relações pode produzir combinações de cores agradáveis.

A utilização embasada das cores permite criar combinações mais harmoniosas e transmitir com mais eficiência a mensagem desejada. Por isso, a teoria das cores tem aplicação real e pode ser facilmente utilizado no cotidiano.

 


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