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Verbos Regulares: como funcionam?

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A conjugação de verbos na língua portuguesa não é a matéria mais fácil de todas e, como se não fosse o suficiente, eles dividem-se entre verbos regulares e irregulares.Os verbos regulares são aqueles cujo radical é mantido idêntico ao ser conjugado, independentemente da pessoa e do tempo.

Isso significa que, para os verbos regulares, pode-se seguir um modelo de conjugação, mantendo o radical e utilizando a complementação condizente com o tempo e pessoa corretos para aquela situação.

O radical de um verbo é a parte inicial que diz respeito ao conteúdo da palavra e seu significado, sem os trechos que determinam seu encaixe gramatical. No verbo “amar”, por exemplo, o radical é apenas o “am-”, enquanto no verbo “vender”, o radical é o “vend-“.

Os verbos regulares apresentam a vantagem de precisarem ser aprendidos um única vez, pois todos seguem o mesmo modelo de conjugação, o que facilita significativamente o processo.

Diferença entre verbos regulares e irregulares

A diferença entre os verbos regulares e os verbos irregulares está na existência ou não de uma fórmula para sua conjugação. No caso dos verbos regulares, basta manter o radical da palavra e aplicar os determinantes de tempo e pessoa neste radical, de acordo com a gramática.

Neste caso, não é importante, de forma direta, qual o verbo sendo conjugado – bastando saber que sua natureza é regular. Com a informação, a conjugação é idêntica a todos os outros verbos regulares.

Já entre os irregulares, o verbo em si possui características próprias, que podem mudar complemente a forma como ele é conjugado. Isso adiciona certa complexidade e necessidade de um maior vocabulário para garantir a conjugação correta.

Exemplos de conjugação de verbos regulares

Alguns exemplos de verbos regulares conjugados em diferentes tempos podem auxiliar a compreender a fórmula utilizada nos verbos regulares. Exemplos simples podem ser realizados com o presente do indicativo:

No Presente do indicativo, o método utilizado para verbos regulares, assim como em todos os outros tempos verbais, é:

“radical da palavra + complemento da conjugação”

Os complementos são:

1.ª pessoa do singular: -o;

2.ª pessoa do singular: -as,

3.ª pessoa do singular: -a;

1.ª pessoa do plural: -amos;

2.ª pessoa do plural: -ais;

3.ª pessoa do plural: -am;

Por isso, a conjugação de verbos como amar (radical: am-) e andar (radical: and-) é, nesta ordem:

Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam;

Eu ando, tu andas, ele anda, nós andamos, vós andais, eles amam;

Percebe-se que a estrutura da conjugação é absolutamente idêntica nos dois casos, e essa característica é repetida com ao longo dos tempos verbais, como pode ser conferido em qualquer lista com conjugações de verbos.

Algo interessante para se notar é que, nos verbos regulares, há pequenas distinções em relação ao complemento, de acordo com o verbo no infinitivo. Vender, por exemplo, é regular, e seu radical é “vend-”, mas sua conjugação é:

Eu vendo, tu vendes, ele vende, nós vendemos, vós vendeis, eles vendem;

Há, portanto, uma imposição de adaptação do verbo em relação à conjugação, o que depende essencial das letras finais do verbo no infinitivo – neste caso, marcadas pela presença de “er”, e não de “ar”, resultando em um predomínio da letra “e” no complemento ao conjugar.


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