As cores quentes são aquelas geralmente associadas a questões mais humanas, intensas e calorosas. Entender seu funcionamento, significado e utilização é essencial, pois as cores são utilizadas para o desenvolvimento de emoções e reações humanas a respeito de praticamente tudo.
Objetos, carros, imóveis e obras de arte possuem cores especificamente escolhidas para gerar sensações em você. Até mesmo sites organizam suas cores com a intenção de gerar um tipo específico de reação ao serem visualizados.
Saiba o que são as cores quentes, quais seus significados, e o que é geralmente abordado sobre elas em provas e concursos:
O que são as cores quentes?
Cores quentes costumam ser associadas aos vermelhos, laranjas, amarelos e combinações destas tonalidades. Como o próprio nome indica, elas remetem à luz solar e à alta temperatura de diversas maneiras.
Elas possuem uma propriedade expansiva em nosso visual, o que gera uma sensação de aproximação. Em uma sala, por exemplo, cores quentes costumam criar um ambiente mais aconchegante, embora possa gerar a impressão de que o espaço é menor do que realmente é.
Os efeitos das cores quentes na percepção
Enquanto as cores frias passam uma ideia de sobriedade, assepsia e neutralidade, as cores quentes são mais passionais e menos comedidas. Em nossa percepção, a associação ao fogo, ao sol e a outros elementos quentes faz com que estas cores sejam associadas a movimento, explosividade, proximidade e etc.
Em obras de arte, elas podem ser utilizadas tanto para demonstrar conforto e familiaridade com algo, quanto para representar o sofrimento que inclui dor. Em obras de religiosidade cristão, tão presentes na história brasileira e europeia, é comum que as cores quentes sejam utilizadas para fazer referência ao inferno.
As cores quentes sempre são isoladas em obras?
Não necessariamente. As cores quentes combinam, de diversas maneiras, com cores frias. Este é um processo de equilíbrio e complementariedade baseado na teoria das cores. É necessário levar em conta, no entanto, que artistas nem sempre buscam o equilíbrio.
Quando há este desequilíbrio, ele geralmente representa alguma mensagem importante sendo passada para o observador.
Dicas para provas
Sempre que provas envolverem questões sobre artes e estética, as chances de haver análises de obras são altas. Não raras vezes, saber o que cores frias e quentes significam pode ajudar bastante.
Confira algumas dicas e análises relacionadas a cores que podem garantir alguns acertos adicionais para você:
Relação entre cor predominante e contexto: muitas vezes, você pode garantir seu acerto correlacionando a “temperatura das cores” e o seu contexto. Em uma obra que trate de um período de guerras, por exemplo, e utilize cores predominantemente frias, pode-se sugerir uma certa desesperança.
Já em uma obra com tema religioso, especialmente cristãs, cores frias podem ser associadas ao paraíso e às amenidades, enquanto as quentes podem ser associadas ao sofrimento e ao inferno.
Contrastes de concentração de cores em uma mesma obra: algumas obras optam por não equilibrar a relação de cores frias e quentes de forma distribuída. Por vezes, optam por isolar os elementos para gerar contraste. Exemplos claros disso são encontrados na arte barroca, e em diversos temas religiosos.
Em uma obra que represente céu e inferno, por exemplo, costuma ser possível diferenciar os dois elementos a partir das cores escolhidas. Este tipo de representação é geralmente utilizado para demonstrar paradoxos diversos, e indica – já de início – conflitos a serem analisados.
Inversão de cores esperadas em certo contexto: imagine, utilizando os mesmos exemplos das dicas anteriores, situações invertidas. Se as representações paradisíacas estiverem em cores quentes, e as infernais em cores frias, isso certamente não é uma coincidência.
A desconstrução de valores estéticos esperados quase sempre carrega uma mensagem. Nestes casos, dê bastante atenção ao contexto da obra para interpretar o que essa inversão significa.
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