A língua portuguesa tem uma série de classes gramaticais e entender como usá-las é essencial para uma comunicação sem desentendimentos. A classe dos conectivos é fundamental para estabelecermos relação entre os fatos do nosso cotidiano. Conheça os conectivos e todas as suas subclasses.
Há uma variedade muito grande de termos conectivos, mas cada um deles tem sua aplicabilidade dependendo do sentido da frase. Entenda quais são suas funcionalidades nesse artigo.
O que são os conectivos
Chamamos de conectivos o grupo de palavras que estabelecem uma relação de conexão entre frases, períodos, orações, parágrafos, etc.
As conjunções são a principal categoria que desempenha o papel de conectivos, mas existem casos onde pronomes e advérbios são colocados com o mesmo objetivo.
Esse grupo de palavras é essencial para estabelecer uma relação entre duas orações e dar sentido a semântica. É responsável por estabelecer a compreensão e ligação entre os fatos.
Saber usá-los corretamente é essencial para que não haja falta de entendimento ou assimilação errônea de uma situação. Os conectivos são responsáveis pela coesão de um texto, ou seja, são para ligar as ideias de forma adequada sem que as orações fiquem desconexas.
As conjunções que têm o papel de conectivas podem ser subdivididas em Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinadas.
As conjunções coordenativas são aquelas usadas para ligar frases que não possuem interdependência entre si, ou seja, as orações podem ser usadas isoladamente sem perder o sentido.
Essas conjunções podem estabelecer uma relação aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva ou explicativa na semântica (iremos discutir cada casa ao decorrer desse artigo).
Já as conjunções subordinadas têm uma relação de dependência entre os períodos. Elas podem ser causais, condicionais, concessivas, comparativas, proporcionais, finais, temporais, consecutivas e integrantes.
Vamos falar um pouco sobre cada subclasse para você entender qual relação que o determinado conectivo estabelece na oração e termos exemplificando cada um deles.
Conectivo: conjunção coordenada aditiva
Os conectivos aditivos, como o próprio nome da já diz, tem a função de adicionar, somar algo relacionado ao período anterior.
Exemplo: Ontem eu almocei carne e salada. A oração quer dizer que além de comer carne você também comeu salada.
Outras expressões:
- E, também, além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, nem, por outro lado, não só, como também, não apenas, bem como.
Conectivos: conjunção coordenada adversativa
Os conectivos adversativos adicionam um termo que tem relação oposta com a oração anterior.
Exemplo: Ele é formado em Engenharia Civil, entretanto trabalha no banco. Ou seja, mesmo o primeiro período sugerindo suas atividades, o segundo contrapôs isso dizendo que ele não trabalhava nessa área.
Outras expressões:
- Mas, não obstante, porém, todavia, contudo, no entanto.
Conectivos: conjunção coordenada alternativa
Os conectivos alternativos sugerem possibilidades distintas dentro de uma única sentença.
Exemplo: Ou ele foi almoçar no shopping ou foi para a casa de sua mãe. A oração dá duas possibilidades: ter ido almoçar no shopping ou estar na casa da mãe.
Outras expressões:
- Já+…+já, ou+…+ou, ora+…+ora, quer+…+quer.
Conectivos: conjunção coordenada conclusiva
Esses conectivos expressam uma conclusão referente ao período anterior da sentença.
Exemplo: Nós tínhamos combinado de ir jantar às 19h00, por isso não pude comparecer ao outro evento. O “por isso” está concluindo, justificando a ação.
Outras expressões:
- Assim, pois (depois do verbo), logo, então, portanto, por conseguinte.
Conectivos: conjunção coordenada explicativa
Os conectivos da conjunção coordenada explicativa esclarece o período anterior.
Exemplo: Eu não fui para a aula porque estava passando mal ao acordar.
Outras expressões:
- Pois (antes do verbo), porquanto, que.
Conectivos: conjunção subordinada causal
Os conectivos da classe subordinada causal servem para introduzir sentenças substantivas.
Exemplo: Espero que você demore mais um pouco. No caso, o “que” é o conectivo. Além dele o “se” também é utilizado como conetivo causal.
Conectivos: conjunção subordinada condicional
Essa categoria expressa relações circunstanciais que podem dar impressão de possibilidade.
Exemplo: Nós iremos sair caso ela venha. O termo “caso” exprime a possibilidade de sair ou não.
Outras expressões:
- Se, eventualmente.
Conectivos: conjunção subordinada concessiva
Os termos concessivos expressam uma ideia de contrariedade entre as orações.
Exemplo: Eu vou para casa hoje, embora gostaria de ficar. A vontade de ficar está sendo contrariada pelo que o sujeito realmente vai fazer.
Outras expressões:
- Embora, muito embora, se bem que, ainda que, mesmo que, conquanto, posto que, bem que, apesar de que, nem que.
Conectivos: conjunção subordinada proporcional
O conectivo tipo conjunção subordinada proporcional estabelecem uma comparação de proporcionalidade entre as orações.
Exemplo: A minha paciência diminui à proporção que eu escuto.
Outras expressões:
- Ao passo que, à medida que, quanto mais, enquanto, quanto mais+…+mais, quanto mais+…+menos, quanto menos+…+mais, etc.
Conectivos: conjunção subordinada final
Esse conectivo estabelece uma relação de finalidade, expressando uma meta a ser alcançada, por exemplo.
Exemplo: Ele passou o ano todo estudando com o intuito de passar no vestibular. A expressão “com o intuito de” mostra a finalidade da ação.
Outras expressões:
- Com o fim de, com a finalidade de, a fim de, ao propósito, como propósito de, para que, a fim de que, para.
Conectivos: conjunção subordinada comparativa
Esse tipo de conjunção apresenta uma relação de comparação com algo que já foi relatado.
Exemplo: Ela gosta de ir ao cinema assim como sua melhor amiga. A expressão “assim como” está comparando o gosto das duas amigas.
Outras expressões:
- Igualmente, assim também, similarmente, da mesma forma, semelhantemente, por analogia, do mesmo modo, etc.
Conectivos: conjunção subordinada temporal
São os conectivos que reportam sobre uma sucessão de acontecimentos dentro da oração.
Exemplo: Nós chegamos logo depois que ele saiu.
- Então; enfim, pouco depois, logo, logo após, a princípio, pouco antes, imediatamente, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, no momento em que, finalmente, agora, atualmente, hoje.
Conectivos: conjunção subordinada consecutiva
São utilizados quando é preciso estipular uma relação de consequência entre as orações.
Exemplo: Comeu tanto no almoço que passou mal.
Outras expressões:
- Tal+…+que, deforma que, de modo que, etc.
Conectivos: conjunção subordinada integrante
Nesse caso de conjunção os conectivos introduzem orações substantivas na sentença.
Exemplo: Desejamos que ele não demore.
A classe dos conectivos é muito extensa, mas extremamente necessária na construção de orações para que a estrutura da frase seja adequada. Saiba mais em Vou Passar.Club
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