Na língua portuguesa, adjetivos representam uma classe de palavras utilizadas para atribuir características diversas a uma palavra. Os adjetivos associam estados, aspectos, qualidades ou qualquer outra avaliação, física ou não, a respeito de um substantivo.
Eles possuem diferenciação de gênero e número – sempre concordância com o substantivo que qualificam – assim como flexão de grau. Em geral, aprende-se os adjetivos como caracterizadores da língua portuguesa, o que é razoavelmente adequado, considerando suas atribuições típicas.
Entenda melhor como funcionam os adjetivos, suas classificações e usos na língua portuguesa:
Tipos de adjetivos
Assim como a maior parte das classes de palavras na língua portuguesa, os adjetivos subdividem-se em várias distinções relativas à forma, à função, ao gênero e etc. Classificam-se da seguinte maneira:
Simples ou composto
Um adjetivo simples é aquele que é formado por um único radical, exprimindo uma única característica. O adjetivo composto, por sua vez, também exprime uma única característica, mas ela é formada por mais de um radical para que seja corretamente elaborada.
Dizer que uma maçã é vermelha, ou que uma pintura é bonita exige adjetivos simples – neste caso, “vermelha” ou “bonita”. Já para adjetivos compostos, fala-se que a maçã é verde-claro, por exemplo. Neste caso, verde-claro segue como uma única cor, mas o adjetivo utilizado é composto.
Funções sintáticas
No que diz respeito à função sintática, um adjetivo pode funcionar como adjunto adnominal (como encontrado em “Um choque poderoso atingiu o eletricista molhado.”), como predicativo do sujeito (como visto em “Carlos vive nervoso.”), ou – ainda – como um predicativo do objeto (como em “Ela o encontrou confuso.”).
Gênero
Adjetivos podem ser definidos de acordo com o gênero, mas essa não é uma regra fixa. Na prática, os adjetivos podem ser divididos entre biformes ou uniformes. Os biformes são aqueles que apresentam duas formas distintas (uma para cada gênero). Já os uniformes são sempre utilizados da mesma forma, a despeito de mudanças de gênero.
Exemplos de adjetivos biformes são: vermelho/vermelha, educado/educada, atenciosa/atencioso.
No caso dos adjetivos uniformes, pode-se exemplificar com: feliz, cordial e azul. Independentemente do gênero do substantivo, o adjetivo não modifica-se para o acompanhar, nestes casos.
Os números de um adjetivo
A regra em relação aos números de adjetivos são razoavelmente simples. A utilização ou não da forma plural de um adjetivo depende das regras de pluralização do substantivo que ele qualifica. Se o substantivo é convertidos para o plural, seu adjetivo também é convertido.
Quando trata-se de um adjetivo composto – aquele que utiliza mais de uma raiz para caracterizar uma qualidade – a regra geral é a de conversão da última raiz para o plural, mantendo-se o a primeira no singular.
Exemplo disso pode ser encontrado em: “A cultura afro-brasileira/Pessoas afro-brasileiras”.
Exceção ocorre quando o último elemento do adjetivo composto é, originalmente, um substantivo:
É o caso do exemplo: “Aquele tecido é vermelho-sangue/Aqueles tecidos são vermelho-sangue”.
Graus de um adjetivo
Adjetivos também são utilizados para intensificados ou graus de comparação. Pode-se dizer que um substantivo é mais/menos algo do que outro. É o caso do grau comparativo, onde pode-se dizer que:
“André é mais/menos alto que Pedro.”. Ainda de forma comparativa, pode-se estabelecer igualdade, como em “André é tão alto quanto Pedro”.
No que diz respeito à intensidade, utiliza-se absolutos analíticos ou sintéticos, sendo o primeiro exemplificado como “André é muito alto.”, enquanto o segundo é observado em “André é altíssimo”.
Locuções adjetivas
As locuções adjetivas são conjuntos de palavras – geralmente com a união de uma preposição com um substantivo – que forma um significado de caracterização semelhante a de um adjetivo. É o exemplo que pode ser mostrado na utilização de “de criança” (locução adjetiva), no lugar do adjetivo “infantil”.
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