Há, na língua portuguesa, muitos nomes de animal com J. Alguns são bastante conhecidos, como a jiboia, o jumento e o jacaré. Outros, por sua vez, não são muito famosos, referindo-se, sobretudo, a certas espécies de peixes e aves.
Sem embargo, alguns desse nomes são empregados apenas em determinadas regiões ou passam por variações locais. Conhecer estes nomes é essencial para se dar bem em jogos que envolvem palavras, como forca, palavras cruzadas e Stop.
A possibilidade de citar facilmente um animal com J é essencial, também, para aprofundar os conhecimentos sobre a fauna e diversificar o seu vocabulário. Boa leitura!
Jacaré
A denominação “Jacaré” é comum às espécies de crocodilos da família Alligatoridae. Estes animais distinguem-se dos crocodilos pelo fato de terem a cabeça mais larga e curta e membranas (chamadas de “interdigitais”) junto aos polegares de suas patas traseiras.
Conhecidos, também, por “caimões” ou “aligátores”, os jacarés podem ter até 5,5 metros de comprimento e cerca de 600 quilos. Eles apresentam outros elementos que os diferenciam dos crocodilos em relação à sua dentição.
A espécie, cujo habitat natural se encontra no continente americano, desapareceu da Europa durante o Plioceno (por volta de 2 a 5 milhões de anos atrás).
Jumento ou asno
O jumento (Equus africanus asinus) é animal com J que se caracteriza por ser uma subespécie domesticada do asno africano. Trata-se de um mamífero da família Equidae, cujos nomes populares englobam os termos burro, jerico, jegue e asno.
Embora existam consideráveis variações de raça, o jumento possui tamanho médio com orelhas e focinho compridos, tendo sido usado desde as primeiras civilizações humanas como um animal de carga.
Os ancestrais mais selvagens do jumento tornaram-se animais domésticos por volta de 5 mil a.C., simultaneamente aos cavalos, e têm sido usados para a montaria e o transporte de cargas desde então.
Em nosso país, a palavra “burro” pode servir para designar o resultado do cruzamento entre o jumento e o cavalo. Quando tal cruzamento resulta em uma espécie fêmea, o animal passa a ser conhecido por “mula”.
João-de-barro
O joão-de-barro (Furnarius rufus), também chamado de “forneiro”, é um animal com J, ave pertencente à família Furnariidae. Célebre por seu peculiar ninho feito de barro, o joão-de-barro é o animal-símbolo da Argentina (onde é considerado como “Ave da Pátria”).
Seu dorso é completamente marrom avermelhado (razão pela qual o termo “rufus” compõe sua denominação científica) e a espécie apresenta uma sobrancelha composta por penas em tons mais claros, contrastando levemente com as plumas que cobrem a sua cabeça.
As penas de voo das asas do joão-de-barro (isto é, as rêmiges primárias) podem ser observadas quando ele alça voo. Tendo por volta de 20 centímetros de comprimento, a ave não apresenta evidências de dimorfismo sexual, embora suas plumagens possam denotar variações regionais, por exemplo:
- Tons mais acinzentados e pálidos na região sul da Argentina;
- Cores fortes (vermelho mais intenso no dorso e mais ocre e escuro no ventre) na Bahia e no Piauí.
Até mesmo o tamanho do joão-de-barro pode variar, de modo que as populações do norte são ligeiramente menores que as do sul.
Javali
O javali (Sus scrofa), conhecido também como porco-monteiro (principalmente no Pantanal), porco bravo, javardo, porco-montês (as fêmeas são chamadas de gironda e javalina) e porco-selvagem, é um animal pertencente à família Suidae.
Com distribuição geográfica bastante ampla, o javali-europeu já foi introduzido na Oceania e nas Américas. Entre as subespécies, destacam-se o porco doméstico e o javali-europeu (Sus scrofa domesticus e Su scrofa scrofa, respectivamente).
As origens etimológicas da palavra “javali” podem ser encontradas na língua árabe (hinzir-diabal ou diabali), significando “porco do mato” e “porco montanhês”, respectivamente.
Essa espécie aprecia bosques ricos em vegetação, a fim de poderem se esconder. Não obstante, os javalis frequentam tanto as áreas cultivas quanto as áreas abertas. Sua imensa área de distribuição permite que a espécie ocupe desde florestas tropicais até bosques temperados, de forma que não habita em montanhas altas ou desertos.
O javali é um animal com J que foi introduzido na América do Sul através do Uruguai e da Argentina, em meados do século XX. Em nosso país, todavia, a criação do javali (assim como a de seus híbridos) iniciou-se em larga escala a partir dos anos de 1990.
Com a invasão desses animais (que atravessavam as fronteiras e adentravam o estado do Rio Grande do Sul), a fuga e a soltura promovida por inúmeros criadores brasileiros – em retaliação a uma determinação de 1998 do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) contra a criação e importação de javalis –, diversos exemplares formaram uma crescente população que, paulatinamente, avançava sobre o território brasileiro.
No Brasil, o javali não encontra predadores naturais, à medida que se trata de uma espécie exótica que procria com os porcos domésticos (dando origem ao híbrido conhecido como “javaporco”). Tais fatores contribuíram significativamente para o exagerado aumento de sua população.
Esse crescimento, descontrolado e contínuo, resulta em prejuízos ambientais e danos para a agricultura. Sendo assim, o abate e a caça passaram a ser permitidos aos indivíduos devidamente cadastrados junto ao IBAMA que, para contrabalançar, incentiva a preservação de espécies nativas de taiassuídeos, como o caititu e o queixada.
Joaninha
A joaninha – inseto coleóptero pertencente à família Coccinellida – apresenta um corpo colorido e arredondado, englobando muitas espécies que agem como predadores de diversas pragas agrícolas, promovendo o controle biológico e, por isso, tendo grande relevância na agricultura.
Existem muitas subespécies que são frequentemente confundidas com outros grupos de besouros coloridos e pequenos, tais como os exemplares que integram a família Chrysomelidae.
A maior parte das joaninhas é composta por ótimos predadores, alimentando-se de larvas e ovos de outros insetos, influenciando diretamente esse ecossistema. Em determinadas culturas agrícolas, as joaninhas protegem a diversidade biológica e auxiliam na elevação da produtividade natural dos solos.
Nos dias de hoje, o aumento do interesse e, também, da procura por alimentos orgânicos, provocou uma elevação nos níveis de produtividade no campo e uma incansável busca pela excelência.
Dessa forma, cultivadores e pesquisadores passaram a utilizar as joaninhas como ferramenta tecnológica voltada à constituição de um verdadeiro equilíbrio biológico. Isso faz com que conhecer as diferentes fases da vida deste interessante animal com J (adulto, pupa, larva e ovo) seja uma imperiosa necessidade para todos aqueles que desejam se beneficiar de sua eficácia.
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