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Bomba de Nêutrons: como funciona?

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A Bomba de Nêutrons é uma alternativa mais agressiva a bomba atômica. Geralmente é um dispositivo termonuclear pequeno, tendo o seu corpo composto por níquel e cromo, no qual os nêutrons gerados na reação de fusão nuclear intencionalmente não são absorvidos pelo interior da bomba.

As emanações de raios-X e de nêutrons contendo uma grande quantidade de energia são de fato o que definem a capacidade de destruição desse dispositivo. Os nêutrons têm uma facilidade muito grande de penetração em comparação com outros tipos de radiação, por conta desse fato, equipamentos de proteção contra raios gama são muito pouco eficientes contra eles.

Qual a ação da bomba de nêutrons?

A bomba de nêutrons tem a sua ação destrutiva apenas para organismos vivos, ou seja, uma explosão de uma bomba de nêutrons é capaz de deixar a estrutura de uma cidade completamente intacta, mas, em compensação vai matar todos os que lá vivem. Esse tipo de estratégia militar é bem vista por alguns gerentes de guerra, por que no caso te possibilita eliminar os inimigos e se apoderar dos recursos deles.

Os efeitos destrutivos de uma bomba de nêutrons

Os efeitos de uma explosão nuclear podem ser divididos nas categorias: a explosão, a radiação térmica, a radiação nuclear direta e a indireta.

A reação que causa a explosão no núcleo de uma bomba atômica, consiste em uma onda de choque que se espalha na forma esférica de um raio crescente. Está onda de joga vem em seguida de uma diminuição na pressão do ar, ambos acontecem muito rápido de forma quase que simultânea.

A uma distância de 1 km, uma explosão de uma bomba atômica (fissão nuclear) de 20 kiloton provoca uma variação na pressão da ordem de uma atmosfera. Isso é suficiente para destruir construções de concreto, como casas e prédios. Uma bomba termonuclear (fusão nuclear), pode chegar a até 10 megaton (= 10.000 kiloton).

1 kiloton significa 1.000 toneladas de explosivo TNT (trinitrotolueno), o que equivale a 1012 calorias, ou 4.184 × 1012 J de energia. A força de energia que a onda de choque carrega regrediu com o inverso do quadrado da distância (1/r²), por um fator puramente geométrico. A 2 km de distância, a mesma bomba atômica provoca uma onda de choque com uma variação de 0,25 atmosferas, o que é suficiente para destruir casas de madeiras e atirar escombros a mais de 360 km/h.

Outro efeito destrutivo das armas nucleares que é bastante conhecido é o calor que elas podem liberar. Este no caso, sofre uma diminuição maior do que a onda de choque, por que fora o fator geométrico 1/r² ainda há a absorção e espalhamento da radiação térmica ao redor do local da explosão. Mesmo assim, a 2 km de distância, uma bomba atômica de 20 kilotons ainda provoca queimaduras de terceiro grau nas pessoas e é capaz de incendiar matérias que podem ser facilmente inflamáveis como madeira e tecidos.

No lugar onde ocorreu a explosão, a bola em chamas se forma tão depressa que provoca ventos de 180 a 360 km/h, o que favorece ainda mais o alcance das chamas. Lembrando que um efeito como este não é exclusividade das bombas nucleares. Elas somente tem uma capacidade maior para que ele acorra. Com uma única bomba termonuclear é possível, considerando os dois efeitos já descritos, destruir completamente uma área circular com raio de 10 km.

Com apenas uma explosão nuclear, nêutrons e radiação gama são liberados. Ambos decrescem com 1/r² e a distância na qual eles são considerados letais é exatamente a mesma para as ondas de choque térmica. Os efeitos desta radiação fazem com que o local fique contaminado trazendo diversas doenças, como tipos variados de câncer e modificações genéticas. Estas modificações se devem a troca das bases nitrogenadas na sequência da molécula do DNA.


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