O budismo é uma religião com muitas particularidades, e que segue uma linha bem diferente da maioria das religiões ocidentais, pois ele é fundado no sentimento e na iluminação da alma.
Enquanto outras religiões cultuam figuras, santos, deuses e outras figuras místicas, o budismo se pauta em seguir os passos de grandes mestres, sem se apegar a personagens endeusados.
Tudo no budismo funciona com um propósito e seus ensinamentos são tão puros, que todos deveriam incorporar um pouco disso em seu cotidiano. Conheça agora a história do budismo e um pouco das características dessa religião.
O que é budismo
O budismo é uma religião ateísta, o que significa que não existe o culto a um ou mais deuses, muito menos santos ou padroeiros. Por causa disso, ele também pode ser visto como uma filosofia, podendo ser acolhido sem afetar outros tipos de fé.
Todos os seus ensinamentos são baseados na história e nas conquistas de Siddhartha Gautama, o Buddha, considerado o primeiro adepto dessa filosofia e criador dos passos para o nirvana, que é um estado de iluminação isento de sofrimento, aquilo que todo budista procura.
Atualmente, existem mais de 500 milhões de adeptos a essa religião, o que a torna a quinta maior religião do mundo. A maioria de seus praticantes pertencem aos países do oriente, embora ele também seja muito conhecido e praticado no ocidente.
Além disso, o budismo é dividido em escolas, como se fossem linhas de pensamento que seguem estudando de forma profunda os ensinamentos, cada uma elaborando interpretações diferentes. Afinal, Siddhartha não deixou nada por escrito, e os documentos que existem são antigos.
Como surgiu o budismo
O budismo foi “criado” pelo primeiro buda, nascido na Índia, chamado de Siddhartha Gautama. Ele nasceu entre 563 e 483 a.C. em uma região que hoje faz parte do Nepal.
Siddhartha era um príncipe, e seu pai sempre o cercou de luxos, na tentativa de nunca ver o filho sofrer com as mazelas do mundo real. Por isso, durante 29 anos Siddhartha viveu isolado em seu palácio sem conhecer a velhice, a doença ou sequer a morte. Ele era livre de sofrimentos.
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Como não poderia deixar de ser, Siddhartha saiu de seu palácio em certa ocasião, e descobriu como as coisas eram difíceis do lado de fora. Então, movido por um desejo insaciável de acabar com o sofrimento humano, ele se isolou novamente para buscar uma solução.
Então, até os 35 anos, o buda viveu em profunda reflexão e estudo para conseguir finalizar seu objetivo, depois de ter renegado sua vida como príncipe. Até que um dia, segundo a história, ele encontrou as respostas para suas questões, sentado sob uma figueira.
Foi como se tivesse sido iluminado, para finalmente compreender o verdadeiro significado da vida e do sofrimento, e descoberto com solucionar as mazelas do mundo.
A partir disso, ele dedicou o resto de sua vida, até os 80 anos, para difundir suas descobertas pelo meio oral, adotando discípulos e criando as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho de Oito Passos.
Basicamente, esse caminho orientava seus seguidores a fazer o bem, controlar e dominar a própria mente para evoluir e evitar ações não virtuosas. Esse caminho era nada mais nada menos que a filosofia do budismo.
Ensinamentos budistas
Os ensinamentos budistas existem para levar as pessoas ao estado de nirvana, que foi a mesma iluminação e realização que Siddhartha alcançou um dia. Ou seja, não existe uma ideia de céu ou inferno nessa religião, pelo o menos não como no cristianismo.
Assim, o budismo prega que existe um estado livre de qualquer sofrimento, que pode até se assemelhar ao “céu”, mas na verdade é um estado de espírito, algo que você sente dentro da alma e que impulsiona toda a sua vida.
Quando o buda percebeu que os humanos viviam em constante sofrimento, ele entendeu que o mundo estava doente. E, para essa “doença”, ele deu o nome de duka.
Então, o objetivo da vida de qualquer adepto ao budismo é se livrar dessa doença e nunca mais sofrer, alcançando esse estado de iluminação espiritual. Para realizar isso, é necessário abrir mão dos desejos, pois eles estão conectados com a dor. Então, o discípulo budista precisa curar a doença com sabedoria, e essa é a base dos ensinamentos.
Afinal, a dor não leva a uma morte, pois não existe uma morte bem definida, uma vez que o budismo acredita em reencarnação.
Portanto, o budismo é uma religião profunda, que pode ser uma filosofia, um remédio ou um ensinamento espiritual profundo. Seja como for, seus discípulos nunca pararam de estudar o budismo, pois ele é muito antigo e muito complexo.
Se você tem alguma outra curiosidade, os budistas costumam convidar pessoas que se sentem tocadas para uma cerimônia de introdução ao budismo, e vale a pena tentar.
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