Carlos Drummond de Andrade foi sem dúvidas um dos grandes escritores brasileiros do século XX. Poeta e cronista, Drummond passou por diferentes fases poéticas, sempre impressionando a todos por sua criatividade e estilo próprio.
Início da Vida
Carlos Drummond de Andrade nasceu em 31 de outubro de 1902, na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Durante a adolescência, estudou em colégios em Belo Horizonte e Nova Friburgo, entrando para o curso de Farmácia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em 1925, criou com um grupo de amigos em Belo Horizonte A Revista, uma revista modernista que reunia artistas de diferentes partes do Brasil. Com apenas três edições, foi publicada até 1926, recebendo textos de diversos autores, como Manuel Bandeira e Mário de Andrade. Também escrevia para o jornal Diário de Minas, além de contribuir com crônicas para diversos jornais do país.
No mesmo ano, Carlos Drummond de Andrade casou com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos. É a partir dessa época que sua vida no mundo das letras começa a ganhar forma, dando os primeiros passos para se tornar um dos maiores e mais influentes poetas brasileiros do século XX.
Poesia e Estilo
A primeira obra com poesias de Drummond foi publicada em 1930, intitulada Alguma Poesia. Inicialmente, Drummond é reconhecido e influenciado pela onda de autores modernistas brasileiros. Nessa fase, suas poesias apresentam características modernistas, como o verso livre, a repetição, a fala popular, o humor e os temas cotidianos.
Ao lado de Oswald de Andrade e Mário de Andrade, Drummond faz parte do grupo de artistas do modernismo brasileiro, que marcou culturalmente a primeira metade do século XX. Esses artistas buscavam questionar e reinventar a cultura brasileira, seja na literatura, na música, no design, entre outras áreas.
Mas Carlos Drummond de Andrade, embora desde o início tenha se relacionado com o modernismo brasileiro e com artistas dessa época, acabou desenvolvendo um estilo próprio em suas poesias. Após a fase da poesia irônica, os principais temas de suas obras são o indivíduo, o eu, a desesperança, a solidão, a existência, o amor, temas explorados a partir da poesia metafísica.
Na terceira fase de sua carreira, Carlos Drummond de Andrade começa a se interessar pelo mundo ao seu redor e pelos problemas que afetavam a sociedade. Em uma fase mais social, Drummond reflete sobre a vontade de transformar o mundo a partir da sua poesia. Também explora o tema do erotismo em algumas poesias, porém sem transformar-se em um poeta romântico ou sentimental.
Fim da Vida
Carlos Drummond de Andrade seguiu escrevendo incansavelmente até o fim de sua vida. Além de poesias, Drummond sempre contribuiu com textos para jornais brasileiros, demonstrando seu lado cronista. Também publicou diversos livros com contos, crônicas e também textos infanto-juvenis, tornando-se um dos maiores escritores brasileiros.
Em 17 de agosto de 1987, aos 84 anos, na cidade do Rio de Janeiro, Drummond faleceu devido a complicações cardíacas e respiratórias. Deixou para trás uma série de poesias clássicas da literatura brasileira, como No Meio do Caminho, Quadrilha, Sentimento do Mundo e Poema de Sete Faces.
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