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Conheça a lenda de Caipora no folclore

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A lenda do caipora é uma das mais interessantes histórias do folclores brasileiro. Muitas vezes confundido com o Curupira, a caipora, ou o caipora, é um ser mítico de várias versões ao redor do Brasil.

Para alguns, monta em um porco selvagem, para outros andu nu com cabelos de fogo. Para outros, domina os animais da floresta e ataca os caçadores. Dependendo da versões que conta a história do pequeno ser mítico, pode ser um guardião ou um ser maligno. Em alguns casos, auxilia na proteção da florestas, enquanto – em outros – sequestra crianças de suas famílias.

O folclore brasileiro é recheado destas interessantes histórias, que – na verdade – recontam contextos e situações históricas importantes para a compreensão de nossa formação. Conheça a lenda do Caipora, suas características e ações:

Quem é Caipora?

Segundo conta o folclore, Caipora é um guardião da floresta, que vive nela em perfeita harmonia com os animais, evitando que os humanos abusem dela. O Caipora pune os caçadores gananciosos, que retirem da floresta mais do que o necessário para sua sobrevivência.

O ser assusta os caçadores e aqueles que vivem perto da floresta, confundindo-os com sons, quebrando suas armas e preparando armadilhas pela mata. Quando um caçador é alvo do Caipora, é possível que o ser mítico mude as trilhas para que o caçador fique perdido e nunca mais retorne.

Em algumas versões, especialmente aquelas dos locais onde os jesuítas agiram mais intensamente, fala-se que o Caipora torna-se especialmente ativo em dias importantes para a igreja, como dias santos e domingos.

A forma de sair da floresta vivo quando o Caipora ataca é oferecer presentes, especialmente fumo em corda ou cachaça. Em locais com floresta onde a lenda é forte, é comum deixar os presentes em árvores para que o ser possa consumi-los durante o final de semana.

A origem do Caipora

A origem da lenda é incerta, pois data desde antes da chegada portuguesa ao Brasil. As tribos tupi-guarani, por exemplo já tratavam da entidades desde tempos onde não há registros físicos, e foram eles quem contaram aos europeus a existência do ser, suas atribuições e interpretação.

Inicialmente, acredita-se que o Caipora era visto simplesmente como um guardião. Com a chegada dos jesuítas, iniciou-se sua interpretação como um ser maligno, possivelmente como um forma de controle para o afastamento dos povos indígenas de territórios hostis.

Há textos do início do período colonial que tratam o Caipora e de outros seres folclóricos, e quase todos eles são retratados como seres malignos pelos padres responsáveis pelos escritos.

Caipora ou Caiporas?

Assim como boa parte do folclore brasileiro, é difícil definir uma única versão entre os tantos caiporas e as variadas interpretações existentes sobre o ser. Em alguns casos, trata-se essencialmente de uma versão diferenciado do Curupira. Em outras, trata-se de um ser completamente diferente.

Na maior parte dos casos, trata-se de um menino moreno, com aspectos indígenas, mas olhos e cabelos vermelhos como o fogo. Em alguns casos, o próprio cabelo é feito de fogo. Em outros, seus pés são virados para trás, ou carrega uma lança e cachimbo.

Em alguns casos, é veloz, em outros é excelente em manter-se escondido enquanto as pessoas caem em suas armadilhas. Nem mesmo sua distinção ou não em relação ao Curupira é absolutamente clara em certos locais do Brasil, o que demonstra a riqueza e a evolução local das lendas.


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