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Corrente de Foucault: o que é?

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Segundo o dicionário físico a corrente de Foucault é “ uma corrente elétrica induzida no interior de um condutor por um meio de um campo magnético variável, ou ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices ”.

Então, o que quer dizer corrente de Foucault, de maneira que nós, meros mortais, possamos entender? De uma forma mais simples de explicar, a corrente de Foucault é um fluxo magnético que varia através de uma superfície sólida com a criação de uma corrente induzida sobre o condutor.

Embora tenha facilitado um pouco, o problema certamente não foi resolvido, certo? Confira o material que preparamos para você entender o que significa a corrente de Foucault, como a teoria foi desenvolvida, e qual sua importância:

Como se desenvolveu a corrente de Foucault?

A corrente tem esse nome em homenagem ao físico francês Jean Bernard Léon Foucault que foi o responsável por apresentar a existência dessa corrente ao mundo científico.

Para compreender um pouco mais sobre essa corrente será necessário voltarmos um pouco no século XIX, na parte da física conhecida como eletromagnetismo. Aqui, há dois fatos importantes que contribuem para o entendimento das correntes de Foucault:

Um deles foi quando Oersted provou que quando passava corrente elétrica por um fio, através deste era criado um campo magnético. O outro fator importante foi quando Ampère esclareceu, de fato, que uma corrente gera um efeito sobre um ímã, assim como o ímã gera um efeito oposto à corrente.

Com o auxílio dessas descobertas, Foucault observou que se um disco de cobre é colocado entre polos de magneto, era necessária uma força superior, para que, estes girassem. Isso ocorre pois, surgem correntes no interior do metal que são produzidas por uma variação de fluxo. A partir daí, tem-se as denominadas correntes de Foucault.

Reproduzindo a experiência na prática

Caso você tenha interesse em reproduzir uma experiência parecida a que Foucault fez basta seguir alguns passos que são: Pegue um ímã, uma moeda e crie um plano inclinado de alumínio.

Se você já estudou a parte do eletromagnetismo na escola, deve saber que, o ímã não atrai o alumínio, já que, ele não tem propriedades ferromagnéticas. Porém, conseguirá visualizar um fato. O ímã desce pelo plano inclinado de modo mais devagar do que a moeda. E adivinha o porque disto acontecer? Se você pensou que o motivo para isso ocorrer está ligado a corrente de Foucault você acertou!

Quais são as aplicações práticas dessa teoria?

Uma das aplicações da corrente de Foucault seria em fornos de indução, já que, como possui dimensões consideráveis, a superfície provavelmente sofrerá dissipação de energia através do efeito Joule. Com isso, ocorrerá um aumento considerável na temperatura, fazendo com que essas correntes funcionem como aquecedores para o forno.

Quando há circuitos onde não se deseja a dissipação da energia através do efeito Joule que, podem danificar os componentes do sistema, normalmente, se utilizam materiais laminados ou que contenham pequenas placas isoladas em si com o intuito de diminuir a dissipação de energia por esse efeito.

Um outro exemplo de aplicação da corrente de Foucault seria em freios de automóveis para teste de motores. Neste caso, o freio deve ser construído por dois discos que irão ficar girando frente a dois eletroímãs. Os eletroímãs são controlados por um dispositivo de mola que será responsável por promover o deslocamento móvel destes eletroímãs.

Logo, o motor aciona os discos, promovendo uma excitação dos eletroímãs e, consequentemente, cria um fluxo magnético. Entre os discos passa a corrente de Foucault.


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