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Guerra das Malvinas: veja como e por que ocorreu

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Conhecida também pelo nome inglês de Falklands, as Ilhas Malvinas protagonizaram um conflito intenso entre dois países importantes. A Guerra das Malvinas foi o conflito entre a Argentina e o Reino Unido. Essa guerra aconteceu logo no início da década de 80 e teve um vencedor que domina essas ilhas até hoje. Saiba mais a seguir sobre essa guerra e quais foram as suas consequências.

Logo no início da década de 80, mais precisamente em 1982, a Argentina protagonizou o maior fiasco de seu governo até então. Com a intenção de dominar as Ilhas Malvinas, um arquipélago lindo, localizado no Atlântico Sul, o governo argentino enviou tropas do exército para a região. Acontece que eles não imaginavam que encontrariam um adversário tão poderoso, a Grã-Bretanha.

A Grã-Bretanha que ocupa essas ilhas, não aceitou essa invasão dos nossos hermanos e resolveu contra-atacar.

A Guerra das Malvinas começou basicamente porque os argentinos nunca aceitaram esse domínio da Grã-Bretanha. Isso se deu também pelo fato dessas ilhas se localizarem a apenas 480 quilômetros do território argentino. Logo, se viram no direito de invadir as ilhas e começar a guerra. Além dessas questões, outras como as questões econômicas e políticas também foram motivações para essa invasão.

Antes da Guerra das Malvinas, quem descobriu essas ilhas?

Essa é uma das discussões mais fortes que existem em relação ao descobrimento dessas Ilhas Malvinas, pois nem a comunidade e os especialistas científicos possuem uma resposta. Ninguém sabe ao certo quem descobriu essas ilhas.

Sendo assim, acredita-se que elas foram dominadas e disputadas pelas maiores potências europeias da época.

Os líderes argentinos na época afirmavam que elas pertenciam aos espanhóis, pois foram eles os descobridores. E que assim que conquistaram a sua independência acabaram herdando esses arquipélagos dos espanhóis.

Portanto, para os argentinos, quem descobriu essas ilhas foram os espanhóis, através das expedições de Fernando de Magalhães. Esse fato inclusive, poderia ser provado com algumas cartas náuticas que continham datas da época.

Outro fator essencial e principal dessa reivindicação está na localização dessa ilha. Ela fica a apenas 480 quilômetros do país, ou seja, muito mais próxima da Argentina do que da Grã-Bretanha por exemplo, que administra e toma conta da ilha até hoje.

Por outro lado, o Reino Unido afirma que essas ilhas foram descobertas graças ao financiamento que um inglês fez para que expedições ao local fossem realizadas. Esse inglês chamava-se Lord Falkland. Falkland inclusive, é o nome que as Ilhas Malvinas também são conhecidas.

Enfim, por conta desse atrito entre a Argentina e a Grã-Bretanha, surgiu a Guerra das Malvinas.

Mas e o nome Malvinas, de onde vem?

Segundo historiadores, vem dos franceses que eram atraídos para a região por conta da alta diversidade de peixes. Esses marinheiros e pescadores chamavam essas ilhas de “Malovines”. Acredita-se que com o passar do tempo, esse nome foi se modificando por conta dos sotaques, se transformando em “Malvinas”.

Guerra das Malvinas, conheça como ela aconteceu

A Guerra das Malvinas foi um conflito de curta duração que aconteceu entre a Argentina e a Grã-Bretanha no começo da década de 80.

O que motivou o começo dessa guerra foi a inconformidade do governo argentino em aceitar que essas ilhas fossem dominadas pela Grã-Bretanha. Essa por sinal administra e ocupa a ilha desde 1883.

A Argentina fica a apenas 480 quilômetros de distância dessas ilhas, então para o ditador Leopoldo Galtieri que comandava o país na época, a invasão nada mais era do que um direito argentino.

Foi então que as tropas de soldados argentinos invadiram a capital Stanley, localizada nas Ilhas Malvinas.

O que motivou essa invasão foram questões totalmente políticas, pois o ditador e general Galtieri era acusado por exercer uma péssima administração no país. Sendo acusado inclusive de abuso de poder e atentado aos direitos humanos.

O objetivo da ocupação seria despertar nos argentinos, um sentimento patriótico, a fim de mudar a imagem do poder militar sobre o país.

Essa foi uma das piores decisões do governo, pois ele não contava que a Grã-Bretanha fosse reagir a essa invasão.

Guerra das Malvinas

Como foi a resposta da Grã-Bretanha?

Ao todo foram enviados cerca de 28 mil soldados combatentes para guerrear nas Ilhas Malvinas. Isso correspondia a três vezes mais soldados do que a Argentina continha.

E para piorar a situação da Argentina nessa guerra, os Estados Unidos assumiram a posição de aliado da Grã-Bretanha. Essa aliança aconteceu por conta da parceria militar poderosa que os EUA tinham com a Grã-Bretanha na OTAN ou Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Isso significava que os EUA forneciam armas para a Grã-Bretanha. Essa ajuda foi totalmente significativa para a Guerra das Malvinas.

Com todo esse apoio, os britânicos venceram a guerra contra os argentinos em apenas dois meses. Para os argentinos restaram apenas a vontade de conquistar essas ilhas que de fato nunca aconteceu.

Assim que retornou, o ditador Leopoldo Galtieri e toda a força militar foi substituída por um governo constituído por civis.

Margaret Thacher comemorou a vitória e aproveitou o momento para conduzir o seu Partido Conservador ao poder daquele ano.

Como estão as Ilhas Malvinas hoje?

Atualmente, o domínio dessas ilhas ainda é dos britânicos, vivem nelas cerca de 3.398 kelpers. Seus habitantes por sinal, nem pensam em sair do arquipélago, pois recebem uma renda per capita considerada a quarta maior do planeta.

Em 2013, o governo das Malvinas realizou um plebiscito em resposta a reivindicação dos argentinos em relação ao direito sobre a terra.

Cerca de 1.672 eleitores habitantes das Ilhas votaram a favor da Inglaterra. Os números a favor foram de 99,8%. Essa votação foi supervisionada e acompanhada de perto por lideranças de sete países, a fim de garantir transparência e justiça a contagem.

O assunto sobre o domínio das Ilhas Malvinas é tão delicado, que discutir isso com alguns cidadãos argentinos são como se mexesse em seus lados patrióticos nacionalistas.

Inclusive, todos os governantes que chegaram ao poder afirmam que conquistarão essas ilhas, mas sem guerras e conflitos, apenas de maneira democrática. Afinal de contas, repetir a Guerra das Malvinas não seria a melhor escolha para a Argentina, pois a sua potência militar não é muito grande.


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