A história da matemática praticamente remonta a própria história da humanidade. Atualmente, ela é diretamente associada a praticamente tudo o que fazemos, sem nem mesmo percebermos. Desde uma ida rápida ao supermercado, até a contagem dos dias do mês, uma rápida olhada ao relógio, ou uma troca de mensagens no smartphone: é através da matemática que realizamos cada um destes passos.
Hoje, até mesmo os aparelhos mais simples são capazes de realizar cálculos bastante complexos, inimagináveis no passado. Isso garante boa parte do avanço tecnológico com o qual podemos contar.
No início da humanidade, por outro lado, necessidades mais primordiais fizeram com que a matemática fosse desenvolvida. No período, o tempo, as estações, transações simples e distâncias ainda eram um mistério, e sua mensuração era importante para evoluir.
Conheça um pouco mais sobre a história da matemática, e quais os principais acontecimentos que marcam seu desenvolvimento até os dias atuais:
História da matemática
Considerando-se a contagem e controle de medidas como uma forma de matemática, é possível considerar que ela surge para a humanidade antes mesmo da própria escrita.Os primeiros registros numéricos encontrados são da Mesopotâmia, três milênios antes da era comum.
Sabe-se, no entanto, que o próprio processo de sedentarização – que acontece antes da escrita – envolveu o conhecimento de contagem de dias e ciclos de estação. Além disso, há alguns registros de operações matemáticas simples.
Uma das grandes relíquias conhecidas no história da matemática é o Papiro de Rhind, um documento egípcio com mais de 3,5 milênios de história. Nele, há o registro dos primeiros exercícios matemáticos propriamente ditos, com operações diversas e equações simples.
Início do processo de sofisticação
Entende-se por sofisticação o processo que permitiu o uso prático de maneiras mais complexas da matemática. São marcos especialmente importantes a aritmética e a geometria como formas de compreensão do mundo real físico.
Exemplo importante disso é o ábaco, que teve sua forma mais interessante na China. Através dele, pode-se compreender um sistema matemático propriamente dito, utilizado de forma física para realizar cálculos matemáticos. Trata-se de um elemento de representação de números a partir de unidades com diferentes concentrações valores encaixadas em bastões verticais posicionados lado a lado.
A Grécia Antiga e seus teoremas
A matemática mais relacionada aos moldes atuais no ocidente é fortemente relacionada ao conhecimento desenvolvido na Grévia Antiga. O primeiro registro considerado como uma forte influência vem de Tales de Mileto.
O filósofo é o responsável pelo que se pode considerar o início do pensamento matemático mais atual, com abstrações, conceitos e metodologia específica. Foi no Teorema de Tales, por exemplo, que o conceito matemático de formas geométricas e definições, como ângulos retos, opostos e congruentes foram inicialmente apresentados, na história da matemática.
Vale notar que o início do pensamento era essencialmente empírico. Seu desenvolvimento primordial nasceu da observação do uso prático da própria matemática, como a observação de pirâmides e cálculos com sua sombra e outras variáveis conhecidas na época.
Mais tarde, o Teorema de Pitágoras traria definições fundamentais da matemática moderna, especialmente no que diz respeito à geometria espacial. Pitágoras, que viveu cinco séculos antes da era comum, desenvolveu concepções como os números irracionais (ou alguns de seus alunos, segundo registros), e a conceito de números primos, essenciais ainda nos dias de hoje no uso computacional.
Desenvolvimento de marcos sistemáticos da matemática
Uma invenção matemática nunca é plena de um único pensador. Para que se chegue a ela, é necessário partir do ponto de pesquisa até o qual outros matemáticos já chegaram. Embora seja difícil imaginar nos dias atuais, o conceito de zero não existia, matematicamente, até o ano 500.
O zero foi criado pelos Hindus, que também foram os responsáveis pelos sistemas decimais de números. Isso significa que, até então, é possível calcular distâncias na astronomia, utilizar-se da geometria, mas a concepção de zero era inexistente.
No século XVII, por exemplo, foram inventados os logaritmos. Até então, grandes multiplicações – inclusive as astronômicas – não possuíam um sistema verdadeiramente efetivo para serem realizadas.
Enquanto isso, a primeira máquina de realização de somas e subtrações só surgiu no mesmo século, desenvolvida por Pascal, com um limite de seis dígitos. Isso mostra o quanto a matemática é incremental, e depende de conhecimentos somados para converter-se nas coisas aparentemente simples que podemos aproveitar na atualidade.
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