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Ligação covalente: conceito e tipos

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Antes que o presente artigo aprofunde o tema sobre ligação covalente, é necessário esclarecer alguns conceitos básicos, a fim de que a compreensão do assunto fique mais fácil.

Assim, é preciso, primeiramente, definir o objetivo da ligação química, para que, logo após, seja abordada a regra do octeto.

Veja também – Ligação Iônica: saiba mais sobra a ligação eletrovalente

Após o entendimento destes conceitos, será possível um melhor aprofundamento do conceito de ligação covalente, assim como a compreensão de seu funcionamento.

Quando ocorre a ligação química?

A ligação química ocorre quando dois ou mais átomos se juntam na intenção de formarem uma molécula.

Ligação Covalente

É importante destacar que a finalidade de uma ligação química é atingir a estabilidade da molécula, a fim de que se torne a estrutura básica de uma substância.

Vale destacar ainda que a ligação covalente é uma das classificações da ligação química.

Regra do octeto

A regra do octeto foi criada pelos químicos Gilbert N. L. e Walter K. Segundo esta teoria, um átomo somente adquire estabilidade em duas situações distintas:

  • Quando possuem 8 elétrons na camada eletrônica externa;
  • Quando possuem 2 elétrons em uma única camada.

Desse modo, os átomos repartem entre si os pares de elétrons, adquirindo assim, a estabilidade molecular.

Como exemplo desta configuração, é possível citar o hidrogênio. Essa substância possui um único elétron. No entanto, para que ele fique estável, ele recebe mais uma partícula de elétron referente a outro átomo.

Ligação covalente

A ligação covalente é conhecida também como ligação molecular. Como visto acima, ela é uma forma de ligação química.

Nessa forma de ligação, são compartilhados os pares de elétrons (conhecidos como pares eletrônicos) entre os átomos, com o fim de formar moléculas estáveis.

Vale destacar que esse compartilhamento é feito com obediência a regra do octeto, abordado acima.

Essa junção ocorre entre os elementos que não são metálicos e átomos de hidrogênio. Em algumas situações raras, pode ocorrer entre elementos de metais.

Para melhor entendimento sobre o tema, segue um exemplo de ligação covalente:

  • A molécula da água, que é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio (H2O: H – O – H)

Tipos de ligações covalentes

1) Ligação Covalente Dativa:

A ligação covalente dativa também é conhecida como ligação covalente coordenada ou semipolar.

É a ligação que ocorre entre dois átomos e dois elétrons que derivam de um único átomo. Essa ligação é denominada de coordenação.

Para um melhor esclarecimento desse tipo de ligação, segue uma importante observação:

Um átomo possui os 8 elétrons em sua última camada, enquanto o outro, para adquirir sua estabilidade, precisa de mais dois elétrons.

Após a ligação covalente dativa ocorrer, ela se torna igual às outras moléculas, com as mesmas características e a mesma força.

2) Ligação covalente simples

Através dessa ligação, os átomos realizam a divisão do elétron pertencente a cada elemento a fim de que fiquem estáveis, em consonância com a regra do octeto.

Exemplificando: quando o gás cloro é formado, é realizado o compartilhamento do elétron de cada um dos átomos do Cloro.

3) Ligação covalente dupla

Esse tipo de ligação faz com que os átomos se dividam em 2 elétrons pertencentes a cada uma dos elementos, objetivando a estabilidade.

Na água, existe o compartilhamento do elétron de cada um dos átomos de hidrogênio com os elétrons do único átomo de oxigênio.

4) Ligação covalente tripla

Nesse caso, os átomos acabam dividindo os elétrons em 3 de cada elemento, buscando, da mesma forma, a estabilidade de todos eles.

Exemplificando: quando a molécula do gás nitrogênio se forma, ocorre a distribuição de 2 elétrons de cada um dos átomos de nitrogênio.

Ordem de ligação

Quando os íons positivos se ligam aos negativos, ocorre uma ligação iônica. Nesse tipo de ligação, o deslocamento de elétrons é apenas temporário.

A ligação iônica trabalha com forças que permitem a atração dos íons com cargas opostas.

Afinal o que são íons? São átomos que estão desestabilizados eletricamente e podem apresentar carga negativa ou positiva.

A ligação iônica costuma ocorrer entre grupo de átomos com inclinações para doar ou receber elétrons.

As ligações quádruplas são mais raras, porém, é possível de ocorrer. O carbono e o silício são elementos que pode formar uma ligação quádrupla, porém, as moléculas que se formam ficam muito instáveis.

Para que as ligações quádruplas sejam estáveis, o ideal é que haja a ligação entre 2 metais de transição.

A seguir, serão pontuadas as características principais da ligação covalente:

  • Quando as substâncias covalentes estão em condições ambientes, elas podem atingir o estado sólido, líquido ou gasoso. Tais substâncias apresentam diversos pontos de ebulição e fusão, ao contrário das substâncias iônicas.
  • Quando houver uma ligação covalente, os átomos precisam receber uma quantidade de elétrons a fim de que fiquem estáveis;

Por fim, na ligação covalente, deve haver uma diferença quanto a eletronegatividade. O ideal que é seja menos que 1,7. Caso a ligação ultrapasse esse limite, ela é considerada iônica.


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