Malcolm X foi a maior influência para conscientizar a população norte-americana do século XX, mobilizando brancos e negros na luta contra os crimes cometidos à população afro-americana.
Mais uma vez, a sociedade estava imersa em uma onda de racismo e xenofobia, retalhando uma parte da população apenas por causa da sua cor de pele e etnia. Todo o continente americano, principalmente os Estados Unidos, fizeram parte desse movimento preconceituoso.
Foi com a ajuda de Malcolm que a situação se modificou e, depois de muita luta e resistência, os afro-americanos puderam ver uma luz no fim do túnel, que representava sua liberdade de ser e estar.
Quem foi Malcolm X
Malcolm X, originalmente chamado de Malcolm Little, nasceu em Omaha, Nebraska, em 1925, numa família que sofria com perseguições da Ku Klux Klan. Isso acontecia porque seu pai, Earl Little, já era um militante dos direitos negros, além de pastor.
Earl apoiava o líder nacionalista negro Marcus Garvey, e por isso sua família teve de se mudar diversas vezes para fugir da perseguição de grupos que eram contra o seu ativismo.
Até que, em 1930, o corpo de Earl Little foi achado perto dos trilhos de trem, claramente assassinado por grupos racistas, mas seu óbito foi atribuído ao suicídio. Logo depois, traumatizada com esse choque, a mãe de Malcolm, Louise, foi internada num hospital psiquiátrico.
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Desde então, Malcolm foi morar com amigos da família. Sua história trágica continua quando, aos 14 anos, participando de uma aula no colégio em que estudava, sofreu com atitudes racistas de sua professora.
Ela quis saber o que Malcolm seria como crescesse, e julgou que sua vontade de ser advogado não era realista, pois negros nunca teriam trabalhos desse tipo. Então, no ano seguinte, Malcolm X abandona a escola e passa a ser traficante.
Quando começou a ganhar dinheiro vendendo drogas, em 1946, Malcolm X foi condenado a 10 anos de prisão. Durante o tempo em que esteve preso, ele leu muitos livros e estudou sobre ativismo.
Além disso, recebia sempre visitas de membros da Nação do Islã. Assim, aos poucos, Malcolm abraçou a ideologia do nacionalismo negro, concordando com a ideia de que deveria haver uma separação de estados para negros e brancos, acreditando ser a única maneira de assegurar a liberdade para esse povo.
A luta começa
Depois de ser libertado, em 1952, Malcolm Little muda seu nome para Malcolm X em homenagem aos nomes desconhecidos de ancestrais africanos.
Depois disso, ele se torna um grande orador, mostrando talento em realizar discursos para a população, como um líder nato. Assim, viajou para vários estados realizando discursos e incitando que as pessoas se juntassem ao seu ativismo.
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Mais tarde, se tornou líder da Nação do Islã e ajudou a expandir o movimento. Em 1960, inclusive, ele criou um jornal com o nome Muhammad Speaks, afim de veicular mensagens do seu grupo.
Por muito tempo, Malcolm X acreditou que os negros deveriam se libertar do racismo a qualquer custo, incluindo reações violentas. E foi assim que o grupo, antes formado por 400 membros, cresceu para 40.000 integrantes.
Foi nessa mesma época que Malcolm X e Martin Luther King trocaram críticas aos seus respectivos trabalhos, pois o primeiro acreditava na separação e o segundo acreditava na integração.
Mudança de perspectiva
Em 1963, Malcolm começou a se sentir desiludido com algumas coisas que aconteceram dentro do seu grupo de ativismo, e em 1964 acabou sendo convidado a deixar a Nação do Islã.
Foi depois disso que ele se mudou para a África, se envolvendo com o socialismo e o pan-africanismo, de modo a iniciar reflexões mais profundas sobre suas ideologias.
Depois de um ano, tendo viajado para Meca e trocado seu nome novamente para El-Hajj Malik El-Shabazz, ele voltou para a América, mas com intenções bem mais pacíficas a respeito de como seguiria com sua luta.
Assassinato
Malcolm X não teve tempo de apresentar e divulgar com tanta intensidade suas novas ideias não violentas, pois foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965 momentos antes de começar um novo discurso no teatro Audubon Ballroom.
Membros da Nação do Islã atiraram 15 vezes no líder, que tinha apenas 39 anos e um grande legado que foi posteriormente consolidado em uma biografia, para ser distribuído e mostrar sua história para as novas gerações de ativistas.
Por fim, hoje Malcolm X é visto como um grande herói das décadas de 50 e 60, sendo um símbolo muito importante na luta contra o racismo. Suas ideias para sempre serão lembradas e repassadas para todas as gerações, como um lembrete e garantia de liberdade para o povo afro-americano.
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