Conhecer e dominar totalmente a gramática de Língua Portuguesa não é nada fácil. São várias regrinhas – geralmente, bem chatas – que podem confundir na hora de falar ou escrever o bom português. Mas, por que tantas normas? É simples. Além de preservarem o nosso idioma, todas essas regras servem, principalmente, para padronizar a linguagem e evitar ruídos desagradáveis de comunicação.
Afinal, já imaginou a confusão que seria todos nós criássemos as nossas próprias regras gramaticais e ortográficas? Que bagunça! Por isso, a importância de entender a língua. No entanto, ninguém disse que isso seria fácil. São necessários muito estudo e dedicação no dia a dia para tentar, aos poucos, dominá-la.
Por isso, para você começar a colocar em dia o seu português, no artigo de hoje nós falaremos sobre uma das dúvidas mais frequentes entre estudantes e um dos erros ortográficos mais cometidos nas provas de vestibulares e concursos públicos: o emprego do “Mas” e do “Mais”.
Como empregar essas duas palavrinhas tão pequenas, mas que são tão importantes para a nossa escrita e fala? Por terem um fonema (som) bem parecido, várias pessoas costumam escrevê-las da mesma forma em diferentes frases e sentidos. No entanto, apesar de não as diferenciarmos na fala, a grafia e seus significados são bem distintos.
Vamos entender isso melhor? Vem comigo!
Quando empregar o “Mas”?
O “Mas” nada mais é do que uma conjunção adversativa, ou seja, é muito usado em frases que introduzem uma contrariedade, adversidade. Uma dica interessante é tentar substituí-lo pelas palavras porém, contudo, todavia, entretanto. Se ele couber e fizer sentido, está certinho.
Veja os exemplos a seguir:
- Gostaria de comprar essa bolsa, mas (porém, contudo, todavia, entretanto) não tenho dinheiro.
- Comprei o vestido preto, mas (porém, contudo, todavia, entretanto) não gostei muito.
- Queria ir ao cinema, mas (porém, contudo, todavia, entretanto) não tem o filme que quero assistir em cartaz.
- Eles derem o seu melhor, mas (porém, contudo, todavia, entretanto) parece que não foi o suficiente.
Quando empregar o “Mais”?
O “Mais”, por sua vez, deve ser usado como um advérbio de intensidade, quando se quer dar mais intensidade ou maior quantidade, ou como uma conjunção aditiva, ou seja, nas situações em que se quer passar a ideia de adição, acréscimo.
Confira os exemplos a seguir:
- Ana é a mais bonita da classe. (intensidade)
- Cinco mais cinco são dez. (adição)
- Nessa garrafa cabem mais (maior quantidade)
- Ela colocou mais duas camisetas na mala. (acréscimo)
É claro que se você seguir à risca as regrinhas que acabamos de te ensinar, nunca mais vai errar na hora de escrever “Mas” e “Mais” nas provas! Mas, como somos fofos, vamos te ensinar mais um macete bem legal para você não ter mais nenhuma dúvida rondando aí na cabeça. Olha como é simples:
Mais ≠ menos, ou seja, você sempre poderá substituí-lo na frase para descobrir se não tem erro. Assim:
- Vanessa é a aluna mais comportada da escola.
- Vanessa é a aluna menos comportada da escola.
Boa sorte!
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