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Modelo Copernicano versus Modelo Ptolomaico

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A discussão entre modelo copernicano versus modelo ptolomaico pautou uma parte significativa da história humana. Desde o princípio da história da humanidade sempre houve discussões inflamadas sobre os fenômenos da física e as leis que regem o cosmo.

Independentemente de em que fase da evolução científica estivesse o homem sempre sentiu uma necessidade de entender o planeta Terra e o universo onde este planeta existe.

A primeira hipótese criada era de que a Terra fosse o centro do universo, e durante muito tempo essa ideia foi incentivada. Acreditava-se que o universo era uma imensa esfera e a terra seu centro absoluto. Cada astro e planeta estariam presos a uma diferente camada da esfera universal e não poderia escapar disso. No período, é claro, a lei da inércia ainda não havia sido formulada e, por isso, não era levada em consideração para esta teoria.

Modelo Ptolomaico

Cláudio Ptolomeu foi o primeiro a tentar explicar os movimentos dos astros de forma matemática, em seu modelo ele levou em consideração as rotas de todos os astros conhecidos até aquele momento, incluindo estrelas e satélites naturais.

Porém, dada a falta de informações à sua disposição, Ptolomeu teorizou que alguns astros se moviam de formas completamente diferente de outros, e que nem todos estariam presos a uma rota elíptica fixa.
No entanto, o modelo estaria para sempre incompleto e inconclusivo, uma vez que não existia, nos cálculos, nenhuma força que mantivesse cada corpo celeste preso à sua rota.
De qualquer forma, as observações feitas sobre os movimentos plantares eram feitas em ângulos de modo que era possível determinar uma proporção entre os ângulos das diversas rotas pela variação de ângulos entre estas rotas, mas sem ser possível determinar um tamanho exato da área percorrida em cada volta do planeta.
Embora falho e incompleto, o modelo de Ptolomeu representou um grande avanço científico e forneceu explicações para:

  • Variação angular da velocidade de cada planeta.
  • Movimento direto e retrógrado dos corpos celestes.
  • As diferenças entre os tamanhos de laçadas de cada astro.
  • O formato de cada laçada.
  • A intensidade variante de brilho de cada astro.

 

Com a evolução tecnológica, novos dados são adicionados às variáveis e cada novo modelo astronômico se torna mais preciso e traz mais compreensão que o anterior. Fomos capazes de descobrir que não existe nada no centro do deferente, e o centro de rotação é um ponto vazio (equante), que não é o centro geométrico do círculo.

Modelo Copernicano

Com o passar do tempo novas ideias foram surgindo. Entre estas, uma ganhou reconhecimento muito rápido: a ideia veio de Nicolau Copérnico, que sugeriu colocar o sol como centro do universo no lugar da terra.
Seguindo esse modelo, ele conseguiu matematicamente explicar as rotas elípticas dos planetas girando em torno do sol de forma fixa
O modelo copernicano foi rapidamente aceito e difundido pelo mundo, ganhando o apoio de vários pesquisadores e é aceito até hoje pela física clássica.
Atualmente, a cosmologia utiliza o princípio cosmológico de Copérnico como uma aproximação aceitável do fenômeno real, de modo que seus cálculos podem ser considerados corretos por arredondamento.

 

Evoluções dos modelos

Posteriormente, os pesquisadores Bondi e Thomas Gold argumentaram que o princípio copernicano poderia ser usado como justificativa na defesa de um princípio cosmológico perfeito. Eles fizeram alegações de que o Universo é homogêneo inclusive no tempo, e essa se tornou a base para a teoria da cosmologia do estado estacionário.
Desta forma, podemos dizer que essa teoria conflita com a evidência cosmológica mencionada anteriormente, que dizia que o universo teria progredido e alterado suas condições de funcionamento centrais desde o Big Bang, e vai continuar se alterando até atingir o ponto chamado de big freeze, através do efeito da entropia.


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