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Lendas do folclore brasileiro: Personagens populares

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Folclore brasileiro

Embora nem sempre recebam a devida atenção, as lendas do folclore brasileiro são muito ricas, e definem uma série de características sobre nossa história e cultura. Os concursos e vestibulares brasileiros comumente buscam valorizar esta história através de questões que as envolve.

A boa notícia é que as lendas do folclore são divertidas e interessantes de serem estudadas. Conheça os principais aspectos das maiores lendas do folclore brasileiro:

Saci-pererê

O saci-pererê – ou apenas saci – tem origem na cultura tupi-guarani, e é, provavelmente, a mais popular de todas as lendas do folclore brasileiro. A lenda atual já é significativamente diferente da versão original, mas popularizou-se com muito mais intensidade.

Na versão atual, trata-se de um menino negro que possui apenas uma perna, está sempre acompanhado de cachimbo e possui uma carapuça vermelha, de onde advém seus poderes. O saci possui um comportamento variado de acordo com a lenda contada.

Por vezes, ele é apenas um brincalhão, que gosta de aprontar e assustar pessoas na zona rural. Em lendas mais antigas, o saci pode ser mais maldoso, podendo prejudicar as pessoas das quais não gosta.

Lobisomem

O lobisomem é outra lenda do folclore típica das áreas rurais brasileiras. Parte da lenda é herdada da cultura europeia, embora muitos elementos tenham sido adicionados na versão brasileira.

O lobisomem é um híbrido entre homem e lobo, e possui comportamento violento e descontrolado, em busca de sangue.

Existem origens variadas na lenda do lobisomem. Homens com a maldição sempre transformam-se em noites de lua cheia, mas a origem da condição pode variar. Em algumas histórias, o lobisomem já nasce nesta condição, quando um casal possui sete filhas mulheres, e o oitavo bebê é um homem. Para outras culturas, ser lobisomem pode ocorrer com crianças não batizadas e, portanto, desprotegidas.

Curupira

O curupira é um jovem de cabelos vermelhos e pés virados para trás. É herdado da cultura tupi guarani, e é conhecido por ser travesso e praticar maldades com quem desrespeita a natureza.

Ele vive nas florestas, assoviando e deixando suas pegadas invertidas, enganando aqueles que não cuidam da natureza.

Mula sem cabeça

A mula sem cabeça é, nas lendas do folclore brasileiro, a mais cristã de todas as lendas populares. A maldição de tornar-se uma mula sem cabeça acontece, geralmente, com mulheres que tem relações sexuais com um padre. Como punição, essa mulher transforma-se em mula sem cabeça durante as noites.

Por ser muito difundida no país, a lenda possui uma infinidade de variações, com características próprias em cada região. Em alguns locais, o próprio padre torna-se a mula, em outras, apenas a mulher.

Boitatá

O boitatá – tupi-guarani para “cobra de fogo” – é uma das maiores lendas regionais do país. Trata-se, como o próprio nome sugere, de uma gigantesca serpente de fogo que aparece nas florestas, protegendo-as.

Com o tempo e com sua difusão em algumas regiões do norte e do nordeste, a lenda modificou-se para adaptar-se ao imaginário local. Há registros escritos da lenda do boitatá que datam do século XVI, em escritos portugueses.

Negrinho do Pastoreio

O negrinho do pastoreio é outra lenda local, mais popular no sul do Brasil. Trata-se de uma lenda do folclore brasileiro bastante utilizada em provas e concursos, por referir-se a um período histórico específico e ser retrato da crueldade ocorrida na época.

O negrinho do pastoreio era um jovem escravo que sofria violência constante de seu patrão, dono da fazenda onde era escravo. Em um dia em que foi trabalhar pastoreando os cavalos, perdeu um dos animais, o que enfureceu o fazendeiro.

O fazendeiro deu uma enorme surra no jovem, que, quase morto, foi jogado pelos capazes em um formigueiro, onde morreu. A lenda conta que o jovem pode ser visto à noite nos pampas gaúchos, e que as pessoas boas podem pedir ajuda a ele para encontrar objetos perdidos.


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