O nome polígono de Willis pode não ser exatamente comum para quem não está no meio médico ou da biologia. Também chamado de círculo de Willis ou de círculo arterial cerebral, no entanto, essa estrutura arterial é muito relevante para a circulação sanguínea e para o correto funcionamento do cérebro.
Além disso, o polígono de Willis precisa estar saudável, pois é quando este círculo arterial passa por problemas que graves condições cerebrais ocorrem. Entenda mais sobre o que é o polígono de Willis, essa estrutura de nome curioso e incomum em nosso corpo, mas essencial para a sobrevivência:
O que é o polígono de Willis?
Este é o nome dado uma estrutura circular de artérias que fornecem sangue oxigenado para o cérebro. Não à toa, um de seus nomes é círculo arterial cerebral, o que certamente auxilia a compreender suas funções. O nome é dado em homenagem ao médico britânico Thomas Willis, que viveu durante o século XVII.
O polígono, ou círculo, é formado por quatro pares de artérias, mais uma artéria comunicante anterior. O nome de “polígono” foi dado em função de sua organização semelhante a uma forma geométrica no cérebro humano,
Para que serve o polígono de Willis?
A principal função das artérias do círculo arterial cerebral – além da óbvia circulação de sangue e fornecimento de oxigênio – é a existência de redundância na circulação cerebral. Em outras palavras, sua grande importância está no fato de que a organização circular permite que o fluxo sanguíneo ocorra de maneira eficiente.
Isso significa que se uma das artérias necessárias para o cérebro que fazem parte do polígono de Willis for bloqueada ou tiver seu fluxo reduzido, o sistema circular arterial permite que o fluxo através das outras artérias supra o cérebro. Isso reduz os riscos ou a gravidade de uma isquemia, por exemplo.
O polígono de Willis faz parte de todos os organismos humanos?
Essa é uma questão controversa. Atualmente, sabe-se que o polígono da forma como foi estabelecida no passado não é uma constante. Estima-se que apenas cerca de um terço das pessoas apresentem uma configuração circular semelhante à estudada. Há diversas outras variações anatômicas para essa estrutura, e não é possível determinar se todas as pessoas contam com ela, de forma definitiva.
Aneurisma cerebral e o polígono de Willis
Em geral, quando se fala a respeito do polígono de Willis, é quase inevitável tratar a respeito do aneurisma cerebral. Aneurisma cerebral é a circunstância na qual um trecho de um vaso sanguíneo próximo ao cérebro encontra-se excessivamente dilatado.
Essa dilatação – geralmente fruto de uma falha muscular arterial – faz com que o ganho de volume gere pressão sobre o cérebro, crescendo em estruturas cada vez maiores, podendo atingir vários centímetros. Além da pressão, é possível que quando o aneurisma romper dentro do crânio, ocorram diversas lesões no cérebro, além de um aumento anormal da pressão intracraniana.
Muitas vezes, o resultado desta condição é a morte, em função da compressão de áreas cerebrais responsáveis por ações vitais essenciais. A correlação entre o aneurisma e o polígono de Willis é que na maior parte das vezes, a condição ocorre justamente nas artérias desta estrutura.
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