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Relações ecológicas

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As relações ecológicas ocorrem quando todos os organismos se interagem entre si, seja tanto para cooperar uns com os outros, ou então para prejudicar, mas o fato é que nenhum organismo pode viver sozinho, existindo sempre uma relação entre eles.

Normalmente, essas relações ocorrem dentro da mesma população, ou seja, entre indivíduos que são da mesma espécie, ou então de populações diferentes, entre indivíduos de espécies diferentes, em que tais relações se estabelecem para que haja a busca de água, alimento, espaço, luz, abrigo e parceiros para reprodução.

Além disso, o universo dos seres vivos é sempre cheio de muitas curiosidades e particularidades, em que um fator específico que move esses dois fatores vem da relação entre eles, sendo a chamada relações ecológicas, sendo essa interação assumida com características intraespecíficas e interespecíficas.

Entenda mais o que são relações ecológicas

Basicamente, as relações ecológicas são consideradas como interações de diversos organismos que podem ou não fazer parte de uma certa comunidade biológica, em que elas podem ser definidas pelos biólogos em intraespecífica e interespecífica, as quais são:

Relações Intraespecíficas

Normalmente os recursos de um meio são sempre disputados pelos organismos da mesma espécie, no entanto, podem existir situações em que eles se ajudam de forma mutua, onde se trocam benefícios, onde o primeiro caso é referido como competição intraespecífica e o segundo cooperação intraespecífica.

  • Competição intraespecífica

Quanto a disputa pelos recursos do meio onde é feita pelos indivíduos de uma mesma espécie, ela é conhecida como competição intraespecífica, podendo acontecer diversas competições conforme a espécie, como minerais, água, alimentos, luz, parceiros para reprodução, entre outros.

Além disso, o crescimento de uma população acaba sendo prejudicado pela disputa que ocorre por recursos naturais, em que tais fatores podem determinar a carga biótica máxima do meio, o qual é o tamanho da população que o ambiente é capaz de suportar.

  • Cooperação interespecífica: colônia e sociedade

Sobre a relação ecológica de colônia pode ocorrer quando os indivíduos de uma mesma espécie se encontram agrupados e vivendo de maneira vantajosa, onde a divisão de trabalho sempre acontece entre os componentes da colônia isomorfa quando ela se constitui por indivíduos que são diferentes entre si.

Já no caso das relações ecológicas da sociedade, essas são formadas por grupos de seres vivos que são de uma mesma espécie onde os indivíduos podem reagir cooperando, comunicando e dividindo o trabalho, além de apresentarem uma relativa mobilidade e independência.

Dessa forma, pode-se dizer que essas últimas características é o que diferencia uma sociedade de colônia, onde os organismos se encontram unidos de forma física.

Relações Interespecíficas

Sobre as relações interespecíficas, pode-se dizer que existem diversos tipos em uma comunidade de organismos, o que quer dizer que elas ocorrem entre diferentes espécies.

Assim, ocorrem relações em uma espécie que usa outra como forma de alimento, e também aqueles em que as espécies podem trocar benefícios e precisam um dos outros para que possam sobreviver.

Com isso, tanto o benefício como o prejuízo entre as espécies, são usados como forma de critério para a classificação das relações ecológicas interespecíficas, as quais podem ser ainda:

  • Relações ecológicas harmônicas: essas são as que possuem benefício para pelo menos uma das espécies relacionadas, sem que ocorra prejuízo para qualquer uma delas.
  • Relações ecológicas desarmônica: essas são as que possuem prejuízo para uma ou então para ambas as espécies que se encontram relacionadas.

Protocooperação

Essas são relações ecológicas onde certas espécies, apesar de poderem viver sozinhas, se associam e podem trocar benefícios, onde um exemplo disso, são a interação entre os grandes mamíferos, como os bois e aves que comem seus carrapatos.

Assim, existe a vantagem tanto para o mamífero, que se livra dos parasitas inconvenientes, como para o pássaro, o qual se alimenta com uma determinada facilidade.

Predação

Quanto a predação, ela ocorre quando uma espécie animal predadora pode matar e se alimentar de outra espécie animal, a qual se constituem suas presas, onde se observa de maneira individual que os predadores são sempre beneficiados enquanto as presas são prejudicadas.

Com isso, uma análise ecológica de maneira mais detalhada pode apontar a predação como um método natural que possui a capacidade de regular a densidade populacional, tanto para presas como para predadores.

Competição interespecífica

Essa ocorre quando duas espécies de uma mesma comunidade concorrem pelo mesmo recurso natural, em que um exemplo são as espécies que comem capim, como o gado e os gafanhotos, que competem pelo mesmo alimento.

Usando o conceito de nicho ecológico para se explicar as relações ecológicas de competição interespecífica, se conclui que quanto mais existem nichos ecológicos de duas espécies, mais se torna acirrada a competição.

Mutualismo

Ocorre quando ambas espécies que interagem conseguem a obtenção de benefícios, em que esse termo pode ser ainda chamado de mutualismo obrigatório para diferenciá-lo de mutualismo facultativo, o qual é sinônimo de protocooperação.

O mutualismo pode se diferenciar de protocooperação, pois é permanente e essencial para a sobrevivência de indivíduos que são associados. Um exemplo é a interação entre o microrganismo que habitam o intestino do cupim, sendo incapaz de digerir a celulose da madeira e necessitando deles para viver no seu tubo digestório.

Além disso, os microrganismos também dependem dessa relação, pois só são capazes de sobreviver no intestino dos cupins, em que podem abrigar e encontrar o seu alimento.

Parasitismo

Ocorre quando uma espécie parasita se encontra associada a outra espécie hospedeira, o causa prejuízos. Normalmente, as espécies parasitas e hospedeiras são consideradas bem adaptadas uma em relação a outra, ocasionando prejuízos pequenos ao organismo parasitado.

Mas, a tendência dessa relação é se tornar equilibrada com o passar das gerações, pois se um parasita mata seu hospedeiro, ele irá morrer, sendo esse um fenômeno conhecido como coadaptação.

Além disso, tal tipo de relação pode ocorrer ainda em superfície externa de um hospedeiro, sendo conhecido como ectoparasita, ou em um interior do hospedeiro, chamado de endoparasita.

Inquilinismo

Acontecem quando uma espécie inquilina pode se abrigar na superfície ou então dentro de uma espécie hospedeira sem que a prejudique, em que o principal elemento buscando pelo inquilino é abrigo e moradia.

Exemplos de inquilinismo são bromélias, orquídeas e samambaias, as quais vivem sobre as árvores que podem lhes servirem de suporte.

Comensalismo

Esse ocorre quando uma das espécies pode se beneficiar por uma associação, enquanto que a outra não tem qualquer benefício que seja aparente e nem sofrer prejuízos, sendo o alimento o principal recurso buscado.

Um dos exemplos é a interação entre um peixe-piloto e um tubarão, em que o peixe-piloto se prende ao tubarão com a sua estrutura dorsal parecida com uma ventosa e transportando de forma gratuita sem se importar com sua presença. Assim, o peixe-piloto se alimenta das carcaças das presas do tubarão, garantindo-lhes benefícios.

Portanto, os seres vivos podem se relacionar entre si de maneira equilibrada, sendo essa conhecida como relações ecológicas, as quais controlam a biodiversidade, pois existem uma lei natural que é capaz de orientar as espécies quanto aos seus predadores, hábitat, reprodução, entre outros, sendo uma relação que funciona perfeitamente.


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