Os trava-línguas são uma espécie de jogo ou de desafio que consiste, basicamente, na capacidade de pronúncia dos seus jogadores. Para isso, elabora-se algumas frases que formem sílabas difíceis de se pronunciar em sequência.
A dificuldade pode estar em sílabas verdadeiramente complicadas, ou no fato de estarem repetidas foneticamente em sequências recorrentes, que trocam sua ordem para confundir a cabeça de quem participa da brincadeira. Um dos trava-línguas mais clássicos é o famoso “o peito do pé de Pedro é preto” repetido recorrentemente em alta velocidade.
Neste exercício, entende-se o motivo pelo qual o nome da brincadeira é trava-língua. O grande desafio é repetir as frases sem “travar”, com tropeços. A brincadeira, além de divertida para quem quer passar o tempo dando algumas risadas, auxilia na capacidade de domínio da pronúncia, uma vez que estes desafios também são exercícios.
Conheça alguns trava-línguas famosos e divertidos para testar e desafiar as pessoas:
Trava-línguas curtos
Este tipo de desafio é interessante para brincadeiras rápidas. Muitas vezes, são executados em sequência, repetindo-se três vezes a frase na maior velocidade possível. Alguns exemplos divertidos são:
“Três pratos de trigo para três tigres tristes.”
Outro clássico, não tão complicado, é:
“O rato roeu a roupa do Rei de roma, a rainha com raiva resolveu remendar.”
Há, também:
“Um limão, mil limões, um milhão de limões”
Se você quer subir o nível de dificuldade, no entanto, há alguns desafios especialmente complicados entre os trava-línguas mais curtos. Veja estes dois exemplos – com quatro palavras cada – que certamente vão gerar confusão. Tente falar em voz alta, sem reduzir a velocidade, por três vezes:
“Bagre branco, branco bagre.”
Para o editor deste texto, o mais difícil até agora, no entanto, foi:
“Teto sujo, chão sujo.“
Trava-línguas de repetições fonéticas
Enquanto o exemplos anteriores foram desafiadores ao gerar confusão em relação às sílabas alternadas, há os trava-línguas baseados em frases mais longas que repetem fonemas, atrapalhando o ritmo de quem os fala. Exemplos clássicos deste tipo de exercício são:
“Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.”;
“O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra.“;
“A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara.”;
Para quem quer aumentar um pouco o comprimento do desafio, é possível recorrer a:
“O pinto pia, a pipa pinga. Pinga a pipa e o pinto pia. Quanto mais o pinto pia mais a pipa pinga.“
“O que é que Cacá quer? Cacá quer caqui. Qual caqui que Cacá quer? Cacá quer qualquer caqui.”
“Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.“
Trava-línguas em poemas
Outra forma de se utilizar estes desafios é em pequenos poemas. A modalidade faz parte da cultura brasileira, e é presente em antigos poemas desenvolvidos apenas com essa finalidade. Um exemplo clássico é a da relação entre a rã e a aranha, que você já deve conhecer:
“A aranha arranha a rã.
A rã arranha a aranha.
Nem a aranha arranha a rã.
Nem a rã arranha a aranha.”
Outro clássico das brincadeiras infantis é o famoso diálogo entre os doces:
“O doce perguntou pro doce
Qual é o doce mais doce
Que o doce de batata-doce.
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce que
O doce de batata-doce
É o doce de doce de batata-doce.”
Não tão difícil, mas igualmente confuso, é o poema que trata das capacidades do sabiá e os conhecimentos do sábio:
“O sabiá não sabia
Que o sábio sabia
Que o sabiá não sabia assobiar.”
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