A Língua Portuguesa é repleta de várias palavras que às vezes colocam o falante em situações difíceis quando o assunto é escrevê-las corretamente de acordo com a norma-padrão. Dentre as dúvidas que mais assombram os estudantes de vestibular ou concursos está o uso dos porquês, que fazem muitas pessoas se embaralharem nas ideias na hora de empregá-los corretamente nas frases e orações.
Afinal, “Por que tantos porquês?” ou “Por quê tantos porques?”. Ficou ainda mais confuso (a)? Calma, pois os seus problemas acabaram! No artigo de hoje, você vai conhecer as regras gramaticais do uso dos porquês e aprender como empregá-los corretamente, de forma fácil e simples, sem precisar sofrer na hora de fazer a prova. Vamos lá?
1 – Por que (separado e sem acento)
Trata-se da junção da preposição “por” com o pronome interrogativo “que”. Ele pode ser utilizado em três situações:
- Em frases interrogativas diretas, seguido de um questionamento sobre a razão ou motivo de um determinado acontecimento. Observe que estas palavras ficam sempre subentendidas na frase, sempre depois do “por que”. Ele pode aparecer tanto no começo da frase quanto no meio. Veja:
Exemplos:
– Por que (motivo/razão) você não veio à aula ontem?
– Por que (motivo/razão) você não perguntou a nota à professora?
– Luana não explicou por que (motivo/razão) não veio à aula hoje?
– Alguém sabe por que (motivo/razão) aquele carro está estacionado aqui na frente?
- Em frases interrogativas indiretas, seguido de um questionamento sobre a razão ou motivo de um determinado acontecimento. Observe que estas palavras ficam sempre subentendidas na frase, sempre depois do “por que”.
Exemplos:
Ainda não se sabe por que (motivo/razão) Luana não veio à aula hoje.
Não sabemos por que (motivo/razão) aquele carro está estacionado ali na frente.
- Em frases onde podemos substituir o “por que” pelas expressões “pelo qual”, “pelos quais”, “pela qual” e “pelas quais”, sejam elas afirmativas ou interrogativas.
Exemplos:
As ruas por que (pelas quais) passamos no Carnaval na Bahia estavam bastante movimentadas.
O motivo por que (pelo qual) faltei à aula hoje não lhe interessa.
2 – Por quê (separado e com acento)
Este deverá ser empregado sempre no final de frases interrogativas, sejam elas diretas ou indiretas, acentuado no “quê” e seguido sempre de um ponto, seja de interrogação, exclamação ou ponto final.
Exemplos:
A professora me chamou para conversar, mas ainda não sei por quê.
Aquele dia, Aline estava se sentindo mal e ninguém sabe por quê.
Correr atrás do ônibus por quê?
3 – Porque (junto e sem acento)
Esta forma gramatical pode ser usada em frases afirmativas, quando a ideia é explicar algo, introduzir a ideia de causa. A dica principal é que ela sempre pode ser substituída pela variação “pois”. Veja como é fácil:
Exemplos:
Cheguei tarde hoje porque (pois) peguei um engarrafamento quilométrico.
O desmatamento da Floresta Amazônica acontece porque (pois) não há fiscalização efetiva.
4 – Porquê (junto e com acento)
O porquê é um substantivo e pode ser substituído tranquilamente na frase pela palavra “motivo”, desde que seja precedido pelo artigo “o”. Este processo é chamado de substantivação, na qual toda palavra precedida por algum artigo, seja ele definido ou indefinido, passam a ser considerados substantivos.
Exemplos:
Ninguém sabe o porquê (o motivo) da sua tristeza.
Não entendi o porquê (o motivo) de tanta reclamação.
Viu como é fácil? Não tem como não aprender a empregar os porquês corretamente depois dessas dicas, né? Basta um pouquinho de atenção e você poderá se sair muito bem nas provas! Boa sorte!
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