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Al-Qaeda: origens, demandas e atuação

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Praticamente todo mundo já ouviu falar ao menos uma vez a respeito da Al-Qaeda. Embora a organização faça parte de vários episódios recentes do desenvolvimento geopolítico de nosso planeta, ela ganhou uma grande projeção após ter sido apontada como culpada pelos ataques terroristas aos EUA em 2001.

Há, no entanto, uma série de características, participações e pautas que a maior parte das pessoas simplesmente não conhecem a respeito da organização. Infelizmente, a maneira como a informação é fornecida a respeito de questões tão importantes acaba por tornar difícil uma compreensão mais esclarecida a respeito do que é a organização, e dos motivos que a tornaram tão importante no contexto global.

Saiba o que é a Al-Qaeda, suas origens, atos e importância geopolítica hoje e na história:

O que é a Al-Qaeda?

Al-Qaeda é o nome da organização de militantes extremistas muçulmanos que declarou uma guerra religiosa contra os infiéis, em especial aos EUA, que consideram ser o principal inimigo da verdadeira fé.

A Al-Qaeda é apontada como a principal culpadas pelas milhares de mortes provocadas nos ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova York, bem como em uma série de outros atentados terroristas ao longo das últimas décadas.

Seu líder mais icônico foi Osama Bin Laden, um milionário saudita cuja família possui grande influência e, até mesmo, negócios relacionados ao país contra o qual a organização declarou guerra. Bin Laden teve sua cidadania na Arábia Saudita em 1991, e já foi morto pelas operações norte-americanas.

Sabe-se hoje que a organização trabalha através de uma rede global com outras organizações que dependem de suas capacidades e dinheiro, sobretudo em terras asiáticas e africanas. Estima-se que este modo de ação tenha permitido, por exemplo, o fortalecimento de outros grupos, como o auto-proclamado Estado Islâmico.

Cuidados nas definições

Seja ao ler uma notícia, ou ao fazer uma prova, é muito importante ter cuidados em relação a generalizações de grupos radicais de pretensões religiosas. A Al-Qaeda clama que sua guerra diz respeito à religião, sendo parte da jihad em busca da fé.

Nunca confunda, no entanto, o posicionamento do grupo terrorista com o posicionamento das pessoas que seguem o Islã. O extremismo é uma deturpação vista em todas as religiões, e não representa aquilo que elas pregam.

Quais são os objetivos da Al-Qaeda?

Segundo a própria organização, o objetivo da Al-Qaeda é vingar e reparar os males cometidos pelas outras religiões monoteístas (o Cristianismo e o Judaísmo) contra os muçulmanos ao longo da história.

Sua intenção declarada é dar um novo formato ao mundo muçulmano, derrubando os governos seculares para dar espaço a uma liderança política centralizada, baseada na fé como a organização a interpreta.

Além disso, a organização carrega uma série de pautas defensivas e de ataque contra as intervenções ocidentais nas terras que consideram muçulmanas de direito. Exemplo disso é a atuação dos EUA no Afeganistão e no Iraque, que é considerada como uma investida contra o próprio Islã, e não contra um Estado ou governo.

Quais são suas origens?

A Al-Qaeda se desenvolveu no Afeganistão, na década de 1980. Na época, o governo dos EUA auxiliou milícias afegãs a batalharem contra as forças soviéticas, expulsando-as do país. Este treinamento e apoio passou a contar com o apoio de Bin Laden, que desenvolveu a organização Al-Qaeda, que significa “a base”.

Anos após a guerra no Afeganistão, as milícias treinadas passaram a desenvolver suas pautas e cada vez mais soldados para combater os novos inimigos, que anos antes auxiliaram na sua formação.

Em 1998, a rede assumiu seus primeiros ataques contra soldados e civis dos EUA, seguindo por bombardeios em embaixadas do país no continente africano.


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