O conceito de extinção, biologicamente falando, consiste na redução significativa da população de uma certa espécie, até o ponto em que seu último indivíduo estiver morto. As aves em risco de extinção, portanto, são aquelas cuja espécie corre risco de deixar de existir em função da quantidade já reduzida de indivíduos.
Há diversas espécies de aves em risco de extinção, tanto em esfera local, quanto no mundo inteiro. Algumas espécies existem apenas em locais restritos do planeta, e a alteração em algumas condições climáticas pode ser suficiente para levá-las à extinção.
Conheça algumas entre a enorme lista de aves em risco de extinção, suas características e riscos ambientais:
Arara Azul
A arara azul é uma ave que sofre de extremo risco de extinção. Trata-se de uma ave do norte brasileiro, com um azul belíssimo e aparência verdadeiramente chamativa. O nível de redução populacional das araras azuis era tão alto que, desde a década de 60, não há registros de grandes quantidades de espécimes vivos.
Em 1994, considerou-se que a Arara Azul estava, de fato extinta. No fim da década, no entanto, alguns espécimes foram vistos vivos, e um lento processo de recuperação tentou ser iniciado. Atualmente há uma maior quantidade destas araras sendo criadas em cativeiro, com a intenção de reintrodução dos animais na natureza.
O processo é bastante lento, mas garante que ao menos haja indivíduos vivos, com potencial de reintrodução com maior volume no ambiente natural.
Soldadinho do Araripe
O Soldadinho do Araripe é um tipo, também parte da fauna brasileira, em gravíssimo risco de extinção. O nível de sua ameaça é tão grande que, em 2006, foram contabilizados menos de 800 indivíduos vivos na natureza. A reintrodução de populações do animal infelizmente ainda não são tão mais altas.
Tietê-de-coroa
O Tietê-de-coroa apresenta um caso ainda mais grave de reaparição do que a Arara Azul. Durante cerca de um século inteiro, acreditou-se que essa espécie havia sido completamente extinta da fauna brasileira, pois nenhum espécime foi encontrado na natureza.
Há registros em livros de algumas aparições no século XIX, e apenas no final do século XX, algumas dezenas destes passarinhos foram avistados em regiões que nem mesmo correspondiam ao seu habitat natural. Atualmente, é realizado um trabalho de criação em cativeiro para reintrodução na natureza da espécie.
Pica Pau do Parnaíba
Diferentemente do sempre ativo personagem do desenho animado, o Pica Pau do Parnaíba também está entre as aves em risco de extinção que “voltaram do fim da espécie”. Durante cerca de oitenta anos, o animal simplesmente não foi visto na natureza.
Atualmente, acredita-se que existam algumas poucas centenas de indivíduos desta espécie, em algumas regiões distintas do Brasil. Ambientalistas também já realizam trabalhos para a recuperação e a saída da lista de animais ameaçados de extinção no país.
Rolinha do Planalto
Também chamadas de Rolinhas Brasileiras, estes animais são amplamente protegidos pela legislação brasileira e pela existência de alguns parques naturais. A Serra das Araras é o local onde está mais comumente presente. Mesmo com os esforços, a redução de seu habitat natural – o Cerrado – reduziu o tamanho da população a algumas poucas centenas de indivíduos, o que a coloca em grave ameaça entre as aves em risco de extinção.
Albatroz Real do Norte
Albatrozes, não apenas desta espécie, costumam estar entre as aves em risco de extinção. Seu comportamento migratório faz com que as mudanças climáticas e a poluição ambiental gere efeitos extremamente nocivos para sua saúde, o que reduz significativamente a expectativa de vida destes animais.
No caso específico do Albatroz Real do Norte, uma espécie de assas negras e dorso branco, pode-se encontrar em diferentes países do hemisfério sul, como Argentina, Chile, Peru e Nova Zelândia, a depender do período do ano.
No Brasil, um tipo de albatroz que, por vezes, é avistado é o Albatroz Gigante. Essa espécie, também migratória, pode pesar até doze quilos, medindo mais de um metro.
Comentar