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O que são armas biológicas? Quais são os riscos?

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As armas nucleares são realmente um tema polêmico, mas as armas biológicas também estão sempre em pauta. A produção de armas nucleares é evidente nas superpotências, mas será que as armas biológicas também não são produzidas?

Sem sombras de dúvidas as armas biológicas podem ser tão fatais ou até mais para os seres humanos do que as armas nucleares. Mas questão é: Você entende o que elas realmente são? Entenda mais abaixo para não ter mais nenhuma dúvida sobre o assunto.

O que são as armas biológicas?

Diferentemente de bombas, essas armas são silenciosas, mas não significa que são menos letais, inclusive podem até ser mais perigosas em diversas ocasiões. As armas biológicas são criações em laboratórios feitas com agentes patogênicos que são vivos. Podemos citar vírus, bactérias, fungos, protozoários, helmintos, etc.

Esses agentes são manipulados em laboratórios, muitas vezes para ficarem mais resistentes e letais para quando precisarem ser utilizados.

A intenção é contaminar um grande número de pessoas, geralmente em período de guerras, para acabar de maneira rápida com os adversários, mas essas armas também podem ser usadas por terroristas. Sem contar que acidentes podem acontecer e infecções podem acontecer em momentos de paz.

As armas modernas foram desenvolvidas desde a Segunda Guerra Mundial, assim como na Guerra Fria e utilizadas e com altos riscos de serem utilizadas na Guerra da Síria.

Armas biológicas

Armas biológicas já foram utilizadas?

Sim e se mostraram assustadoras. Um exemplo disso é o Anthrax, uma doença causada pela bactéria Bacillus Anthracis que se mostrou eficaz quando utilizada.

Na verdade a doença não é só presente em armas biológicas, pois é uma bactéria existente na natureza (assim como boa parte das armas biológicas). A sua contaminação nem sempre é fatal, embora ela tenha estágios e o último é fatal.

As produções da arma biológica foram feitas para deixar a bactéria mais forte e espalhá-la em ambientes específicos, já no último estágio. Mesmo que existam vacinas e antibióticos que podem se livrar da bactéria em diversas ocasiões, isso se complica quando a bactéria é adaptada.

A Anthrax cria diversos esporos na pele, pus e uma série de infecções que depois se tornam manchas negras (necrose), além de atingir diversos órgãos, causando pneumonia, por exemplo. Seus efeitos são terríveis e já foram utilizados como arma biológica.

Quando usaram armas biológicas?

Em meados de 2001 e 2002, envelopes contaminados com Anthrax foram enviados para diversas pessoas nos EUA. Todos eram políticas públicas de importância, principalmente políticos. Mas o uso de armas biológicas não é nem um pouco recente.

Existem registros do uso de bactérias contra inimigos a vários séculos. Um exemplo disso é quando jogavam cadáveres em decomposição para a contaminação da água dos adversários. Enviar pessoas doentes e contaminadas para cidades inimigas também era uma manipulação de bactérias constante.

Artigos infectados, como roupas, móveis, alimentos, tudo isso sempre foi utilizado e se enquadra como arma biológica. É claro que hoje em dia isso foi refinado e aprimorado, mas o ser humano sempre se utilizou desses elementos da natureza como arma.

A varíola por exemplo foi utilizada por ingleses no século 18 para matar tribos indígenas na América. Eles fizeram isso para tomar o território do que hoje seria os EUA. Fizeram isso enviando pessoas e objetos infectados, geralmente como presentes.

Armas biológicas

Armas químicas e armas biológicas são a mesma coisa?

Embora sejam igualmente letais e quase invisíveis, não são a mesma coisa. Armas biológicas fazem uso de agentes patogênicos vivos, armas químicas fazem uso de substâncias químicas letais para seres vivos. Uma bactéria é uma arma biológica, mas um gás letal é uma arma química.

As duas podem ser perigosas no mesmo nível, uma vez que podem se espalhar em massa e contaminar objetos e alimentos. Ambas podem ser feitas em laboratórios e foram utilizadas desde sempre pelo ser humano, mas não são a mesma coisa.

Qual é pior, uma arma nuclear ou uma arma biológica?

Não existe a menos pior nessa ocasião, pois ambas podem ser devastadoras para a vida humana. Armas nucleares podem destruir e alterar toda a Terra e mesmo que os seres humanos vivessem em abrigos feitos para elas (que existe) a radiação ainda estaria presente por muitos anos.

As armas biológicas poderiam se espalhar em massa e infectar todas as pessoas, sendo difícil de controlar. Mesmo que abrigos fossem utilizados (que também existem) o processo para lidar com a contaminação não seria fácil.

Em termos de controle, é mais fácil prevenir uma bomba nuclear de ser lançada em seu país do que uma arma biológica, isso com certeza. No entanto uma bomba nuclear em outro país pode afetar as placas tectônicas com maremotos, terremotos, mudanças de temperatura, sem contar que a radiação pode se espalhar de diversas formas.

Riscos das armas biológicas

Elas são produzidas em laboratórios e embora diversos países tenham entrado em acordo sobre não utilizá-las, nada impede que terroristas façam o uso. Sem contar que os países podem entrar em atrito e utilizar de maneira imperceptível.

O risco de contaminação em massa em uma cidade como Nova York, São Paulo ou Xangai, por exemplo, seria absurdo e muito difícil de conter. Muitas pessoas morreriam e a contenção seria muito difícil por ser quase invisível e impossível mensurar exatamente onde todas as bactérias estão.

Outro fator é que quanto mais resistentes elas ficam, com adaptações em laboratórios, mais perigosas e difíceis de conter são, como no caso de superbactérias.

Elas são um risco enorme para a humanidade, e não necessariamente só em períodos de guerra, mas em uso terroristas e acidentes de laboratório que podem acontecer e contaminar pessoas ou regiões. Sem contar que existem teorias sobre testes sendo realizados, o que seria uma coisa realmente cruel, sem contar que é muito arriscada.

Considerações finais

As armas biológicas são utilizadas pelo ser humano desde os primórdios, mas com o avanço das tecnologias e do conhecimento, se tornaram tão perigosas ao ponto de nos dizimar, se equiparando com armas nucleares, químicas e geológicas.

Sua contaminação é praticamente invisível e com controle difícil de mensurar, o que indica a sua periculosidade. Não só em períodos de guerras como por terroristas ou acidentes, elas são um risco para a humanidade como um todo. Só nos resta torcer para que nenhum país entre em atrito e deseja utilizar as terríveis armas biológicas.


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