No dia 10 de setembro de 2008, em um local na fronteira entre a França e a Suíça, entrou em atividade o Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas que já fora construído pelo homem, e ainda considerado o maior energeticamente falando.
Sua meta é recriar o Big Bang, de forma a compreender seu mecanismo. Assim, ele tem como objetivo simular o choque de várias partículas subatômicas positivamente carregadas, os prótons.
Como funciona?
Logo que as partículas colidem no âmago dos detectores, o Atlas e o CMS, os corpúsculos que aparecem a partir dessa explosão se espalham para todos os lados e são apanhados por esses aparelhos próprios para o uso, os quais são formados por vários estratos de sensores sobrepostos, responsáveis por mensurar a carga energética gerada e de investigar a trajetória das partículas.
O que é o Bóson de Higgs?
O Bóson de Higgs, partícula essencial, até hoje nascido de uma suposição científica, é o elemento que os cientistas utilizam para justificar o material do qual é composto o nosso Universo; é este o objetivo que os pesquisadores querem chegar com os testes, afinal, isso pode subverter os rumos da Ciência.
A existência do Bóson foi anunciada um pouco antes com a intenção de legitimar o Modelo Padrão, mas ainda não foi possível comprovar se de fato ele realmente existe.
A importância do Modelo Padrão
O Modelo Padrão é a explicação que vem sendo defendida pela Física; de acordo com este conjunto de informações e pesquisas, que estuda a ligação entre os corpúsculos subatômicos, o Bóson de Higgs seria o elemento chave que iria possibilitar o Homem a compreensão de como se formou a massa em meio a toda energia que habita o Cosmos. Devido a essa hipótese ele foi nomeado pelos estudiosos de “Partícula de Deus”.
Esta teoria proporcionou um avanço considerável à Ciência, pois antes era uma crença popular ver os átomos como diminutos corpos essenciais da matéria, impossíveis de fracionar, mas rapidamente os pesquisadores perceberam que, na verdade, eles eram fruto da ação correspondente entre corpúsculos ainda menores, como quarks, léptons, férmions e bósons. São no total 16 as partículas básicas – 12 compostas de matéria e 4 condutoras de energia.
Apesar destas descobertas, este Modelo é bem limitado, pois nenhum destes pequenos corpos contem alguma massa quando os pesquisadores estudam eles de mais de perto é possível notar esse problema, portanto não há como explicar, ainda, de onde procede a qualidade material do Universo. Assim, esta teoria só dá conta da matéria comum, que pode ser percebida naturalmente por nós seres humanos.
E a partir daí que nós percebemos a importância de comprovar a existência do Bóson de Higgs, que, por apresentar massa e diferencial energético decisivos, se descoberto provocará resultados substanciais no mundo a nossa volta. Além do mais, ele permitirá aos cientistas a entender de fato de onde se originou e do que é feito o nosso universo.
História e preocupações
O Bóson de Higgs foi anunciado pela primeira vez em 1964, pelo físico inglês Peter Higgs, seguindo os estudos de um outro pesquisador, Philip Anderson. Embora nunca tenha observado esta partícula detalhadamente, sua realidade já foi indiretamente comprovada em diversos estudos. A Ciência aguarda, atualmente, os resultados do choque de partículas no Grande Colisor de Hádrons, para que ela possa finalmente provar a sua existência.
No dia 30 de março de 2010 os cientistas finamente alcançaram, pela primeira vez, à tão almejada atividade desse Colisor, simulando assim o contexto cósmico logo após o Big Bang, os primeiros dias de vida do nosso Universo. Ainda não foi possível alcançar o estágio de exame definitivo do Bóson de Higgs. Mas, certamente já é um grande avanço!
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