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Círculo de Viena foi um importante grupo de filósofos

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Um dos mais importantes movimentos intelectuais da História, o Círculo de Viena teve início no ano de 1920, após Moritz Schlick ser nomeado professor de Filosofia da Ciência. A seguir, ele começou a reunir pensadores das mais diferentes áreas do conhecimento.

A partir de então, essa seleção com os mais renomados cientistas e pensadores deram início a um princípio de verificação baseada na relação entre Filosofia e Ciência. Ou seja, o Círculo de Viena foi fomentado pela necessidade de embasar todas as ciências a partir de acepções e concepções adquiridas pela Filosofia da Ciência durante o século XIX.

Isso porque, até esse momento, o campo da filosofia estava ligada apenas a teorias do conhecimento. Assim, com o vínculo desfeito, essa sociedade intelectual começou a ser marcada pela presença de cientistas de áreas como a físic0-química e economia. Além de procurarem resolver problemas fundamentais da ciência, o Círculo de Viena ainda trouxe grandes avanços para nossos problemas atuais.

A origem do Círculo de Viena

Ainda antes da I Guerra Mundial, um seleto grupo de doutores em filosofia costumava se encontrar num café localizado na cidade austríaca de Viena. Na ocasião, eles discutiam várias questões e assuntos relacionados à Filosofia da Ciência, sob a inspiração do recém-criado Positivismo.

Além de jovens físicos, matemáticos, economistas e sociólogos, no ano de 1924 e como sugestão do filósofo Herbert Feigl, começou a ser criado um grupo de debate. A partir de propostas filosóficas debatidas semanalmente e conhecidas como “Neopositivismo Lógico” ou simplesmente “Positivismo”, deram início ao Círculo de Viena.

Como resultado, alcançaram reconhecimento e fama internacional, conquistando admiradores de renome como Hans Reichenbach e Alfred Ayer. Entretanto, como grandes símbolos da ciência mundial, o Círculo de Viena teve celebridades como Bertrand Russell, Ludwig Wittgenstein e o físico Albert Einstein.

Por outro lado, essa projeção mundial foi revelada pela importante produtividade nas décadas de 1920 e 1930. Prova disso é a mudança da revista Annalen der Philosophie para a renomada Erkenntnis. Ou seja, ela acabou sendo considerada o veículo de comunicação dos conceitos do Círculo de Viena.

A filosofia por dentro do Círculo de Viena

Para esses neopositivistas, o programa era se aprofundar em temas distintos, como análise lógica, psicologia, a sociologia positivista e até a metodologia das ciências empíricas, muito influenciadas por nomes, como John Stuart Mill, Karl Marx e Jenemy Bentham.

Uma das maiores marcas desse grupo de pensadores era a defesa de uma frente antimetafísica, bem como o recurso à lógica, à análise de sua linguagem e também a defesa de cada método relacionado à matemática e às ciências naturais.

Enfim, a base dessas teses iam de encontro com o Empirismo defendido por John Locke e David Hume, no empiriocriticismo de Mach e no Positivismo de Auguste Comte. Até porque eram fundamentadas pela fonte de conhecimento apresentada na experiência.

Em outras palavras, a ideia era rejeitar qualquer conhecimento que possa ocorrer antes de uma experiência vivida na prática. Para tanto, ainda negavam toda hipótese que não conseguisse ser embasada por essas experiências.

Círculo de Viena

Os enunciados aceitos no Círculo de Viena

De início, para que pudessem determinar os enunciados aceitos como marcos científicos, o Círculo de Viena propôs o princípio da demarcação. Ou seja, um princípio onde seria estabelecido que um enunciado apenas poderia ser considerado com base científica se ele pudesse ser comprovado mediante fatos que pudessem ser checados.

A partir de então, começaram a deduzir que enunciados são assumidos como verdadeiros após uma comparação fiel e profunda em relação a fatos concretos. Com isso, esse princípio da demarcação acabou por eliminar toda e qualquer pretensão com origens metafísicas ou de sabedoria teológica.

Ainda assim, o Grupo definiu uma nova ética, onde considerava que um conjunto de enunciados estaria acima das emoções. Contudo, anos depois o princípio dessa forma de verificabilidade fora substituído por um princípio conhecido como “confirmabilidade”.

Isso porque eles aceitaram críticas sobre essa tese, que o alertavam sobre as proposições protocolares e leis gerais que jamais poderiam ser verificadas de forma integral. Como resultado, esse princípio ficou conhecido como “confirmação gradual”.

De acordo com a proposta, determinada proposta científica pode ser confirmada sem exigir uma possível confirmação. Quer dizer que uma variação pode depender do número de evidências para uma validação positiva de certo enunciado.

Enfim, assim que seja feita uma confirmação, esta pode constar temporariamente da teoria que a sustente. Além do mais, toda a forma de linguagem empregada para a expressão dos fatos precisa estar em símbolos e relacionando-se entre si. Afinal, para o Círculo de Viena, a física foi a única linguagem que poderia ser aceita.

Como ocorreu a dissolução do Círculo de Viena

Uma série de fatos ajudaram na dissolução do Círculo de Viena. Primeiro, Hahn morreu em 1934, enquanto Moritz Schlick fora assassinado anos depois por um estudante. A seguir, como quase todos os intelectuais eram de origens judaicas, o nazismo forçou a provável separação.

Além do mais, vários integrantes foram para os Estados Unidos, enquanto outros exilaram-se em países europeus. Por outro lado, no fim da década de 1930, toda publicação relacionada ao Círculo de Viena foi banida. Mesmo assim, ainda foi publicada uma enciclopédia internacional com base na ciência unificada, sendo considerada a última das obras publicadas pelo grupo.

Tempos depois, muitas das teorias fundamentais chegaram a ser analisadas, garantindo até um reconhecimento sobre o postulado da simplicidade. Isso porque o Círculo de Viena podia causar uma rigidez que forçava o homem da época a realizar certas mudanças radicais visando justiça à falta de certeza e ao caráter aberto.

Para muitos estudiosos da filosofia e seus conceitos, é um certo analisar que a influência de muitos desses autores prosseguiram com trabalhos filosóficos em outras universidades. Aliás, eles costumavam ver a linguagem baseada em esquemas linguísticos contidos em diversas investigações no campo da filosofia.

De acordo com outros pesquisadores, a filosofia da linguagem pode ser mais articulada, sensata e rica nas suas manifestações. Enfim, o chamado Círculo de Viena ainda teve confrontos com várias críticas onde todo esse critério da verificabilidade era incapaz de achar as leis universais, além de ser visto como bem contraditório.


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