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Guerra dos Seis Dias: causas e consequências do conflito

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Os árabes também chamam a Guerra dos Seis Dias de Terceira Guerra Árabe-Israelense e Guerra de Junho. Esse conflito envolveu territórios importantes como a Síria, Israel, Jordânia, Egito e Iraque. Conheça mais a seguir sobre esse conflito que aconteceu em meados de junho do ano de 1967 e veja quem foi o vencedor.

O que aconteceu antes da Guerra dos Seis Dias?

O Egito não estava muito bem economicamente e militarmente antes desse conflito. Gamal Abdel Nasser, presidente da época, defendia que não houvesse guerra. Além disso era um defensor da ideia de ter o Egito como líder na Liga Árabe. Inclusive esse era um dos seus discursos para que não houvesse conflito dos países árabes com Israel.

Mas, mesmo com tantos discursos de Nasser, alguns países não o acataram. A Síria foi um deles, pois estava totalmente envolvida nesse embate contra Israel por causa da água, sua ameaça principal era desviar um dos rios afluentes que fazia o abastecimento do Rio Jordão, obstruindo-o, para que pudesse irrigar as suas terras. Essa postura não foi vista com bons olhos por Israel, pois o Rio Jordão abastecia todo o território israelense.

De acordo com a história, a Guerra dos Seis Dias começou na conferência da Liga Árabe que aconteceu no Cairo no ano de 1964. Nesse evento foi debatido justamente sobre o desvio que estava acontecendo nas águas do Rio Jordão, questão essa muito importante para todos que estavam participando. Além disso, também ficou decidido que Israel era inimigo e o seu estabelecimento era muito ameaçador para todas as nações denominadas árabes e que isso deveria ser impedido. Portanto, diversos planos árabes foram traçados para liquidar Israel.

Preparativos para a Guerra dos Seis Dias

Até onde se sabe, ninguém queria realizar uma guerra, mas alguns fatos favoráveis contribuíram para que ela acontecesse. Israel queria prevenir o avanço dos árabes sobre o Rio Jordão e os EUA davam o aval para que a guerra se realizasse.

Os árabes não estavam nada satisfeitos com Israel que se encontrava totalmente confortável em relação a todos os seus vizinhos. Diferente do que acontecia no mundo árabe que ainda estavam lutando para construir uma nação forte e com ideias centralizadas, sem que o poder fosse tomado por radicais com ideias livres que queriam apenas a volta da doutrina islâmica.

Esse mundo árabe tinha apenas um objetivo, fazer justiça diante da ocupação que Israel fez, mesmo sendo indesejado.

Sendo assim, tanto a Síria quanto o Egito, demonstraram interesses em se aliar e começar uma ofensiva contra o vizinho indesejado. Então, mais precisamente em 1967, começaram uma ofensiva diplomática com o objetivo que receber apoio para que pudesse entrar na batalha contra Israel.

A contagem regressiva para a realização da Guerra dos Seis Dias acontece quando o movimento palestino começa a fazer rebeliões pequenas em toda a sua fronteira. A resposta para isso foram os ataques aéreos que a Síria recebeu, além da resposta para a Jordânia.

Nasser então, começa a ser pressionado para atacar Israel, mesmo que economicamente estivesse totalmente destruído.

Mesmo contra o início de uma guerra, o líder do Egito resolve tomar três medidas importantes, a primeira delas é mandar suas tropas militares para a península de Sinai, local esse ocupado por forças de paz da ONU. A segunda medida é solicitar a retirada justamente dessas forças de paz da ONU que se encontravam na Síria. A terceira medida é acabar com a navegação vinda de Israel pelo estreito de Tiran.

Guerra dos Seis Dias

Como foi a Guerra dos Seis Dias?

Israel então, não tem muitas opções a não ser fazer um ataque para abrir esse estreito de Tiran. Essa medida neutralizaria o exército militar egípcio que estava em Sinai. Até hoje não se sabe ao certo quais foram os motivos que levaram os ataques israelenses se concretizarem.

As tensões na região se intensificaram e o aumento da violência foi inevitável. No dia 5 de junho do ano de 1967, ocorreram as primeiras batalhas no Golfo de Ácaba.

Graças ao seu poder de ataque aéreo, Israel domina a região do Golfo, Gaza e Ácaba.

Temendo uma possível aliança entre a Síria e o Egito, Israel acaba atacando a Síria no dia 7 de junho. Deste ataque, veio a conquista das colinas de Golã e da Cisjordânia.

Sem ter como reagir, no dia 8 de junho o Egito aceita que o fogo fosse cessado. A Síria segue o mesmo caminho e também encerra os ataques no dia 10 de junho.

Finalmente a Guerra dos Seis Dias acaba e Israel, um país com apenas 19 anos de existência, vence os seus vizinhos gigantes como o Egito, Síria e Jordânia.

Quais foram as consequências dessa guerra?

Depois que a Guerra dos Seis Dias cessou, Israel aumentou o seu território em até cinco vezes. Foi de 20.300 km² para 102.400 km². Esse aumento correspondia as expectativas que o projeto Grande Israel tinha para o aumento da área.

Os territórios conquistados foram o deserto de Sinai, as colinas de Golã, Jerusalém Oriental, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Muito mais que esses territórios, Israel acabou conquistando alguns problemas que infelizmente se estendem até hoje.

Knesset está presente na parte árabe de Jerusalém, é um parlamento israelita e teve a sua proclamação como resultado dessa guerra. Isso acabou suspendendo todas as possíveis recomendações que o Conselho de Segurança e Assembleia Geral das Nações Unidas poderiam fazer.

Os inimigos aliados nessa guerra ficaram impressionados com o planejamento, o caráter meticuloso e a audácia que Israel teve no combate. Além de tudo isso, a sua cooperação e a ajuda que teve dos EUA fizeram toda a diferença, pois a superioridade militar foi bem evidente.

A ONU emitiu uma resolução no dia 22 de novembro do ano de 1967, com o intuito de persuadir Israel a deixar os territórios que havia ocupado. Além disso, ele deveria reconhecer todos os direitos que as nações vizinhas tinham de viver em paz e estável sem guerras, simplesmente como um povo livre. Para a tristeza e decepção de todos, mesmo com o fim da Guerra dos Seis Dias, Israel nunca cumpriu ou aceitou essa resolução, vivendo em guerra até hoje.


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