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Quando usar este e esse/esta e essa?

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Uma das principais confusões da língua portuguesa é, sem dúvidas, a utilização correta de este e esse/esta e essa. Os motivos para isso são variados: os dois pronomes possuem capacidade para indicar toda uma série de elementos distintos na língua portuguesa – e geralmente estão mutuamente presentes em situações razoavelmente parecidas.

Isso faz com que a escolha entre este e esse e suas flexões de gênero esteja longe de ser simples. A boa notícia, no entanto, é que as regras são bem delimitadas, e podem ser facilmente aprendidas com um pouco de atenção e alguns exemplos ilustrativos.

Confira algumas regras sobre quando utilizar este e esse ou esta e essa:

O que são este e esse, gramaticalmente falando?

Os dois termos são pronomes demonstrativos. Eles possuem uma gama variada de funções, e quase sempre apresentam funções distintas em um mesmo tipo de situação. Os pronomes demonstrativos, como o próprio nome indica, são responsáveis por demonstrar ou indica algo, que pode ser pessoa, tempo, ideia, ordem estrutural de discurso, objeto, etc.

Essa grande quantidade de temas distintos alimenta as dúvidas de forma constante. Por isso, uma boa forma de explicar a utilização adequada de este e esse é separar as circunstâncias.

Este e esse ao determinar distância ou lugar

Quando utilizados para demonstrar a posição ou distância de algo em relação ao interlocutor, a regra é razoavelmente simples. O pronome “esse” significa um apontamento distante, como em “Essa caneta que você segura é vermelha?”. Entende-se, neste caso, que a pessoa que falou está distante do objeto apontado, enquanto o outro interlocutor está próximo a ela.

É o caso inverso do pronome este indica uma proximidade do locutor (aquele que fala). É, portanto, utilizado em um contexto como “Esta caneta que estou utilizando é vermelha.”. Neste caso, sabe-se que a pessoa responsável pela fala está com a caneta em mãos.

Este e esse em relação a um discurso

Os dois pronomes também podem ser utilizados para fazer referência a palavras ou trechos já citados anteriormente. Neste caso, eles possuem uma diferença estrutural que segue a mesma lógica do exemplo anterior: “este” é utilizado para referenciar o mais próximo, enquanto “esse faz referência  a trechos mais distantes”.

Um exemplo bastante claro de uma utilização desse tipo é o seguinte:

“Precisei ir ao banheiro no meio da palestra. Este foi meu maior constrangimento no ano. Esse dia jamais será esquecido.”

Os dois pronomes fazem referência ao mesmo episódio, mas são diferentes pois a segunda oração está imediatamente após (perto) à referência que faz, enquanto a terceira possui uma certa distância estrutural, utilizando o “esse”.

Este e esse para referenciar tempo

Assim como nos exemplos anteriores, a utilização de este e esse para demonstração de tempo segue uma lógica de proximidade. A regra geral é:

Este é utilizado para apontar coisas presentes.

Esse é utilizado para apontar coisas passadas e futuras.

Fala-se, portanto, que “Este é o melhor momento de minha vida!”, mas que “Esse foi o melhor momento de minha vida.” e “Esse será o melhor momento de minha vida.”.

Regras para variações

Além da utilização de este e esse e de suas flexões de gênero esta e essa, há ainda uma série de variações destes pronomes para além dos gêneros. Nesse/Neste, Nessa/Nesta, Desse/Deste, Dessa/Desta, assim como os pronomes demonstrativos isso e isso e todas as suas variações correspondentes são exemplos da enorme gama disponível.

A boa notícia é que todas estas variações seguem as mesmas regras de relação de proximidade entre as palavras, objetos ou tempos em relação aos interlocutores. Por isso, basta aprender as regras uma única vez e aplicar com os pronomes demonstrativos da língua portuguesa.


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