René Descartes é, sem dúvidas um dos mais importantes filósofos ocidentais, e um dos nomes mais destacados do século XVII. Para muitos, o filósofo é considerado como um dos pais da filosofia moderna, e influenciou fortemente o pensamento acadêmico de seu período.
É responsável pela escola racionalista que rompe com o pensamento aristotélico em alguns sentidos. Além disso, René Descartes dedicou parte de sua vida em busca da conciliação entre a ciência da época e as tradições católicas, de forma que nem todos os pensamentos científicos fossem interpretados como heresia.
Saiba mais sobre a vida, a formação e o pensamento de René Descartes:
Biografia
René Descartes nasceu na França, em uma localidade chamada La Heye, em 1596. Sua mãe faleceu quando ele tinha apenas um ano de idade, o que o levou a ser criado pela avó após um novo casamento de seu pai.
Aos dez anos de idade, Descartes entrou para uma escola jesuíta de alto nível, onde ficou até os 18 anos de idade. A partir de então, passou a refinar algumas habilidades e conhecimentos, formou-se em direito e estudou matemática e arquitetura militar.
Descartes viajou durante cerca de dez anos pela Europa, esteve próximo de diversas unidades militares e dedicou-se profundamente à matemática, contribuindo especial com a geometria analítica, na qual concluiu que a racionalidade dedutiva da matemática é aplicável a outras ciência. O filósofo passou, a partir de 1629, a morar na Holanda durante vinte anos, onde produziu diversas obras de grande impacto. Morreu em 1649, um ano após mudar-se para Estocolmo.
Principais obras
René Descartes é conhecido como um pensador de grande volume produzido. Ele realizou diversas obras de enorme importância nas áreas de filosofia e matemática. Sua principal obra geralmente é apontada como o livro “Meditações Metafísicas”, lançado em 1641, pois até os dias atuais é extremamente relevante no estudo da filosofia. Sua importância está no fato de Descartes desapegar-se do rigor metodológico para lidar com questionamentos essenciais para o pensamento, que vão além de concepções estruturais.
Descartes é conhecido por ser um fervoroso católico – além, é claro, de um temente à Igreja, em um período no qual pensadores proeminentes poderiam ser forçados a desmentir-se ou mortos na fogueira.
Por isso, o filósofo sempre viveu entre a necessidade de defender suas ideias e pensamentos e garantir que sua obra fosse suficientemente “aprazível” aos olhos da Igreja. Exemplo disso está no fato de que o pensador retirou um de seus livros, no qual apoiava a tese de Galileu a respeito do modelo celeste heliocêntrico. Em função destes cuidados e da relação mais próxima com a Igreja, Descartes não chegou a ser considerado herege durante sua trajetória.
Outras obras de enorme destaque são o “Compêndio de Música”, escrito ainda em 1618 pelo jovem filósofo, “O mundo ou tratado da luz”, “Discurso sobre o método” – importante obra publicada em 1637, mesmo ano em que foi publicado o livro “Geometria”, uma de suas grandes publicações no campo matemático. Além disso, destacam-se “Princípios de Filosofia”, datado de 1641 e, no ano de sua morte, o lançamento de “As paixões da alma”.
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