Nascido Antônio Frederico de Castro Alves, em 1847, o chamado “poeta dos escravos” é baiano de Curralinho. Durante sua vida curta, viveu em Salvador, Recife e Rio de Janeiro.
Estudante de direito e decididamente abolicionista, Castro Alves é um dos grandes nomes da poesia brasileira do século XIX. Ele marca, com sua obra, o romantismo e a transição para o parnasianismo brasileiro.
Castro Alves é conhecido pelo cunho social de sua obra, além do forte ativismo e coragem naquele momento político do país. Por sua relevância e por sua obra, é um dos nomes trabalhados em história e literatura no Brasil para vestibulares e concursos.
Saiba mais sobre a história deste poeta, e as principais características de sua obra:
Início da vida
Castro Alves, nascido em 1847, foi criado na cidade de Curralinho em seus primeiros anos de vida. Ainda com cinco anos, mudou-se para Salvador, onde começou a estudar no colégio militar, sendo colega de grandes nomes, como Rui Barbosa – famoso jurista brasileiro.
Ainda durante sua formação, demonstrou interesse e habilidade nas áreas da poesia e do Direito. Entrou no curso de Direito em Recife, e tornou-se conhecido orador nas discussões acadêmicas públicas.
Era conhecido por seu porte e maneiras distintas, além da capacidade de oratória e retórica. Ainda na faculdade, criou uma associação abolicionista com Rui Barbosa e outros colegas. A partir de então, a causa abolicionista, o republicanismo e a poesia foram suas atividades.
O poeta dos escravo
Em função do alto envolvimento com a causa abolicionista, Castro Alves ficou conhecido popularmente como “O poeta dos escravos”. Mais do que isso, as maiores obras do poeta são relacionadas à temática da abolição.
Sua maior obra, O Navio Negreiro, como o próprio nome sugere, trata dos horrores da situação. Boa parte de sua obra é classificada dentro da literatura romântica brasileira, exaltando – inclusive – figuras clássicas do estilo, como a beleza feminina e o lirismo amoroso.
Além disso, em sua obra, o romantismo dá, pro vezes, espaço à forma. É uma transição comumente atribuída a Castro Alves, entre o romântico e o parnasiano. Por isso, embora classifique-se como um autor do romantismo, não é incorreto dizer que teve participação no movimento parnasiano.
Principais obras de Castro Alves
A principal obra de Casto Alves é, sem dúvida, O Navio Negreiro. A obra de 1868 é uma das grandes peças de representação lírica do movimento abolicionista. Antes de receber o nome, foi chamada, também, de Tragédia do Mar.
Outras obras, como Gonzaga ou a Revolução de Minas, Espumas Flutuantes e Os Escravos, são as principais atribuições do autor. Desta, Gonzaga ou a Revolução de Minas é a única peça teatral, que seria exibida em 1875.
Tamanha é sua importância na literatura brasileira, que Castro Alves ocupou a cadeira de número sete, na Academia Brasileira de Letras.
Final da vida
Como era comum na época, e no meio literário, Castro Alves morreu de tuberculose em 1871. Faleceu na cidade de Salvador, na Bahia, alguns meses depois de sua última aparição pública. O poeta já havia amputado uma perna para tratar da doença, que havia entrado em estado grave desde 1870.
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