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Surrealismo: entenda como foi o movimento

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Os artistas do surrealismo buscaram atingir a inconsciência como uma forma de atingir a imaginação. É uma contrapartida ao racionalismo dadaísta e literal. Os surrealistas acreditavam que a mente racional reprimia o poder da imaginação.

Ao redor do mundo, o surrealismo associou-se com diversos movimentos políticos, especialmente aqueles que buscavam revoluções populares. O movimento, adota, também, a crença de que a vida cotidiana resguarda revelações que podem ser descobertas.

Em resumo, o surrealismo é o movimento artístico que busca elevar a inconsciência da mente, apelando de forma mais primitiva. O movimento foi muito importante na história da arte, e é até hoje uma das grandes influências artísticas.

História do surrealismo

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O surrealismo partiu do movimento dadaísta, do qual separou-se. Suas influências artísticas eram variadas, podendo vir de artistas da época ou do movimento primitivista. A arte fantástica também é apontada como uma das grandes influências surrealistas.

Alguns críticos de arte atribuem influências vindas até mesmo da renascença. Isso é possível, considerando que a ideia de confrontar a racionalidade e dar força ao subconsciente sempre fez parte da arte.

O movimento surrealista iniciou como um grupo literário. Ele era fortemente ligado a grupo anti-autoritaristas que existiam na França. O movimento foi oficialmente fundado em 1924, com o “Manifesto Surrealista”, escrito por André Breton.

O termo “surrealismo”, no entanto, já circulava no meio desde 1917 – curiosamente utilizado para avaliar uma obra escrita por Picasso.

Após a publicação do manifesto, um grupo de artistas passou a escrever um jornal chamado “A Revolução Surrealista”, que durou cerca de cinco anos. Junto a isso, um centro de estudos surrealistas foi estabelecido em Paris. O centro, no entanto, dedicava-se a atividades mais científicas – especialmente o estudo dos sonhos e da vida cotidiana.

Conceitos e estilos do surrealismo

Muitos dos conceitos utilizados pelo surrealismo convergem com o movimento anti-racionalista de Dada. Os surrealistas parisienses originais utilizavam as obras como uma crítica a situações de violência política, e declarar força aos movimentos de combate ao autoritarismo.

Através do conceito visual de fantasias e sonhos, os artistas eram capazes de reproduzir sentimentos, em vez de representações reais do mundo. Na prática, os sentimentos expressados e gerados são o principal objetivo da arte surrealista. Estas intenções são realizadas através da simbologia do imaginário.

O surrealismo no Brasil

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No Brasil, o movimento surrealista não apresentou tanta força quanto na Europa – embora o discurso anti-autoritário fosse adequado no período. Na mesma época, o conceito artístico vigente era o modernismo, que trazia a racionalidade como um de seus grandes valores.

Desta forma, o combate à racionalidade encontrou pouco espaço no contexto brasileiro. O Modernismo reunia boa parte dos grandes artistas da época. Não pode-se dizer, no entanto, que não houve espaço para o movimento.

Com ser caráter de “antropofagismo”, o modernismo Brasileiro “engoliu” o surrealismo europeu, e o reinterpretou de diversas formas. Tarsila do Amaral – um dos grandes nomes do modernismo brasileiro – executou obras claramente inspiradas pelo movimento.

O principal nome do movimento no Brasil, dentro daquele período, foi a escultora Maria Martins, que participou do movimento em escopo global. Em diversas ocasiões, a escultora foi fortemente elogiada por Breton, a maior autoridade do movimento.

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