A sociedade é composta por uma estrutura heterogênea, onde cada ser humano é único e exclusivo. Um grupo é formado por pessoas que apresentam características similares e que realizam juntas determinadas atividades.
Já os grupos sociais são formados através das relações entre indivíduos que possuem interesses em comum. Ao longo da vida, uma pessoa faz parte de vários grupos sociais, por escolha própria ou por circunstâncias que independem de sua vontade, seja na escola, nas manifestações religiosas, tradicionais e culturais.
Assim sendo, uma pessoa entra e saí de vários grupos sociais, que certamente são importantes na conformação da educação, dos valores e da visão de mundo. Os grupos sociais são definidos pelas interações entre seus membros, sendo considerados a forma básica de associação humana.
Visão sociológica
Para a Sociologia, os grupos sociais existem apenas quando num conjunto de pessoas há relações estáveis, em função de objetivos e interesses comuns, assim como sentimentos de identidade entre seus membros.
Os indivíduos que o compõem, desenvolvem uma relação estável, os quais compartilham histórias, objetivos, interesses, valores, princípios, símbolos, tradições e, sobretudo, as leis e as normas que asseguram as relações interpessoais e o desempenho de determinados papéis entre os sujeitos sociais.
O que difere os grupos sociais dos chamados “agregados sociais”, é justamente a forma de interação entre seus membros. Quando os indivíduos compartilham, um ideal ou uma curiosidade, mas ao mesmo tempo estabelecem o mínimo de comunicação e de relações sociais, estes indivíduos não podem ser classificados como um grupo social.
Assim sendo, uma multidão numa passeata corresponde a um agregado social e não necessariamente a um grupo social. Nos grupos sociais é possível identificar também alguns mecanismos de sustentação entre os indivíduos com: liderança, normas, sanções e valores sociais.
Sartre e os grupos sociais
O filósofo e crítico francês, Jean Paul Sartre (1905-1980), estudou o processo de formação dos grupos sociais e atribui à composição dialética dos grupos, o conceito de “serialidade”.
Para Sartre, a serialidade é o processo que denota a dispersão dos indivíduos, sendo que, na medida em que é superado, ocorre a constituição gradual de um grupo social, através do processo inicial denominado “fusão social”.
A fila de um banco é um ótimo exemplo para este processo, onde as pessoas permanecem juntas, porém, sem interação e integração. A falta de interação, indica a inexistência de um grupo social.
Na construção das relações intersociais, podemos classificar como sendo os principais grupos:
- Grupo familiar;
- Grupo educativo;
- Grupo profissional;
- Grupo religioso;
- Grupo político;
- Grupo de lazer e entretenimento;
Tipos de Grupos Sociais
Charles Horton Cooley (1864-1929), sociólogo estadunidense, criou classificações para os grupos sociais através das relações interpessoais, do tamanho do agrupamento e do grau de contato entre seus membros.
Segundo Cooley, “a mente é social e a sociedade, mental”. A classificação proposta pelo sociólogo divide os grupos em três grupos, sendo estes os primários e secundários e, por outro lado, afirma que a ausência de tal fenômeno demarca o que chamou de “desorganização social”:
- Grupos Primários: Grupo formado por membros da família, vizinhos e amigos. São pequenos grupos, estabelecidos por meio de relações mais íntimas e duradouras, ou seja, que possuam contato direto ou indireto.
- Grupos Secundários: São os grupos formados nos partidos políticos ou nas igrejas. Possuem grandes dimensões e são mais organizados, os quais envolvem relacionamentos mais formais, de menor contato e institucionais, porém seus integrantes possuem os mesmos interesses e objetivos.
- Grupos Intermediários: Nesse tipo de grupo existem contatos maiores e menores que incluem os grupos primários e secundários de forma simultânea, por exemplo, no ambiente escolar, onde desenvolvemos relações mais íntimas com os colegas de classe e relacionamentos de menor contato, com o diretor da escola.
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