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Mimetismo

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O mimetismo teve a sua descoberta no ano de 1852 por um naturalista britânico que descobriu duas espécies diferentes de famílias de mariposas das selvas do Brasil, em que ambas apesar de não possuírem qualquer ligação, possuíam marcas parecidas.

Com isso, ele observou que uma dessas famílias de mariposas era venenosa para as aves e então teve a dedução que as mariposas comestíveis conseguiam sobreviver desenvolvendo suas marcas de advertência parecidas com as das mariposas que eram venenosas.

Assim, com esse conceito, o mimetismo foi então usado na demonstração da teoria da seleção natural de Darwin, onde segundo a teoria, as aves podiam desempenhar o papel de agentes da seleção natural quando eliminavam as mariposas que eram comestíveis e que eram ainda menos parecidas com as venenosas.

Saiba mais o que é o mimetismo

O mimetismo é um fenômeno bastante interessante que ocorre na natureza, pois um animal pode possuir características de outro para poder assustar ou então manter um predador afastado, confundindo assim os predadores, o que faz com que eles fiquem com medo e nunca se aproximem. Confira dois principais exemplos de mimetismo abaixo!

  • A cobra coral é considerada um tipo de cobra bastante venenosa que apresenta diversos círculos ao redor do seu corpo todo, principalmente nas cores vermelho, preto e branco, onde elas podem causar a morte de pessoas facilmente.

Mas, existe ainda a cobra coral falsa, a qual é muito parecida, porém, os seus círculos são vermelho, branco e preto e não passar por todo o corpo, mas somente na parte de cima do corpo, em que a parte de baixo é toda branca, além de ela não ser venenosa.

Com isso, muitos estudiosos dizer que provavelmente a cobra coral falsa veio por durante anos mudando as suas cores para se parecer com a verdadeira, e dessa forma, poder enganar os predadores para que eles não cheguem perto delas achando que poderiam ser envenenados e morrerem.

  • Além desse exemplo, existe ainda o mimetismo entre as borboletas, a qual serve para aparentar ter um gosto ruim, entre a salamandra e o tritão, as vespas e outros insetos, e até da orquídea, a qual é uma flor que imitar uma abelha.

Com isso, ela pode liberar um cheiro parecido para poder atrair zangões e acelerar a sua reprodução, já que os insetos como as abelhas ajudam na distribuição do pólen.

Mimetismo Defensivo

É possível encontrar duas formas de mimetismo defensivo, o batesiano e o mulleriano, veja:

  • Mimetismo Batesiano

Nesse caso, ele é considerado como um dos tipos mais comuns na natureza, onde foi observado o comportamento dos insetos na Amazônia e se notou adaptações físicas nas borboletas para poderem garantir a proteção contra os seus predadores.

Além disso, nesse tipo de mimetismo, o imitador procurava tentar enganar o predador através do uso das cores e das características que podiam causar repulsa, onde as cores e a forma eram sinais de alerta para o predador se afastar, devido ao organismo não ser palatável ou indesejável, sendo tal estratégica conhecida como coloração de advertência ou aposematismo.

  • Mimetismo Mulleriano

Já no caso do mimetismo mulleriano, ele ocorre quando duas ou então mais espécies que não são palatáveis, adotam apenas um padrão de cor de advertência, e assim, conseguem evitar um número maior de inimigos.

Mimetismo Agressivo

O mimetismo agressivo é utilizado para poder tornar fácil o ataque do predador, se disfarçando de presa ou reproduzindo situações que são inofensivas, onde entre os exemplos se encontram alguns tipos de aranhas, as quais podem mudar suas características físicas para poderem se parecer com as formigas, que são suas presas.

Mimetismo Reprodutivo

Nesse caso, ele é utilizado para poder vencer a competição na hora da reprodução, onde entre os exemplos se encontra a vespa macho, a qual começa a imitar o comportamento da fêmea para enganar e afastar os outros machos.

No entanto, o mimetismo reprodutivo não possui uma característica que seja exclusiva dos animais, mas as plantas podem obter vantagens ao mimetizar, onde um exemplo é a orquídea Ophrys apifera que imita a fêmea da abelha.

Esse tipo de orquídea pode liberar um odor parecido com o da abelha e atrair o macho, onde com isso, o zangão copula com a flor por pensar ser uma abelha. Assim, na ação ela fica com o corpo recoberto de pólen, sendo espalhando para outras plantas, o que ajuda na reprodução da orquídea.

O Mimetismo é diferente de camuflagem?

É extremamente importante lembrar que o mimetismo é diferente da camuflagem, onde o animal possui a vantagem de se confundir com o meio ambiente, e assim, o animal mimético parece com outro animal.

Dessa forma, a camuflagem e mimetismo são características muito diferentes, pois o mimetismo é um fator de adaptação evolutiva de certas espécies onde duas espécies que são diferentes podem compartilhar da mesma característica física que se reconhece por outros animais. Assim, uma espécie mimética pode levar vantagem.

É muito importante ter cuidado com isso, pois a camuflagem é quando um animal possui cores e texturas do seu corpo iguais às do ambiente para que assim possa se esconder facilmente para que outros animais não os encontrem.

Isso é bastante diferente de quando um animal se parece com outro que é mais perigoso, pois ele não fica escondido do predador, podendo ser visto sim, onde o predador sente medo dele e não se aproxima.

O que é então Camuflagem?

A camuflagem se trata da semelhança de uma cor ou de uma forma entre um ser vivo e o seu ambiente, como por exemplo, o camaleão, o qual altera a pigmentação da sua pele conforme a coloração do ambiente.

Além disso, tem ainda a semelhança do bicho-pau com o graveto, o que acaba tornando mais difícil a atuação dos predadores, da mesma forma como o que os insetos com formas parecidas as de folhas.

Sendo assim, o mimetismo possui a capacidade possuída de certas espécies de animais de mudarem a cor ou a sua forma do corpo para se parecerem com outros animais, podendo ter um benefício em relação a isso.

E com isso, um dos principais objetivos do mimetismo é dar ao animal todas as condições de proteção contra os seus predadores, onde eles mudam a sua cor e forma, ficando em uma situação difícil de percepção.


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