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Pangeia, a origem dos continentes: veja tudo aqui

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Você já ouviu falar em pangeia? A palavra vem do grego e significa algo como “toda a terra”. Isso porque é justamente isso que Pangeia deveria significar: a unificação de todos os continentes formando um só.

Embora isso possa soar estranho, não foi sequer a primeira vez que isso ocorreu. Acredita-se que desde a formação do nosso planeta, os continentes se uniram e se separaram – é claro que cada vez de uma forma diferente – diversas vezes. A pangeia é apenas a união mais recente e que deu origem aos continentes como conhecemos hoje.

Quer saber mais sobre a pangeia e como ela deu origem aos continentes modernos? É só continuar a leitura!

A teoria

Alfred Wegener era, na realidade, um meteorologista alemão. Em 1912, em um dos seus artigos científicos mais famosos, ele elaborou a teoria de que antes de os continentes se separarem naqueles que conhecemos hoje (África, Ásia, América, Antártida, Europa, Oceania), ele era uma única grande massa de terra que formava um supercontinente.

Na época, Alfred foi ridicularizado pela sua ideia. Ainda assim, ele sustentou a teoria em diversas publicações subsequentes. E, em uma deles, usou o termo “pangeia”, que acabou sendo adotado por outros estudiosos mais tarde. O mais importante é que Alfred se baseou em diversas descobertas paleontológicas. E reuniu informações muito importantes que, mais tarde, viriam a servir de base para outros cientistas.

Embora ele não tenha sido o primeiro a discutir o assunto – desde pelo menos o final do século XIV outros estudiosos falaram sobre ele –, a teoria só foi amplamente aceita em 1.960. E os estudos a respeito de pangeia e a separação que deu origem aos continentes modernos se tornaram cada vez mais detalhados e abrangentes.

Mas o que é a Pangeia?

Assim como Alfred Wegener havia teorizado em seu tempo e outros cientistas antes dele haviam levantado a hipótese, diversos outros pesquisadores começaram a aceitar que pangeia era um enorme supercontinente.

Como citado anteriormente, ele seria uma massa de terra única, onde estariam os continentes que hoje em dia conhecemos como África, Ásia, América, Antártida, Europa e Oceania.

Muito disso tudo, porém, só foi aceito devido aos registros fósseis encontrados ao longo dos anos. Embora exista um encaixe razoavelmente claro dos continentes, se alguém observar atentamente um mapa, foram remanescentes fossilizados da fauna e da flora de outros tempos que ajudaram a compreender melhor esta unidade continental.

Pangeia

Fósseis muito semelhantes de algumas espécies de dinossauros, por exemplo, foram encontrados na maioria dos continentes modernos, quando não em todos. Considerando o tamanho dos animais, seu peso e suas habilidades, seria impossível que estes houvessem atravessado os oceanos como os conhecemos hoje. No entanto, de acordo com alguns fósseis encontrados, considerando a existência da Pangeia, era possível inclusive notar algum padrão migratório que poderia passar pelo que hoje são considerados diversos continentes diferentes.

E embora saibamos que os dinossauros se originaram na área onde hoje está a América do Sul, ao longo dos anos eles evoluíram e se distribuíram por todas as áreas da Pangeia. Isso também propiciou que, após a separação, estes e outros animais pudessem evoluir de formas diferentes.

Neste período o supercontinente era rodeado por apenas um oceano, conhecido como pantalassa. Hoje em dia, os remanescentes deste oceano foi completamente perdido devido aos movimentos intensos no leito dos oceanos durante o processo de separação dos continetes. Porém, foi através dele que surgiu o que hoje conhecemos o Oceano Pacífico. Os demais oceanos surgiram, principalmente, da abertura provocada pela separação do supercontinente.

A separação

A separação teve início ainda durante o período onde viveram os dinossauros. O que significa que as placas começaram a se separar ainda durante o começo do período jurássico. Nesta época, a área onde hoje fica a América do Norte, começou a se separar do continente Africano. Conforme eles se afastavam, deram lugar ao que hoje chamamos de Oceano Atlântico. Porém, nesta época, apenas a parte norte dele foi formada. O sul do oceano atlântico só começaria a ser formado milhares de anos depois, durante o período cretáceo e a separação de outras áreas da Pangeia.

Neste ponto, o supercontinente já estava se afastando cada vez mais e formando dois novos supercontinentes. Inicialmente, estes eram a Laurásia e Gondwana. Entre estas terras que se dividiam surgiu, então, um novo mar, que ficou conhecido como Mar Tétis. O mar tétis era relativamente raso se comparado aos oceanos como conhecemos. Ele chegou a ser ligado ao Oceano Atlântico.

Hoje, fósseis relacionados ao Mar Tétis podem ser encontrados em diversas partes da América do Norte, Europa e Ásia. Estes, demonstram uma vida marinha predominantemente tropical e muito rica e diversa.

Pangeia

Laurásia

As áreas que formavam a Laurásia, no entanto, não se uniram apenas durante a pangeia. Elas já eram um supercontinente milhões de anos antes, quando formavam um outro supercontinente conhecido como Rodinia.

Porém, com a separação da pangeia e a formação dos novos continentes, elas começaram a se distanciar cada vez mais.

A Laurásia era constituída da América do Norte, Europa e Ásia. A Índia, por sua vez, se soltou completamente de Gondwana, formando uma ilha no oceano índico. Porém, durante a era cenozóica, ela voltou a se aproximar da Ásia. Porém, as áreas se chocaram com tanta força, que acabou formando, assim, a cordilheira do Himalaia. Esta, entre tantas formações, tem o Monte Everest, que é considerado o pico mais alto do mundo.

Gondwana

Gondwana foi a área da pangeia que constituía o que hoje conhecemos como Índia, Austrália, América do Sul, África e Antártida. Conforme essas áreas também começaram a própria separação para formar os continentes como hoje conhecemos, a Índia se chocou com a Ásia. Dando origem, então, ao evento citado no anteriormente que gerou a cordilheira do Himalaia.

Conclusão

As grandes mudanças que a Terra sofreu ao longo de milhões de anos foi capaz de formar a vida como conhecemos hoje. Graças a pangeia, a biodiversidade das regiões e dos oceanos pôde mudar significativamente. Isso porque cada continente acabou desenvolvendo suas próprias condições de vida a qual os animais tiveram que se adaptar durante a evolução.


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