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Eletromagnetismo: significado e estudos

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A parte da Física que trata do estudo da eletricidade e o magnetismo e as formas como essas duas forças se relacionam é o que chamamos de eletromagnetismo.


É graças ao eletromagnetismo que temos invenções como as antenas de transmissão que tem seu funcionamento inteiramente baseado em conceitos desse ramo da ciência.

O que é o eletromagnetismo?

Eletricidade e magnetismo, as formas como essas duas forças se relacionam são estudadas já há décadas, e para que os resultados sejam melhores compreendidos os estudiosos dividiram em princípios que quando podem ser estudados separadamente de forma prática, mas que quando colocados juntos explicam a totalidade do funcionamento do eletromagnetismo.
Abaixo listamos estes princípios com uma pequena explicação introdutória de cada um.
Princípio um: sempre que um fluxo de cargas elétricas for colocado em movimento um campo magnético vai ser criado como resultado.
Princípio dois: sempre que um fluxo magnético sofrer uma variação um campo elétrico será criado como resultado.

Evolução histórica

Durante séculos os pesquisadores e estudiosos acreditaram que a eletricidade e o magnetismo eram uma única força gerada pelo mesmo fenômeno. Porém, depois de inúmeras pesquisas o médico e físico Inglês Gilbert escreveu, em 1600, um livro no qual ele fazia, pela primeira vez, uma distinção entre as duas coisas ao mesmo tempo em que teorizava sobre as duas forças em separado e suas regras de funcionamento.

Mesmo ao fazer esta distinção Gilbert chegava a mais e mais indícios de que uma forte ligação entre as duas.
Qual é essa relação entre a eletricidade e o magnetismo e como ela pode ser explicada?

Foi o dinamarquês Hans Christian Oersted que em 1820 descobriu detalhes sobre essa descoberta, esse avanço foi possível graças a invenção do revolucionário gerador elétrico que tornou possível criar uma corrente que tivesse duração e estabilidade para que testes pudessem ser realizado de forma satisfatória. Estes testes alavancaram os estudos desse fenômeno com resultados cada vez mais esclarecedores.

Quando Oersted finalmente conseguiu demonstrar a forma como eletricidade e magnetismo ele utilizou um experimento bem simples, o teste consistia em colocar uma agulha magnética próxima a um condutor de eletricidade, no experimento original ele utilizou uma bússola comum e um fio de platina num circuito simples.

Quando a corrente elétrica percorre o fio de platina o fio ficava incandescente garantindo que a corrente fosse suficientemente forte, quando a bússola era aproximada do fio a agulha sofria uma deflexão

O experimento de Oersted mostrava que a corrente elétrica gerava campo magnético. Porém, em 1831, Michael Faraday, na Inglaterra, utilizou um núcleo de ferro e duas bobinas A e B para mostrar que a variação do fluxo magnético também gerava corrente elétrica. Faraday percebeu que, nos momentos em que conectava ou desconectava a bobina A na fonte, passava uma corrente elétrica na bobina B, mas essa corrente aparecia somente nesses instantes.

Se valendo dos resultados desta experiência foi possível concluir que a tal corrente elétrica acontecia devido do campo magnético. Esse campo surgia sempre que a bobina era ligada e desaparecia quando ela era desligada. Esse fenômeno foi chamado de lei de Faraday mas também ficou conhecido como indução magnética

O funcionamento de cada fenômeno magnético descoberto foi descrito em um conjunto de leis formulado por James Clerk Maxwell, um cientista que teve para o Eletromagnetismo quanto Isaac Newton foi para a Mecânica.

Foi graças a esta descoberta que a tecnologia foi capaz de produzir vários dos aparelhos que hoje são indispensáveis para a sobrevivência e a conveniência da vida em sociedade. Pode-se citar como exemplo: transformadores de tensão que permitem a eletricidade ser transmitida em grandes distâncias, motores elétricos, forno micro-ondas e é claro, cartões magnéticos.


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