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Números Romanos: história, usos e exemplos

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Os números romanos, como o próprio nome indica, são originários do Império Romano, de forma a substituir o método grego de contagem após o domínio. Diferentemente dos algarismos atualmente utilizados, os números romanos eram representações alfabéticas, que denotavam significado muito semelhante ao de hoje, no que diz respeito à função daquela representação em relação a coisas contáveis.

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Trata-se de um sistema de adição e subtração que, com a combinação de letras-base, forma números longos sem a necessidade de simbologias distintas para cada novo número. Trata-se de um sistema com um preceito semelhante ao atual, onde há apenas dez algarismos que, combinados, formam infinitos números.

Sua utilização na história foi substituída por números atuais um pouco mais intuitivos e práticos. Atualmente, utiliza-se os números romanos como uma escolha estética para diversas situações, especialmente artefatos relacionados ao tempo, como relógios e itens que denotam certo ar clássico.

Saiba mais sobre o sistema de números romanas, sua história e utilização correta:

História e perspectiva

Acredita-se que os primeiros usos relacionados aos números romanos datem de 900 a 800 antes da era comum. Não é registrado, no entanto, o momento exato no qual o uso foi oficializado, quais seus motivos e o nível de arbitrariedade para a escolha deste sistema.

A data indica a necessidade romana de estabelecer um novo método de contabilização após a conquista grega. Embora os gregos fossem significativamente avançados em relação à matemática, o sistema de notação numérica deles não era exatamente evoluído, resumindo-se ao uso de representações físicas, como dedos, medidas e contas.

É provavelmente por isso, aliás, que os números romanos (e os números atuais) possuem a base numérica igual ao total de dedos presentes nas duas mãos..

Números romanos e equivalências

Lê-se cada um dos símbolos romanos em números, seguindo-se a seguinte equivalência:

  • O símbolo I equivale ao número 1;
  • O símbolo V equivale ao número 5;
  • O símbolo X equivale ao número 10;
  • O símbolo L equivale ao número 50;
  • O símbolo C equivale ao número 100;
  • O símbolo D equivale ao número 500;
  • O símbolo M equivale ao número 1.000;

Regras de utilização e escrita

Tão essencial quanto conhecer os símbolos equivalentes, é compreender sua correta forma de utilização, para demonstrar números que não sejam representados por um único símbolo.

  • Quando há dois ou três símbolos iguais em sequência, eles representam a soma entre si (XX = 20 e XXX = 30);
  • Quando um símbolo de menor valor aparece após um símbolo de maior valor, ele é uma adição ao valor maior ( XV significa 15, por exemplo, assim como VII representa sete);
  • Quando o símbolo de menor valor está antes do símbolo de maior valor, no entanto, ele representa uma subtração (como em XIX, que simboliza 19, e IV representando o 4);
  • Nunca utiliza-se o mesmo símbolo mais de três vezes em seguida para fazer uma soma. Em alguns casos muitos raros, é possível observar a utilização do IIII em vez do IV para representar o quatro, mas este não é o padrão;

Como utilizar os números excepcionalmente grandes?

Em alguns casos, pode ser difícil representar números muito grandes através da utilização de números romanos, pois o símbolo de valor mais alto desenvolvido que se tem registro é o mil.

Sabe-se, no entanto, que era comum a utilização de um traço acima do símbolo para representar um “vezes mil” sobre aquele símbolo. Isso significa que um V com um traço reto sobre ele indica, na verdade, um 5.000, assim como um M com um traço reto sobre ele indica um milhão.

Deve-se levar em conta, no entanto, que a utilização de números extremamente altos é parte comum de nossa sociedade, mas um conceito de pouca praticidade em tempos antigos. Por isso, é difícil imaginar uma utilização prática para o cotidiano romano de algo contabilizado aos milhões em um documento.


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