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Curupira: conheça o folclore brasileiro

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A lenda do Curupira é parte importante do folclore brasileiro, especialmente em regiões de matas. Segundo as histórias, o Curupira é um ser mítico, da estatura de um anão, é forte e ágil, com cabelos da cor do fogo.

Fala-se que o ser habita as florestas e as protege contra todos aqueles que pretendem fazer algum mal à natureza. Além disso, o Curupira – como boa parte dos monstros do folclore brasileiro – adora pregar peças e fazer travessuras.

Ele possui os pés virados para trás, e utiliza isso para confundir quem está na floresta, ao criar pegadas que parecem caminhar para o lado contrário de onde ele realmente foi. Saiba mais sobre a lenda desta folclórica criatura que, ao mesmo tempo, protege a floresta e assombra diversos moradores de regiões próximas às florestas:

Qual é a lenda do Curupira?

Fala-se que o Curupira, também conhecido como “demônio da floresta” é um ser que anda pelas matas assoviando, criando pegadas confusas e praticando travessuras com as pessoas que adentravam pela mata. Com seus pés virados para trás, o pequeno deixa pegadas que confundem caçadores e pessoas que passam pela floresta, fazendo com que se percam de seu caminho de volta.

As histórias envolvendo o Curupira geralmente são originárias de caçadores, lenhadores e outras pessoas que constantemente viviam e vivem para dentro da mata. Conta a história que o Curupira não gosta de pessoas, e adotou a floresta como o seu lar, protegendo-a com todas as ferramentas que possui a seu alcance.

Em algumas versões, fala-se que o ser folclórico gosta bastante de fumo e pinga, e pode ser enganado e agradado por quem oferece um pouco deste presentes. Por isso, muitas pessoas, até hoje, possuem o hábito de virar um pouco de pinga ao entrarem na mata, para “agradar o espírito do menino”.

Em alguns locais do Brasil, ainda, sua lenda confunde-se com a lenda do Caipora, que é outro ser mítico de feições e atribuições muito parecidas. Ambos protegem a floresta, gostam de pinga e fumo e aprontam contra aqueles que julgam ameaçar a mata.

Fala-se que o Curupira é extremamente curioso. Quando alguém é raptado por ele, a solução para obter a liberdade é enganar a criatura através de sua curiosidade. Para isso, deve-se fazer um novelo com cipó e esconder bem a sua ponta. Assim, o ser da floresta ficará tão concentrado em entender como aquele cipó foi feito, que o cativo pode finalmente escapar.

A origem da lenda

Existem diversas versões sobre como a lenda surgiu. Sabe-se, no entanto, que é uma das mais antigas entre as histórias da colonização brasileira. Prova disso está nos registros feitos por José de Anchieta, um padre jesuíta da Espanha, que viveu entre 1534 e 1597. Ele descreveu um demônio que acometia os índios no século XVI, fazendo referência às características que hoje são compreendidas como do Curupira.

Ao longo da história, diversos fatos foram atribuídos ao pequeno ser de cabelo ruivo que vivia nas florestas: desaparecimentos, pessoas que perdiam-se na mata, violência, abusos e até mesmo o rapto de crianças. Entre bandeirantes e índios catequizados, a criatura era temida e conhecida.

No passado, falava-se, ainda, que o Curupira sequestrava crianças e só as devolvia após sete anos para seus pais. Não se sabe se a origem desta história surgiu de um fato real, ou da adaptação de alguma outra história já conhecida na época.

Variações na lenda

Assim como a maior parte das histórias do folclore brasileiro, a lenda do Curupira varia de acordo com sua região. Sua aparência pode variar bastante – desde um anão ruivo, até um duende com cabelos de fogo. Em algumas versões ele carrega um machado, em outras nem mesmo possui cabelo. Tudo varia de acordo com o local onde a história é contada, e com os registros atribuídos ao ser mítico.

Existe versão correta?

Quando falamos de uma lenda do folclore, é muito comum que cada região apresente uma versão um pouco diferente sobre aquela história. O folclore é um conto do povo, que reflete seus medos, crenças e interpretações do mundo – por isso, é comum que haja diversas versões sobre uma mesma história.

Todas as versões sobre uma lenda estão corretas, pois refletem aspectos específicos do local onde foram contadas. Essa variedade conta a história de diferentes povos, e deve ser tão celebrada quando a lenda original em si. Valorize as diferentes versões do folclore!


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