O Acordo de Paris é uma das iniciativas mais comentadas nos últimos tempos. Mas nem todo mundo está ciente de sua real importância. Afinal, o acordo foi composto como uma aliança global para combater as mudanças do clima e ainda estabeleceu objetivos para a diminuição da emissão de gases que geram o efeito estufa.
Para que esse compromisso passasse a valer, era preciso que as nações que correspondessem a mais da metade das emissões aprovassem os termos. No dia 12 de dezembro de 2015, o Acordo de Paris foi acatado depois de diversas rodadas de negociações.
Sendo assim, as medidas começaram a vigorar quase um ano depois, em novembro de 2016. De acordo com os especialistas, o acordo recebeu 195 assinaturas de nações até 2017. Enquanto 147 países optaram por ratificar as ações estabelecidas.
Intuito do Acordo de Paris
De modo geral, diminuir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa é a meta primordial do Acordo de Paris. A utilização freqüente de combustíveis fosseis como matriz de energia no planeta acelera a liberação de dióxido de carbono e outros gases perigosos para a atmosfera.
No entanto, a emissão de poluentes conspira de forma expressiva para a elevação da temperatura no mundo inteiro. Por isso, a meta desse acordo em escala global é conservar a elevação da temperatura abaixo da média de dois graus Celsius.
Acordo de Paris: objetivos traçados para nações desenvolvidas e subdesenvolvidas
Um dos compromissos estabelecidos pelo Acordo de Paris é incentivar as nações de primeiro mundo a conceder ajuda tecnológica e financeira aos países subdesenvolvidos. Sendo assim, esse auxílio é para que se amplie as atividades nos locais mais pobres. Todavia, o repasse de dinheiro somente é fornecido a partir da apresentação de planejamento e projetos consistentes.
Entre as atividades propostas, uma delas se refere que a cada cinco anos os governos informam por livre e espontânea vontade os termos para reajuste de suas iniciativas para que os objetivos possam ser atualizados. Por isso, as nações mais poderosas estão a frente do acerto e precisam determinar limites a serem batidos com relação a emissão dos gases.
Com relação as nações menos favorecidas, a missão é aumento o empenho para seguir batendo as metas apontadas a curto, médio e longo prazo.
Entenda a situação histórica em torno do Acordo de Paris
As mudanças causadas na natureza pela interferência da humanidade afetam a todos. A emissão de elementos perigosos no ar está provocando o agravamento do efeito estufa, bem do aquecimento global. Essa emissão se sucede por causa da forte queima de combustíveis para utilização industrial, transporte coletivo e geração de eletricidade.
O cenário foi palco de muitas discussões, convenções e planejamentos. Boa parte das modificações na natureza tem a ver com o período industrial e com o frenético avanço da tecnologia nas últimas décadas.
Afinal, a Revolução da Indústria oportuniza a elevação do ritmo produtivo, acelerando ainda mais a utilização de combustíveis fosseis. E ainda resultou no crescimento da urbanização e o consumo de energia desenfreado.
A questão ambiental desencadeada pelos processos industriais estão relacionadas com uma situação muito antiga, enquanto a conscientização da popular sobre esses temas ainda é muito recente.
Nações que optaram por não ratificar o acerto
Em função de um conflito civil violento, a Síria ainda não está incluída no Acordo de Paris. Já a Nicarágua frisou que o acerto se tratava de algo exagerado e que não daria resultado. Levando em consideração que as nações apresentariam as suas metas de forma espontânea, acabando por reduzir a sua importância.
Todavia, a posição da Nicarágua foi revista há dois anos após uma série de tragédias ambientais. O então presidente optou por ratificar as medidas.
Entenda porque os EUA abriram mão do acordo
Em 2016, os Estados Unidos da América assinou o combinado ainda sob comando de Barack Obama. No ano seguinte, Donald Trump assumiu a posição na Casa Branca e salientou que estava disposto a sair do combinado. Isso porque ele apresenta uma postura bastante reticente com relação as mudanças climáticas e suas possíveis conseqüências.
Em função dessa atitude drástica, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez um balanço dos efeitos do abandono norte-americano. Neste caso, a temperatura global poderia aumentar em 0,3 graus. Essa postura americana é classificada pela ONU como algo muito frustrante, uma vez que os EUA é o segundo maior emissor dos gases nocivos.
De acordo com a ONU, a liderança desse triste ranking é ocupada pela China. Ao redor do planeta, Donald Trump foi muito criticado em várias manifestações que solicitavam a volta do país para os termos propostos pelo Acordo de Paris. A expectativa agora se concentra no resultado das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2020. Uma mudança no comando do país pode representar um avanço nas questões climáticas.
O Brasil no Acordo de Paris
Depois da aprovação no Congresso, o país terminou, em setembro de 2016, o procedimento para ratificar a entrada no Acordo de Paris. No dia 21 do mesmo mês, o mecanismo foi levado até a ONU. Desta maneira, os objetivos nacionais passaram de apenas pretensões e foram cravados como compromissos oficiais.
Nesse grupo de ações, o país conta com a obrigação de diminuir as emissões nocivas em 37% até 2025 e até 43% no começo da década de 2030. Para alcançar esse intuito, o Brasil assumiu a missão de elevar a presença de fontes sustentáveis na sua matriz de energia para 18% até 2030 e restaurar 12 milhões de hectares de florestas.
É importante frisar que a meta nacional equivale a diminuição em 66% nas emissões por unidade do PIB até 2025 e 75% até 2030. Sendo assim, o país possui o compromisso de diminuir o impacto no efeito estufo visando um crescimento constante de sua população e do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com informações repassadas pelo Ministério do Meio Ambiente, outro ponto relevante do Acordo de Paris tem a ver com o financiamento climático. Ou seja, as nações mais ricas podem conceder repasse de verbas para ações de combate a alterações climáticas em países subdesenvolvimento.
O Brasil faz parte desse grupo de nações em desenvolvimento e pode ser beneficiado por essas verbas, desde que cumpra as diretrizes estabelecidas.
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